Henrique Eduardo Alves | |
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16.º Ministro do Turismo do Brasil | |
Período | 12 de maio de 2016 até 16 de junho de 2016 |
Presidente | Michel Temer |
Antecessor(a) | Alessandro Teixeira |
Sucessor(a) | Alberto Alves (interino) |
Período | 16 de abril de 2015 até 28 de março de 2016 |
Presidente | Dilma Rousseff |
Antecessor(a) | Vinicius Lages |
Sucessor(a) | Alberto Alves (interino) |
109.° Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil | |
Período | 4 de fevereiro de 2013 até 1 de fevereiro de 2015 |
Antecessor(a) | Marco Maia |
Sucessor(a) | Eduardo Cunha |
Deputado Federal pelo Rio Grande do Norte | |
Período | 1 de fevereiro de 1971 até 1 de fevereiro de 2015 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 9 de dezembro de 1948 (76 anos) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil |
Esposa | Laurita Arruda Camara |
Partido | MDB (1969-1979) PP (1980-1982) MDB (1982-2022) PSB (2022-presente) |
Profissão | Empresário e Político |
Assinatura |
Henrique Eduardo Lyra Alves (Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1948) é um empresário, advogado, político brasileiro, ex-ministro do Turismo nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer e filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).[1][2]
Foi deputado federal por 11 mandatos consecutivos pelo Rio Grande do Norte e presidente da Câmara dos Deputados de 2013 a 2015. Foi o ministro do turismo de 16 de abril de 2015 a 28 de março de 2016, no governo Dilma Rousseff [3] e voltou ao cargo após a admissibilidade do processo de impeachment, através do presidente em exercício, Michel Temer, pedindo novamente demissão em 16 de junho de 2016.[4] Em 6 de junho de 2017, foi preventivamente preso pela Polícia Federal por fraude na construção do estádio Arena das Dunas,[5] tendo em 8 de maio de 2018 ido para prisão domiciliar, e posteriormente, em 13 de julho foi determinado pela justiça para responder o processo em liberdade.[6]
Filho de Aluízio Alves e Ivone Lyra Alves, primo do Senador Garibaldi Alves Filho.[7] Foi aluno do curso de Direito do Centro de Ensino Unificado de Brasília (UniCEUB), mas transferiu-se para a Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde graduou-se em 1972. Além de político é empresário e um dos proprietários do Sistema Cabugi de Comunicação, do qual fazem parte a InterTV Cabugi, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Norte, a Rádio Globo Natal, a Rádio Difusora de Mossoró e o jornal Tribuna do Norte, do qual é presidente.[8][9]
Após a cassação do mandato de seu pai pelo Ato Institucional Número Cinco em 7 de fevereiro de 1969, Henrique Eduardo Alves resolveu seguir carreira política e ingressou no MDB, elegendo-se deputado federal em 1970, 1974 e 1978. Após a extinção do bipartidarismo no governo João Figueiredo, ingressou no PP em 1980 e ali permaneceu até que seus integrantes decidiram incorporar-se ao PMDB[10] e Henrique Eduardo Alves foi eleito presidente do diretório estadual, reelegendo-se deputado federal em 1982.
Em seu novo mandato votou a favor da emenda Dante de Oliveira em 1984 e em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985 e, após nova vitória em 1986, participou da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1988, reelegendo-se em 1990 quando votou a favor do processo de impeachment do presidente Fernando Collor. Obteve novos mandatos em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, chegando ao posto de líder do PMDB, função que desempenhou de 2007 a 2013, quando foi eleito Presidente da Câmara dos Deputados.
