Black Fury | |
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Cartaz promocional | |
No Brasil | Inferno Negro |
Estados Unidos 1935 • pb • 94 min | |
Gênero | |
Direção | Michael Curtiz |
Produção executiva | |
Roteiro |
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Baseado em | "Jan Volkanik", de Michael A. Musmanno Bohunk, de |
Elenco | Paul Muni Karen Morley William Gargan |
Música | Bernhard Kaun |
Diretor de fotografia | Byron Haskin |
Direção de arte | John Hughes |
Figurino |
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Edição | Thomas Richards |
Companhia(s) produtora(s) | First National Pictures |
Distribuição | Warner Bros. |
Lançamento | 18 de maio de 1935 25 de fevereiro de 1937 |
Idioma | língua inglesa |
Black Fury (bra Inferno Negro[1]) é um filme norte-americano de 1935, do gênero drama, dirigido por Michael Curtiz, com roteiro de Abem Finkel e Carl Erickson baseado no conto "Jan Volkanik", de Michael A. Musmanno, e na peça teatral Bohunk, de Harry R. Irving.
Prêmio | Categoria | Recipiente | Situação |
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Oscar 1936 | Melhor ator | Paul Muni | Indicado[2] |
Ator/Atriz | Personagem |
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Paul Muni | Joe Radek |
Karen Morley | Anna Novak |
William Gargan | Slim |
Barton McLane | McGee |
John Qualen | Mike |
J. Carrol Naish | Steve |
Vince Barnett | Kubanda |
Tully Marshall | Poole |
Henry O'Neill | Hendricks |
Joe Crehan | Farrell |
Mae Marsh | Mary Novak |
Sara Haden | Sophie Shemanski |
Willard Robertson | J. J. Welsh |
Effie Ellsler | Bubitschka |
Wade Boteler | Mulligan |
Joe Radek, minerador de procedência polonesa, perde o amor de Anna, agora apaixonada pelo policial Slim. Bêbado, comparece a uma reunião do sindicato, que está em conflito com os empregadores, e acaba virando líder do movimento. Quando seu amigo Mike é morto por pistoleiros, Joe leva um deles até a mina e ameaça explodir tudo, a menos que os litigantes cheguem a um acordo.
Como muitos filmes da Warner Bros. da década de 1930, Black Fury inspirou-se em manchetes de jornais.[3] No presente caso, sobre um trabalhador nas minas de carvão da Pensilvânia, morto por três detetives da empresa.
O filme, ao investir contra o extremismo, tanto de patrões quanto de sindicatos, e pregar a cooperação consciente entre eles, foi considerado uma contribuição importante para o cinema engajado.[4] Todavia, o filme contemporiza com a companhia mineradora ao tratar da violência contra os trabalhadores, pois tira a culpa dos proprietários e a joga exclusivamente nos ombros dos detetives, que teriam sido contratados por uma organização nebulosa, interessada em jogar uns contra os outros. Ainda assim, Black Fury é um dos mais poderosos exemplos dos dramas de "consciência social" da Warner.[3]
O orçamento permitiu a construção de uma mina completa, com poços, túneis e furadeiras.[4] Entretanto, o filme não fez sucesso e, devido ao seu conteúdo polêmico, enfrentou problemas com a censura em vários estados americanos, tendo sido completamente proibido na Pensilvânia.[4] No Brasil, foi exibido com cortes.[5]
Segundo Ken Wlaschin, este é um dos dez melhores filmes da carreira de Paul Muni.[6] Ainda que, no papel de um imigrante polonês, seu sotaque carregado às vezes seja difícil de entender,[7] a Academia indicou-o ao Oscar de melhor ator.