Humoresque | |
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Cartaz promocional do filme. | |
No Brasil | Acordes do Coração |
Em Portugal | Fascinação |
![]() 1946 • p&b • 125 min | |
Gênero | drama romântico |
Direção | Jean Negulesco |
Produção | Jerry Wald |
Produção executiva | Jack L. Warner |
Roteiro | Clifford Odets Zachary Gold |
Baseado em | Humoresque: A Laugh on Life with a Tear Behind It conto de 1919 de Fannie Hurst[1] |
Elenco | Joan Crawford John Garfield |
Música | Franz Waxman Leo F. Forbstein Isaac Stern |
Cinematografia | Ernest Haller |
Direção de arte | Hugh Reticker |
Efeitos especiais | James Leicester David Forrest |
Figurino | Adrian Bernard Newman |
Edição | Rudi Fehr |
Companhia(s) produtora(s) | Warner Bros. |
Distribuição | Warner Bros. |
Lançamento |
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Idioma | inglês |
Orçamento | US$ 2,1 milhões[3] |
Receita | US$ 3,4 milhões[3] |
Humoresque (bra: Acordes do Coração; prt: Fascinação)[4][5] é um filme estadunidense de 1946, do gênero drama romântico, dirigido por Jean Negulesco, e estrelado por Joan Crawford e John Garfield.[2] O roteiro de Clifford Odets e Zachary Gold foi baseado no conto "Humoresque: A Laugh on Life with a Tear Behind It" (1919), de Fannie Hurst.[1]
A trama retrata a história do relacionamento entre um rapaz violinista e uma mulher mais velha. O conto de Hurst foi adaptado para o cinema anteriormente em 1920, em uma produção homônima.
Paul Boray (John Garfield) é um brilhante violinista de origem judia que sacrifica amizades e família para sair do subúrbio e conquistar seus sonhos. Sua carreira em ascensão é patrocinada por Helen Wright (Joan Crawford), uma socialite glamorosa, carismática, rica e alcoólatra. Ignorada pelo marido Victor (Paul Cavanagh), Helen faz de Paul seu amante e protegido, e começa a se indispor com Esther Boray (Ruth Nelson), a mãe dominadora dele. Possessiva e ciumenta, Helen não consegue, porém, fazer frente à vontade de Paul e torna-se presa fácil de sentimentos de culpa por tê-lo roubado da mãe. Agora, resta a Paul decidir o que é mais importante para ele: a boa vida que ele leva ao lado de Helen, ou a música.[6][7]
O filme é a segunda adaptação do conto, sendo a primeira uma versão silenciosa de 1920 dirigida por Frank Borzage. Foi o primeiro filme de Crawford depois de seu papel vencedor do Oscar em "Alma em Suplício", e seu terceiro para a Warner Bros., depois do fim de seu contrato com a Metro-Goldwyn-Mayer.
Em 15 de agosto de 1973, durante uma aparição no "The Tonight Show", Bobby Blake afirmou que não conseguiu produzir lágrimas durante uma de suas cenas, então John Garfield retirou todas as pessoas do set e começou a contar a ele sobre sua própria infância, a morte de sua mãe e o crescimento nas ruas do Bronx. A conversa teve o efeito desejado no jovem Blake, e ele conseguiu chorar e completar a cena.[8]
Ao retratar o romance entre um violinista e uma dama da alta sociedade, o filme contrasta – com grande elegância e prazer por parte do diretor Negulesco – o estilo de vida dos miseráveis com aquele dos que possuem casas no campo, limusines e roupas caras.[6]
Lawrence J. Quirk comentou: "Humoresque é, sem dúvida, o melhor desempenho de Crawford ... Sua habilidade foi perfeita, sua aparência adorável, suas emoções profundas".[9]
Bosley Crowther, em sua crítica para o The New York Times, observou: "Certamente não há nada engraçado sobre o lacrimoso Humoresque ... É mais uma lamentação piegas sobre a desesperança do amor entre um violinista dedicado à arte e uma dama que vive sozinha ... Os Warners envolveram este caso lamentável em um cobertor de música de partir a alma que deveria torná-lo espiritualmente purgativo ... A música, devemos dizer, é esplêndida – e, se você apenas fechar os olhos para não ter que assistir o Sr. Garfield encostando seu rosto comovente naquele violino ou a Srta. Crawford se emocionando violentamente, ... você pode se divertir muito".[10]
Segundo o crítico e historiador de cinema Ken Wlaschin, este é um dos dez melhores filmes de Joan Crawford e John Garfield.[11] Já para Leonard Maltin, este é possivelmente o melhor momento da atriz.[12]
De acordo com os registros da Warner Bros., o filme arrecadou US$ 2.281.000 nacionalmente e US$ 1.118.000 no exterior, totalizando US$ 3.399.000 mundialmente. O retorno lucrativo da produção foi de US$ 1.235.000.[3]
Franz Waxman orquestrou e conduziu a trilha sonora. O violinista Isaac Stern atuou como consultor musical, e o filme apresentou close-ups de suas mãos tocando violino, aparentando ser as mãos de John Garfield.[13] Em algumas sequências, dois violinistas, invisíveis para a plateia, se colocavam atrás do ator, cujo casaco possuía um grande buraco na altura dos ombros. Um deles fazia os gestos do dedilhado, enquanto o outro cuidava do arco.[7][12] Oscar Levant, que interpretou Sid Jeffers, era realmente um célebre pianista, e teve seus solos de piano utilizados na trilha sonora.[14] Eric DeLamarter, ex-maestro associado e organista da Orquestra Sinfônica de Chicago, aparece no filme como o maestro da orquestra.[15]
As obras musicais clássicas que são ouvidas no filme são:[16]
Outras músicas notáveis na produção foram:
A Columbia Masterworks lançou um álbum da trilha sonora do filme que consiste em quatro discos fonográficos de 78 rpm.[17]
Em 1998, a Nonesuch Records lançou um álbum com as músicas do filme, gravado em 1997 em Londres e Nova Iorque, com a participação da violinista Nadja Salerno-Sonnenberg.[18][19]
Ano | Cerimônia | Categoria | Indicado | Resultado | Ref. |
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1947 | Oscar | Melhor trilha sonora | Franz Waxman | Indicado | [20][21] |
O filme foi reconhecido pelo Instituto Americano de Cinema na seguinte lista:
"Humoresque" foi satirizado no programa de televisão "Second City Television" em 1981. O papel de Joan Crawford foi interpretado por Catherine O'Hara, e o papel de John Garfield foi interpretado pelo violinista Eugene Fodor.[22]
Em 1998, a cantora Madonna lançou um vídeo para sua canção "The Power of Good-Bye" baseado em várias cenas do filme.[23]
A Warner Bros. originalmente queria Jascha Heifetz para tocar violino na trilha sonora, mas ele exigiu mais dinheiro do que Jack Warner estava disposto a pagar, então [Franz Waxman] foi a São Francisco para ouvir Stern em um recital e o contratou na hora.
Inspirado no filme de mesmo nome de 1947, da Warner Bros.
Ao ouvir Humoresque, seu mundo se torna preto e branco ... Você veste a mais elegante das roupas noturnas. Cada expressão sua é carregada de percepção e significado. A beleza da música 'séria' obceca sua alma, e ainda assim você continua torturado porque seus dedos não conseguem produzir exatamente os mesmos sons que assombram seus sonhos. Uma xícara de café é um níquel.