Filho de França | |
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Pariato | França |
Criação | Henrique IV , 22 de novembro de 1602 |
Ordem | Tratamento nobre |
Tipo | Hereditário |
1.º Titular | Isabel de Bourbon |
Linhagem | Casa de Bourbon |
Títulos Subsidiários | Delfim de França Madame Real Príncipe de sangue |
Actual Titular | – |
Filhos da França (em francês: Fils de France) era um título honorífico que possuíam os filhos legítimos dos reis e Delfins de França. Os membros femininos da Família Real eram conhecidas como Filhas da França (em francês: Filles de France).
Para os filhos do Delfim, na qualidade de filhos do herdeiro aparente, se concedeu o mesmo status dos filhos do Monarca.
Infantes da França (em francês: enfants de France) era a forma quando referia-se a totalidade de Filhos da França. Entretanto este termo (infante) não deve ser confundido com os Infantes de Portugal e Espanha.[1][2][3][4]
Desde o século XV, os principais membros da Casa Real Francesa foram raramente designados com algum título nobiliárquico; assim, a melhor forma para reconhecê-los foi a sua posição dentro da Família Real.
A Família Real (em francês: Famille du Roi) era composta pelo Rei, Rainha, Rainha-Mãe, os Infantes ou "Filhos de França" (em francês: enfants de France), os Pequenos Infantes ou "Netos da França" (em em francês: Petits-enfants de France).[5]
O delfim era o mais velho dos Filhos da França, e era conhecido como Monsieur ou Monsenhor o Delfim (em francês: Monsieur Le Dauphin ou Monseigneur Le Dauphin). Já o irmão do futuro rei era conhecido, simplesmente, como Monsieur e sua esposa de Madame.[6]
As filhas do Rei recebiam após o seu nome o título de Madame; já a filha mais velha recebia o título de Madame Real (em francês: Madame Royale) até se casar. Os filhos, quando recebiam títulos, eram os principais do pariato, sendo normalmente o de Duque, com exceção do delfim.
Havia uma diferença entre os Filhos da França e Príncipes de Sangue. Os primeiros eram a família mais próxima do Rei (filhos e irmãos); já os segundos faziam referência a qualquer uma das linhas derivada da Casa Real Francesa (Orleães, Condé etc). O chefe de cada linha secundária recebia um nome particular, ou seja, seguiam a linha masculina, sendo bisnetos e descendentes mais remotos dos Reis Franceses anteriores.
É necessário o conhecimento destes termos para a leitura de textos escritos por Retz, Saint-Simon, entre outros.
O rei e a rainha da França não tinham sobrenome. Esse vazio levou os revolucionários a dar-lhes o sobrenome Capet (Capeto), adotando o apelido de seu primeiro ancestral masculino conhecido, Hugo Capeto. Os filhos da França levavam o sobrenome de France ("da França" em português). Este uso é antigo porque remonta ao final do século XIII [obs. 1]. O rei, a rainha e os filhos da França assinavam apenas com o primeiro nome, sem número ou sobrenome. Era um privilégio que lhes estava reservado e que marcava a sua preeminência sobre todas as outras dinastias, que deviam assinar acrescentando o sobrenome após o primeiro nome.
Os netos do rei França levavam como sobrenome o nome do apanágio que havia sido conferido ao pai. Se estabelecessem raízes, esse sobrenome passava a ser o sobrenome hereditário, como aconteceu com a família Orléans. Era assim que os Príncipes de Sangue tinham como sobrenome o nome do apanágio do filho da França de quem descendiam. No entanto, quando um ramo de príncipes de sangue acedia ao trono, tornando-se o ramo mais antigo da dinastia, passavam a receber o sobrenome de “de France”.
A queda da monarquia em 1830 pôs fim a esta transmissão onomástica particular, e hoje em dia os membros do ramo mais antigo (de Luís XIV) da casa de França são chamados de "de Bourbon" (porque este nome foi o sobrenome adotado pelos seus antepassados comuns, Carlos III de Espanha e seu irmão[obs. 2] Filipe, Duque de Parma[obs. 3].) — com a notável exceção da família governante de Luxemburgo, que leva o sobrenome de Nassau, enquanto os membros do ramo mais jovem do rei francês Luís Filipe e de seu pai Luís Filipe II, Duque de Orleães carrega o sobrenome d'Orléans desde 1662[obs. 4] (ou Orléans e Bragança para os descendentes de Gastão de Orléans, Conde d'Eu).
Todos os enfants de France tinham, a partir do Reinado de Luís XIII,[19] o direito de usar o estilo de Alteza Real. Mas na prática, era mais usual os tratamentos honoríficos tradicionais (Monsieur, Madame ou Mademoiselle)[20].
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