José María Melo | |
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José María Melo | |
Presidente da República de Nova Granada | |
Período | 17 de abril de 1854 - 4 de dezembro de 1854 |
Antecessor(a) | José María Obando |
Sucessor(a) | José de Obaldía |
Dados pessoais | |
Nascimento | 9 de outubro de 1800 Chaparral, Colômbia |
Morte | 1 de junho de 1860 (59 anos) La Trinitaria, México |
Primeira-dama | Juliana Granados |
Partido | Partido Liberal |
Profissão | Político Militar |
José María Dionisio Melo y Ortiz (Chaparral, 9 de outubro de 1800 – La Trinitaria, 1 de junho de 1860) foi um político colombiano.[1] Ocupou o cargo de presidente de seu país entre 17 de abril de 1854 e 4 de dezembro de 1854.[2][3][4]
Melo era de ascendencia indígena. Ingressou no Exercito Libertador em 1819; participou na Batalha de Ayacucho. Em 1830 com outros militares partidarios de Bolívar foi deportado a Venezuela.[5] Em 1835 participou com vários oficiales venezuelanos na Revolução das Reformas, para exigir a reconstituição da Grã-Colômbia. Desterrado novamente, este na Europa e estudou na Academia Militar de Bremen. Se interessou pelas ideias socialistas. Retornou à Nova Granada em 1840 pela amnistia aos oficiais bolivarianos. Em 27 de maio de 1847 foi reincorporado ao Novo Exército de Granada novamente no posto de Coronel.[4]
Participou da fundação das Sociedades Democráticas organizadas pelos artesãos e por intelectuais socialistas influenciados por Saint-Simon e Fourier e Louis Blanc, opostas al Tratado de Paz, Amizade, Navegação e Comércio com os Estados Unidos, assinado e aprovado durante o governo de Tomás Cipriano de Mosquera, e que apoiaram em 1849 a candidatura presidencial de José Hilario López, que foi eleito presidente.[6][7]
Debido a abolição da escravidão pela lei em 1851, os escravistas e conservadores dirigidos por Julio Arboleda declararam a guerra civil. López chamou Melo, e o promoveu a general, encontrando grande aceitação nas tropas, organizou com os artesãos três mil voluntários das Milícias Democráticas para fortalecer a Guarda Nacional e conseguiu derrotar os rebeldes da Guasca,[8] em quanto as tropas de José María Obando os derrotou em Pasto,[9] com ainda das milicias dos artesãos de Cali.[10]
As Sociedades Democráticas apoiaram a candidatura de Obando à presidencia e também venceu, mas seus opositores liberais "gólgotas"e conservadores conseguiram maioria no Congresso e bloquearam o governo. Em janeiro de 1854 os artesãos conformaram a Junta Democrático Central, presidida por Francisco Antonio Obregón,[11] e da que era integrante Melo, para coordenar a mobilização de todas as Sociedades Democráticas do país..[12] Apresentaram em março um projeto de lei para a criação de um banco Nacional de promoção da indústria, para a criação de uma Oficina Nacional e para proteger o trabalho dos artesõ ãos, mas não foi aprovado.
Em 17 de abril de 1854, os artesãos mobilizados e organizados em milícias exigiam que Obando fechasse o Congresso, diante do comportamento dos deputados, e convocasse uma Assembleia Constituinte. Obando preferiu renunciar, porem as Sociedades Democráticas nomearam a Melo, que era comandante das Forças Armadas de Cundinamarca e integrante da Junta Central Democrática, como presidente e como jefe supremo do Governo Provisorio, encarregado de convocar a Constituinte.
O Governo Provisorio, impulsionado pelas demandas dos artesãos, conseguiu permanecer no poder entre 17 de abril e 4 de dezembro de 1854. Com a ajuda das Sociedades Democráticas, organizou suas forças no chamado "Exército Regenerador", convocando serviço a todos os civis integrantes da Guarda Nacional Auxiliar e aos veteranos que lutaram na guerra civil de 1851. Em meados de maio já havia dobrado o número de suas tropas.[13] No entanto, Tomás Cipriano de Mosquera organizou, financiou e dirigiu o exército do Norte contra Melo que marchou desde Barranquilla. José Hilario López comandou o exército do sul, que derrotou os artesãos em Cali e viajou de Cauca, e Huila, e Joaquín París Ricaurte comandou a divisão Alta Magdalena que com tropas de Antioqueña cruzou o rio Magdalena por Honda (Tolima) e se juntou às tropas de Julio Arboleda, que ocupavam a região de Guaduas. Os três exércitos se juntaram vencedores em Bogotá.
Melo foi desterrado a Panamá, mas viajou a Nicarágua a apoiar as tropas Centroamericanas contra a invasão estadounidense. Depois de trabalhar em El Salvador, decidiu ir como voluntário à Guerra da Reforma no México, onde lutou em defesa do governo de Benito Juárez. Em 1 de junho de 1860, quando um destacamento juarista repousava na fazenda Juncaná, em Chiapas, foi surpreendido e atacado, resultando ferido. Foi fusilado.[4][5][14]
Precedido por José María Obando |
Presidente da Colômbia 1854 |
Sucedido por José de Obaldía |