Haliotis sorenseni | |||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Área de ocorrência de H. sorenseni.
| |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
| |||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||
Haliotis sorenseni Bartsch, 1940[1] |
Haliotis sorenseni (em inglês white abalone) é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Haliotidae. Foi classificada por Bartsch, em 1940. É nativa do nordeste do oceano Pacífico, em águas rasas da costa oeste da América do Norte.[1][2][3]
Abalones têm sido utilizados nesta área desde que o Homem chegou. Os americanos nativos comiam a carne de abalone, utilizando conchas inteiras como tigelas e pedaços de conchas para uso em anzóis, raspadores, miçangas, colares e decorações; até mesmo fazendo permutas com as conchas.[4] Sete espécies são descritas na região: Haliotis corrugata, H. cracherodii, H. fulgens, H. kamtschatkana, H. rufescens, H. sorenseni e H. walallensis.[5]
Concha fina e leve, oval,[2] com até 25 centímetros,[3] altamente arqueada. Exteriormente marrom-avermelhada[2][6] ou esverdeada.[7] Sua escultura de costelas espirais não raro se apresenta coberta por algas e tubos de organismos marinhos.[2][8] Os furos abertos na concha, de 3 a 5, são elevados e sua região interna se apresenta madreperolada, iridescente, com um brilho principalmente em rosa, tipicamente com nenhuma cicatriz muscular; e se presente, pouco diferenciada.[2][9] Lábio externo se estendendo sobre a área madreperolada, bastante fino e normalmente formando uma borda vermelha.[2][10]
Haliotis sorenseni ocorre em águas rasas, em profundidades de 5 até 45 metros,[2][3] mas geralmente fora da costa, entre 25 e 30 metros, em áreas rochosas do nordeste do oceano Pacífico, não sendo encontrada ao norte de Point Conception e apenas ocasionalmente em Point Dume, Palos Verdes e San Diego; mais abundante entre as ilhas do canal, em Santa Catalina, Santa Cruz, Santa Bárbara, San Clemente (Califórnia, Estados Unidos); também ocorrendo na Bahía Tortugas, Los Coronados e ilha de Cedros, na península da Baixa Califórnia (no oeste do México).[2][4]
Esta espécie tem uma das carnes mais suaves dentre os tipos comercializados de abalone,[4] porém sua pesca para a indústria de alimentos nos Estados Unidos se desenvolveu tarde devido a seu habitat de profundidade. Desembarques de pesca são relatados em 1968, com seu pico em 1972 e diminuição em seguida, até seu encerramento em 1993. Com sua densidade ainda em diminuição, por sua baixa reprodutibilidade e predação sobre a espécie, pesquisas foram realizadas para avaliar melhor o estado da população e explorar possibilidades de recolha de amostras para um programa de reprodução em cativeiro. Em maio de 2001, ele se tornou o primeiro invertebrado marinho a receber proteção federal nos Estados Unidos como uma espécie em extinção.[5] O molusco também é afetado por uma síndrome cujo agente é uma bactéria denominada Candidatus Xenohaliotis californiensis.[11]