João Alberto Souza | |
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João Alberto Souza | |
Governador do Maranhão | |
Período | 3 de abril de 1990 a 15 de março de 1991 |
Antecessor(a) | Epitácio Cafeteira |
Sucessor(a) | Edison Lobão |
Vice-governador do Maranhão | |
Período | 1° - 15 de março de 1987 a 3 de abril de 1990 2º - 17 de abril de 2009 a 31 de dezembro de 2010 |
Antecessor(a) | 1° - João Rodolfo 2° - Luís Carlos Porto |
Sucessor(a) | 1° - José de Ribamar Fiquene 2° - Washington Oliveira |
Deputado federal pelo Maranhão | |
Período | 1° - 1° de fevereiro de 1979 até 1° de fevereiro de 1987 2° - 1° de fevereiro de 1995 até 1° de fevereiro de 1999 |
Senador pelo Maranhão | |
Período | 1° - 1° de fevereiro de 1999 até 1° de fevereiro de 2007[nota 1] 2° - 1° de fevereiro de 2011 até 1° de fevereiro de 2019[nota 2] |
Deputado estadual pelo Maranhão | |
Período | 1° de fevereiro de 1975 até 1° de fevereiro de 1979 |
Prefeito de Bacabal | |
Período | 1° de janeiro de 1989 até 1990 |
Antecessor(a) | Raimunda Ramos Loiola |
Sucessor(a) | Jurandir Ferro do Lago |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1 de outubro de 1935 (89 anos) São Vicente Ferrer, MA |
Alma mater | Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro (FCPERJ) |
Cônjuge | Maria Santos Sousa |
Partido | ARENA (1970-1979) PDS (1980-1985) PFL (1985-1994) MDB (1994-presente) |
Profissão | economista |
João Alberto Souza (nome civil: João Alberto de Souza), ou apenas João Alberto, (São Vicente Ferrer, 1º de outubro de 1935) é um economista e político brasileiro natural do Maranhão, estado que representou no Congresso Nacional[1][2] e onde foi governador.[3]
Filho de Manoel Campos Souza e Dayse Novaes Linhares. Economista formado pela Universidade Candido Mendes em 1966, ingressou na ARENA e nesta legenda foi eleito deputado estadual em 1970 e durante a maior parte da década em questão foi vice-presidente do diretório estadual.[3][nota 3] Candidato a deputado federal, amargou uma suplência em 1974, mas foi eleito em 1978 e 1982 conquistando este último mandato via PDS, a legenda que passou a sustentar o Regime Militar de 1964 após o fim do bipartidarismo graças à reforma política empreendida pelo governo do presidente João Figueiredo.[4] Durante sua estadia em Brasília, votou a favor da Emenda Dante de Oliveira em 1984 e foi eleitor de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985, mesmo ano em que ingressou no PFL.[5][6][1][7][8]
Em 1986 foi eleito vice-governador na chapa de Epitácio Cafeteira,[5] mas enfrentou uma grande controvérsia no exercício do cargo ao eleger-se prefeito de Bacabal em 1988.[6] Tudo porque, ao invés de renunciar, João Alberto Souza adotou uma "solução intermediária" ao pedir licença da vice-governadoria para assumir a prefeitura de Bacabal, cidade a qual administrou no primeiro semestre de 1989. Findo este prazo, Souza renunciou à prefeitura e reassumiu o mandato de vice-governador. Quando Epitácio Cafeteira renunciou ao Palácio dos Leões para eleger-se senador em 1990 o governo foi entregue a João Alberto Souza, mas este foi destituído do cargo pela Assembleia Legislativa do Maranhão cujo presidente, Ivar Saldanha, foi empossado governador.[9] Em meio à conflagração instaurada, João Alberto cercou o Palácio dos Leões ordenando o uso de força letal contra invasores e ele próprio permaneceu no gabinete armado com um revólver à espera de um confronto que não houve.[10] Tal impasse foi solucionado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, mediante uma liminar em favor de João Alberto Souza, governador até a posse de Edison Lobão a 15 de março de 1991.[11]
Fato ruidoso durante sua gestão à frente do Poder Executivo estadual foi a "Operação Tigre", deflagrada para combater o crime na região de Imperatriz.[12] Nela, muitos indivíduos com ficha criminal foram mortos, contudo houve queixas relacionadas à morte de pessoas meramente investigadas ou mesmo sem antecedentes penais. Acossado por críticas, o governo João Alberto negou todas as acusações a respeito de tal operação.[12] Em 1992 perdeu a eleição para prefeito de São Luís, em segundo turno, para Conceição Andrade, do PSB.[6]
Após migrar para o PMDB elegeu-se deputado federal em 1994, entretanto licenciou-se do mandato para assumir a Secretaria de Governo a convite da governadora Roseana Sarney.[1][nota 4] Quanto Roseana Sarney foi reeleita em 1998, João Alberto Souza conquistou um mandato de senador.[5][6][2] Sempre em aliança com o clã de José Sarney, foi derrotado como candidato a vice-governador na chapa de Roseana Sarney em 2006, no entanto ambos assumiram o poder quando o Tribunal Superior Eleitoral cassou os mandatos de Jackson Lago e Luís Carlos Porto.[13][14][nota 5] Eleito senador pela segunda vez em 2010, presidiu o Conselho de Ética do Senado Federal, embora em determinado momento licenciou-se para assumir o cargo de secretario de Programas Especiais no quarto governo Roseana Sarney.[15][16][nota 6]
Em novembro de 2015 votou contra a prisão de Delcídio Amaral.[17] Em 2017 arquivou pedido de cassação por quebra de decoro contra Aécio Neves, que havia sido afastado do mandato por decisão do Supremo Tribunal Federal.[18] Em outubro de 2017 votou a favor da manutenção do mandato do senador Aécio Neves, derrubando decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde ele foi acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.[19][20]
Pai do psicólogo e também político, João Marcelo Souza,[21] deixou a vida política ao final do mandato, embora tenha disputado e perdido a eleição para vereador em Bacabal no ano de 2020.