Flores Raras | |
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Brasil 2013 • cor • 118 min | |
Gênero | drama romântico-biográfico |
Direção | Bruno Barreto |
Produção | Paula Barreto Lucy Barreto |
Coprodução | Imagem Filmes Telecine Productions Globo Filmes TeleImage Globosat |
Produção executiva | Romulo Marinho |
Roteiro | Carolina Kotscho Matthew Chapman |
Baseado em | Flores Raras e Banalíssimas, de Carmem Lucia de Oliveira |
Elenco | Glória Pires Miranda Otto Tracy Middendorf Treat Williams Marcello Airoldi |
Diretor de fotografia | Mauro Pinheiro |
Direção de arte | José Joaquim Salles |
Figurino | Marcelo Pies |
Distribuição | Imagem Filmes 20th Century Fox |
Lançamento | 16 de agosto de 2013 |
Idioma | português inglês |
Orçamento | R$ 9,63 milhões |
Flores Raras é um filme brasileiro de 2013, do gênero drama romântico-biográfico, dirigido por Bruno Barreto, com roteiro de Carolina Kotscho e Matthew Chapman baseado no livro Flores Raras e Banalíssimas, de Carmen L. Oliveira.[1]
Em entrevista ao portal de notícias G1 o diretor disse que o Brasil ainda é um país muito conservador se referindo à dificuldade que teve em obter patrocínios pelo fato de o enredo girar em torno de um romance entre duas mulheres.[2]
O filme teve um orçamento total de R$ 13 milhões, foi distribuído pela Imagem Filmes[3] e exibido em 150 salas de cinema do país.
A princípio, o nome do filme seria A Arte de Perder, mudando mais tarde para Flores Raras, posteriormente passou a ser Você Nunca Disse Eu Te Amo e voltou a ter o título Flores Raras.
O filme é baseado na história de amor real entre a poetisa americana Elizabeth Bishop e arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares.[4] Ambientado em Petrópolis, dos anos de 1950 e 1960, a história coincide com o surgimento da Bossa Nova e a construção e inauguração da capital Brasília. O filme trata a história dessas duas mulheres e suas trajetórias.[5]
O filme recebeu críticas mistas. Em seu artigo para a coluna "ilustrada" da Folha, o blogueiro Sérgio Alprendre destacou "a sobriedade que o diretor Bruno Barreto impõe a seu filme(...)".[6] Já o Blog "Social Club" disse que "(...) o filme é um convite a refletir sobre as ramificações do amor". Também disse que na história de amor entre Elizabeth e Lota, "a orientação sexual e as fronteiras geográficas são um mero detalhe".[7]
A página de cultura do jornal O Globo também elogiou o filme, destacando o fato de a imprensa americana ter "se rendido ao desempenho das atrizes Glória Pires e Miranda Otto nos papéis de protagonistas da trama.[8]
Leslie Felperin do jornal britânico The Guardian em sua revisão, escreveu que "(...) o filme é consistentemente assistível, e presta a devida homenagem a seus protagonistas (...) as performances são sólidas."[9]
A atuação, e também o desempenho, do elenco foi muito elogiada assim pela crítica como pelo público. O autor brasileiro de novelas Aguinaldo Silva afirmou em seu blog que torceu para que a atriz Glória Pires seja uma das indicadas na categoria de "Melhor Atriz" no Globo de Ouro e ao Oscar de 2014. "Não se surpreendam caso o nome de Glória Pires apareça na lista das candidatas. Os críticos americanos que já viram Flores Raras em sessões especiais ficaram encantados com o trabalho dela", afirmou o autor.[10][11] Já para a coluna de cinema do Terra, no início da trama Glória é quem rouba a cena, destacando que 95% do filme é falado em inglês, que segundo portal, para muitos é uma surpresa.[12] O jornalista Sidney Rezende também publicou, assinado por Ana Carolina Garcia que a atriz Miranda Otto, já conhecida pelo público por interpretações em filmes de grande bilheteria como a trilogia de O Senhor dos Anéis, acertou no tom da personagem desde o início.[13]
Visto por cerca de 161 mil espectadores em suas duas primeiras semanas de exibição no Brasil, “Flores raras”, de Bruno Barreto, que já viajou por dez festivais no exterior, incluindo o Festival de Berlim[14] (onde ganhou prêmio de público) e Festival de Cinema de Tribeca, preparou sua marcha para ganhar os mercados estrangeiros. Na estratégia armada pelo casal de produtores Lucy e Luiz Carlos Barreto, o circuito dos Estados Unidos foi o primeiro da fila. Produzida ao custo de 9,63 milhões de reais,[15] a história de amor entre a poeta americana Elizabeth Bishop e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares, estreou no primeiro fim de semana de dezembro em Nova York e em Los Angeles, a fim de se habilitar para disputar o Oscar,[16] porém o drama não foi indicado em nenhuma categoria.
O filme foi classificado pelo Ministério da Justiça brasileiro como inadequado para menores de 14 anos, por conter cenas de sexo e consumo de drogas ilícitas.[17]