Sobrinho dos políticos Garibaldi Alves e Agnelo Alves, irmão da ex-deputada Ana Catarina Alves e primo do senador Garibaldi Alves Filho e do do ex-prefeito da cidade de Natal Carlos Eduardo Alves, concorreu duas vezes à prefeitura de Natal, sem sucesso: em 1988 foi derrotado por Wilma de Faria e em 1992 por Aldo Tinoco.[11] Durante parte do segundo governo Garibaldi Alves Filho foi Secretário de Governo.[12]
Pelo tempo em que esteve na Câmara dos Deputados, empatou em onze mandatos com Ulysses Guimarães e está atrás de Manoel Novaes, que tem doze.[13]
Em 16 de abril de 2015, foi empossado pela presidente Dilma Rousseff no cargo de ministro do Turismo do Brasil,[14] onde permaneceu até 28 de março de 2016, saindo com uma carta de demissão,[3] antecedendo à saída do PMDB da base aliada do governo, que ocorreu no dia seguinte.[15][16] Em 16 de junho de 2016 pediu demissão do mesmo cargo no governo Michel Temer, que havia assumido após o afastamento de Dilma Rousseff da presidência, no processo de impeachment.[4]
Henrique Alves teve seu nome envolvido na Operação Lava Jato a partir dos termos de colaboração do doleiro Alberto Youssef[17] e passou a ser investigado pelo MPF, estando presente na lista da PGR, conhecida popularmente como lista de Janot.[18] Em 15 de dezembro de 2015, em uma nova fase da Lava Jato, batizada de Operação Catilinárias, o STF, através do ministro Teori Zavascki, autorizou buscas pela Polícia Federal na casa de Henrique Alves.[19]
Em 18 de junho de 2016, a Procuradoria-Geral da República denunciou Henrique Eduardo Alves pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas em razão de conta atribuída a ele na Suíça A investigação, iniciada na Suíça e transferida para o Brasil, identificou uma conta ligada a Alves com saldo de 800 mil francos suíços, cerca de 2,8 milhões de reais.[20]
Em 26 de outubro de 2016, a 10ª Vara do Distrito Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves por corrupção, lavagem de dinheiro, prevaricação e violação de sigilo funcional em aportes de fundos de investimento administrados pela Caixa Econômica Federal, como o Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), em empresas. Segundo a denúncia, houve pagamento de propina em ao menos sete projetos, incluindo o Porto Maravilha, construído por OAS, Odebrecht (atual OEC) e Carioca Engenharia no Rio de Janeiro com investimento de 3,5 bilhões de reais pela Caixa, aporte que teria rendido 2,1 milhões de reais em propina. O então deputado federal Henrique Eduardo Alves foi favorecido que por meio de operações financeiras evasivas e camufladas no exterior[21]
Em 5 de abril de 2017, em um acordo de delação premiada celebrado com o MPF, Fernando Cunha Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, teria relatado dois milhões de reais em propinas ao ex-ministro. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o delator afirmou que Alves teria recebido o dinheiro para sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte em 2014 e acabou derrotado no segundo turno pelo atual governador, Robinson Faria (PSD). [22]
Na manhã de 6 de junho de 2017, Henrique foi preso pela Polícia Federal na Operação Manus, que investigava corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas.[23][24]
Em 20 de junho de 2017, o MPF do Rio Grande do Norte denunciou Henrique Eduardo Alves por prática continuada dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusado pelos procuradores da República de ter recebido propinas disfarçadas de doações eleitorais, oficiais e não oficiais, entre 2012 e 2014.[25]
Em 13 de julho de 2018, o juiz Francisco Eduardo Guimarães Farias, da 14º Vara Federal de Natal, revogou a prisão domiciliar, e Henrique Alves passou a aguardar o julgamento em liberdade.[6]
Nas eleições de 2022, voltou a ser candidato a deputado federal, desta vez, filiado ao PSB. No entanto, recebeu menos de 12 mil votos e não conseguiu ser eleito.[26]
Precedido por Vinicius Lages |
Ministro do Turismo do Brasil 2015 – 2016 Governo Dilma Rousseff |
Sucedido por Alberto Alves (interino) |
Precedido por Alessandro Teixeira |
Ministro do Turismo do Brasil 2016 Governo Michel Temer |
Sucedido por Alberto Alves (interino) |
Precedido por Marco Maia |
Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil 2013 – 2015 |
Sucedido por Eduardo Cunha |