Kuno von Moltke

Kuno von Moltke
Kuno von Moltke
Nascimento 13 de dezembro de 1847
Neustrelitz
Morte 19 de março de 1923 (75 anos)
Breslávia
Cidadania Alemanha
Ocupação compositor, militar
Título conde
Kuno von Moltke
Nome completo Kuno Augustus Friedrich Karl Detlev
Nascimento 13 de dezembro de 1847
Mecklenburg-Strelitz, Alemanha
Morte 19 de março de 1923 (75 anos)
Breslau, Alemanha
Ocupação Militar
Político

Kuno Augustus Friedrich Karl Detlev, Conde de Moltke (Neustrelitz, Mecklenburg-Strelitz, 13 de dezembro de 1847 - Breslau, 19 de março de 1923), foi um Tenente-general alemão, assessor militar do Kaiser Guilherme II da Alemanha e comandante militar de Berlim.

Kuno pertencia à família Moltke, uma linhagem da antiga nobreza de Mecklemburgo, que tinha ramificações na Alemanha (Württemberg, Prússia e Baviera), Suécia, Áustria e Dinamarca.[1] Em 1896, quando já ocupava o cargo de comandante militar de Berlim, casou-se com Athalie ("Lily") von Kruse-Neetzow (viúva, cujo sobrenome de solteira era von Heyden). O casal se divorciaria em 15 de novembro de 1899, quando Lily descobriu o relacionamento homossexual que seu marido manteve por anos com o embaixador alemão em Viena, o príncipe Philipp zu Eulenburg-Hertefeld.[2] Lily casou-se, posteriormente, com Harry von Elbe.

Moltke compôs, em 1892, a marcha militar Des Großen Kurfürsten Reitermarsch.

Escândalo de Harden-Eulenburg

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Moltke fazia parte do círculo íntimo de Guilherme II (um grupo que ficou conhecido como a "Távola Redonda de Liebenberg") e tinha grande influência sobre o soberano. Para o jornalista Maximilian Harden, a recusa do kaiser em entrar em guerra contra a França durante a Primeira Crise do Marrocos era de inteira responsabilidade dos membros da "Távola" e, por isso, passou a atacá-los publicamente. Harden tomou conhecimento da homossexualidade de alguns dos mais proeminentes nomes do governo alemão (membros da Távola") através de cartas de cunho íntimo trocadas entre Eulenburg e Moltke, fornecidas pela ex-mulher deste em 1906.[2] Moltke, entre outros, foi um dos protagonistas do chamado Escândalo de Harden-Eulenburg, que levou diversos homens próximos a Guilherme II a julgamento por infração do Parágrafo 175, que proibia qualquer tipo de atividade homossexual na Alemanha.

No decorrer do processo Moltke chegou a desafiar Harden (que o acusou de ser abertamente homossexual) para um duelo. Em 1907 Moltke processou o jornalista por difamação, que resultou em absolvição do réu. Posteriormente, o processo foi reaberto e Harden foi condenado a quatro meses de prisão. Em 1908, Harden foi condenado a pagar uma multa e as custas do processo e Moltke foi reabilitado publicamente.

Referências

  1. Pommersches Urkundenbuch 593; Mecklenburgisches Urkundenbuch 734
  2. a b Schwule wie die Brennesseln entfernen. In: Der Spiegel, Nr. 3, 1984, p. 25
  • Isabel Hull, The entourage of Kaiser Wilhelm II, Cambridge 1982.
  • John Röhl, Des Kaisers bester Freund, in: Kaiser, Hof und Staat. Wilhelm II. und die deutsche Politik, München ³1988, S. 35–77, v.a. 64 ff.
  • Nicolaus Sombart, Wilhelm II. Sündenbock und Herr der Mitte, Berlin 1996.
  • Olaf Jessen: Die Moltkes. Biographie einer Familie, C. H. Beck, München 2010, ISBN 978-3-406-604997
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