Francisco Lorenz | |
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František Lorenc | |
Nascimento | 24 de dezembro de 1872 Zbyslav |
Morte | 24 de maio de 1957 (84 anos) Porto Alegre |
Cidadania | Brasil, Checoslováquia |
Ocupação | esperantista, escritor, filósofo, tradutor, idista, redator, médico, professor, jornalista, redactor |
František Lorenz (Zbislav, 24 de dezembro de 1872 — Dom Feliciano, 24 de maio de 1957), também conhecido como Francisco Valdomiro Lorenz ou simplesmente Francisco Lorenz, foi um poliglota e filósofo nascido no Reino da Boêmia, Império Austro-Húngaro (hoje República Tcheca). Foi um dos primeiros esperantistas do mundo, e o segundo no Brasil.
O primeiro esperantista brasileiro foi o jornalista Arno Philipp.[1]
Capaz de comunicar-se em mais de cem idiomas, traduziu livros do sânscrito, hebraico, grego antigo, inglês, francês, italiano, chinês, japonês e árabe. Chegou a transportar uma passagem do Evangelho de João em 70 idiomas (capítulo 3, versículo 16). Estudou o aramaico, o volapuque, o tupi-guarani, o maia e outros.
Nascido em berço pobre, nunca encontrou facilidades para o estudo. Apesar da vida simples do seu pai (moleiro), aos dezessete anos conhecia todas as línguas eslavas, o latim, o hebraico e o grego.
Vivendo sob um regime político restritivo, o seu espírito livre não poderia suportar as podas religiosas e os conceitos anti-democráticos do Governo Imperial da Áustria, sob o qual o então Reino da Boêmia estava submetido.
Em 1891, o poliglota migrou para o Brasil. Viveu inicialmente no estado do Rio de Janeiro, e posteriormente em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.
Em 1894, já em Dom Feliciano, casou-se com Ida Krascheffski, uma jovem alemã que viera para o Brasil aos sete anos de idade.
Ao longo de sua vida, publicou mais de 36 livros em 40 línguas e foi o introdutor e uma das figuras mais proeminentes do movimento esperantista no Brasil.[2]