Lithodes santolla

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caranguejo-real-austral, santola-chilena
Lithodes santolla.
Lithodes santolla.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Infraordem: Anomura
Família: Lithodidae
Género: Lithodes
Espécie: L. santolla
Nome binomial
Lithodes santolla
Jacquinot, 1844
Sinónimos

Lithodes santolla Jacquinot, 1844 é um crustáceo da infraordem Anomura que habita os fundos marinhos das águas frias da costa do Pacífico da América do Sul. A espécie foi descrita pela primeira vez em 1782, pelo sacerdote chileno e naturalista Juan Ignacio Molina, sendo conhecida pelos nomes comuns de caranguejo-real-austral e santola-chilena.

Distribuição

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Habita nas águas costeiras do sudeste do Oceano Pacífico, as águas do Chile, em especial desde Valdivia até ao Cabo Horn,[2] e no sul da Argentina.[3]

Vive na zona bentónica, geralmente em profundidades de até 150 m, mas já foi encontrado ocasionalmente até aos 600 m de profundidade.[4] A espécie é encontrada em águas com uma temperatura de 5-12 °C, demonstrando uma maior tolerância do que outros membros da família Lithodidae.[5]

A captura deste animal constitui um recurso lucrativo para as comunidades piscatórias do arquipélago da Tierra del Fuego. A sua captura conduziu a um incidente internacional em Agosto de 1967, quando a traineira argentina Cruz del Sur, enquanto pescava a 400 m da costa da ilha Gable (actualmente sob soberania da Argentina), foi obrigada a afastar-se pelo navio patrulha chileno Marinero Fuentealba. Este evento, somadao a outros, levou às tensões que desembocaram no Conflito de Beagle na década de 1970.[6]

Notas

  1. a b Lithodes santolla. In: WoRMS 2013. World Register of Marine Species.
  2. «Pesquera Melinka en Punta Arenas ofrece Centolla, Centollón y Caracoles». Servicios Agrícolas y Agroindustria. Consultado em 17 de janeiro de 2009 
  3. Vinuesa, J. H., G. A. Lovrich & F. Tapella (1999). "New localities for Crustacea Decapoda in the Magellan region, southern South America". Scientia Marina 63 (suppl. 1): 321–323.
  4. «Southern king crab (Lithodes antarcticus) toxicity studies». Pesticides Database 
  5. Paschke K., J. P. Cumillaf, M. E. Chimal, F. Díaz, P. Gebauer, C. Rosas (2013). «Relationship between age and thermoregulatory behaviour of Lithodes santolla (Molina, 1782) (Decapoda, Lithodidae) juveniles». Journal of Experimental Marine Biology and Ecology. 448: 141–145. doi:10.1016/j.jembe.2013.06.018 
  6. Patricia Arancibia Clavel & Francisco Bulnes Serrano (2004) (in Spanish). La Escuadra En Acción: 1978: el conflicto Chile-Argentina visto a través de sus protagonistas. Santiago: Maval Ltda. ISBN 9562582116.
  • Lovrich G. A., S. Thatje, Calcagno J. A., Anger K., Kaffenberger A. (2003). «Changes in biomass and chemical composition during lecithotrophic larval development of the southern king crab, Lithodes santolla (Molina)». Journal of Experimental Marine Biology and Ecology. 288 (1): 65-79. doi:10.1016/S0022-0981(02)00596-8 
  • Kattner G., Graeve M., Calcagno J. A., Lovrich G. A., Thatje S., Anger K. (2003). «Lipid, fatty acid and protein utilization during lecithotrophic larval development of Lithodes santolla (Molina) and Paralomis granulosa (Jacquinot)». Journal of Experimental Marine Biology and Ecology. 292 (1): 61–74. doi:10.1016/S0022-0981(03)00143-6 
  • Urbina M. A., Paschke K., Gebauer P., Cumillaf J. P., Rosas C. (2013). «Physiological responses of the southern king crab, Lithodes santolla (Decapoda: Lithodidae), to aerial exposure.». Comparative Biochemistry and Physiology Part A: Molecular & Integrative Physiology. 166 (4): 538–545. doi:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1095643313002213 Verifique |doi= (ajuda) 

Ligações externas

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