Luís Viana Filho

Luís Viana Filho
Luís Viana Filho
Deputado federal pela Bahia
Período 6 de maio de 1935
até 14 de março de 1967
Ministro da Casa Civil do Brasil
Período 15 de abril de 1964
até 15 de março de 1967
Presidente Castelo Branco
Antecessor(a) Getúlio Barbosa de Moura
Sucessor(a) Luís Augusto Fraga Navarro de Brito
Ministro da Justiça e Ministro dos Negócios Interiores do Brasil
Período 11 de outubro de 1965
até 19 de outubro de 1965
Presidente Castelo Branco
Antecessor(a) Milton Campos
Sucessor(a) Juracy Magalhães
Período 28 de junho de 1966
até 19 de julho de 1966
Presidente Castelo Branco
Antecessor(a) Mem de Azambuja Sá
Sucessor(a) Carlos Medeiros
36.º Governador da Bahia
Período 15 de março de 1967
até 15 de março de 1971
Antecessor(a) Lomanto Júnior
Sucessor(a) Antônio Carlos Magalhães
Presidente do Senado Federal do Brasil
Período 15 de março de 1979
até 15 de março de 1981
Presidente João Figueiredo
Antecessor(a) Petrônio Portella
Sucessor(a) Jarbas Passarinho
Senador pela Bahia
Período 1 de fevereiro de 1975
até 5 de junho de 1990
Antecessor(a) Aluísio Lopes de Carvalho Filho
Sucessor(a) Luís Viana Neto
Dados pessoais
Nome completo Luiz Vianna Filho
Nascimento 28 de março de 1908
Paris, França
Morte 5 de junho de 1990 (82 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Joana Gertrudes Viana
Pai: Luís Viana
Alma mater Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia
Cônjuge Julieta Pontes Viana
Filhos(as) Luís Viana Neto
Partido PSD, ARENA, PDS, PMDB
Profissão Advogado, professor, historiador e político

Luís Viana Filho (em grafia antiga Luiz Vianna Filho) GOTEGCIHGCMGCIP (Paris, 28 de março de 1908São Paulo, 5 de junho de 1990) foi um advogado, professor, historiador e político brasileiro, governou o estado da Bahia de 1967 a 1971.

Luís Viana Filho nasceu em Paris e seu assento de nascimento foi registrado em Salvador. Era filho do último governador da Bahia no século XIX, Luís Viana. Formou-se em Direito, em 1929, mas exerceu a profissão de jornalista, correspondendo para os jornais da capital baiana "Diário da Bahia" e "A Tarde".

Em 1934 ingressa na política, sendo eleito deputado federal, sendo afastado em razão do golpe do Estado Novo, o que o devolveu para o jornalismo. Um dos fundadores do PSD, reelege-se para o mesmo cargo, após o fim da Era Vargas, em 1945, em sucessivos mandatos até 1966, quando se desincompatibiliza para concorrer ao governo do Estado - numa eleição aos moldes da ditadura militar brasileira, cuja instalação no país apoiara - tendo sido desde 1964, Ministro Extraordinário para Assuntos do Gabinete Civil do regime de exceção.

Em 3 de setembro de 1966 foi eleito, por via indireta, pela Assembleia Legislativa, tomando posse no ano seguinte.

Professor de Direito Internacional Privado e de História do Brasil da Universidade Federal da Bahia. Como historiador, publicou alguns livros.

Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia; da Academia de Letras da Bahia; membro benemérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; membro correspondente da Academia Internacional de Cultura Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Portuguesa de História.

Após o período de governo, já pela Arena, foi eleito para o Senado, onde presidiu a Comissão de Relações Exteriores e o próprio Senado Federal, no biênio 1979-80. Morreu em 1990, quando exercia seu segundo mandato como senador, tendo integrado ainda o PDS e o PMDB.

Luís Viana Filho foi a única pessoa a integrar todas as três Assembleias Constituintes do Século XX (1934, 1946 e 1987–1988).

Governo da Bahia

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Integrando o período conhecido por "milagre econômico brasileiro", marcado por forte industrialização e exacerbado endividamento externo, Luís Viana Filho dá início à construção do parque industrial da Bahia, girando em torno da petroquímica (CIA - Centro Industrial de Aratu).

No discurso de posse diz assentar seu governo no trinômio "Ordem, Trabalho e Moralidade". Promove algumas reformas no ensino mas, sempre voltadas à construção de salas de aula e não ao preparo efetivo do magistério, a partir de seu governo o Estado assistiu à decadência da qualidade da educação pública, um processo capitaneado pelo regime ao qual se filiara.

Em seu governo recebeu a visita da Rainha Elizabeth II do Reino Unido.

Academia Brasileira de Letras

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Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 8 de abril de 1954, terceiro membro da cadeira 22, cujo patrono é José Bonifácio. Tomou posse a 15 de abril do ano seguinte, recebido por Menotti Del Picchia.

Versando sobre política (em especial o período da ditadura militar de 1964 à qual serviu), sua visão da História, e principalmente as biografias (de Rui Barbosa a Anísio Teixeira - este na sua última obra) os livros publicados por Luís Viana Filho foram:

  • 1932: O Direito dos Empregados no Comércio. Bahia: Almeida, 1932. 241 p
  • 1936: A Língua do Brasil. Bahia: A Gráfica, 1936. 70 p
  • 1938: A Sabinada. A República Baiana de 1837. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1938. 210 p.
  • 1941: A Vida de Rui Barbosa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1941. 301 p.
  • 1945: A Verdade na Biografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1945. 171 p.
  • 1946: O Negro na Bahia. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1946. 167 p.
  • 1949: Rui e Nabuco. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1949. 230 p
  • 1952: A Vida de Joaquim Nabuco. São Pauloː Companhia Editora Nacional, 1952. 355 p.
  • 1954: Antologia de Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 1954. 250 p.
  • 1956: Miguel Osório. Rio de Janeiro: Simões, 1956. 76 p.
  • 1958: A Bahia Espoliada. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, 1958. 16 p.
  • 1959: A Vida do Barão do Rio Branco. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1959. 458 p
Da Nacionalidade das Sociedades. Salvador: Artes Gráficas, 1959. 83 p
  • 1963: Afrânio Peixoto. Rio de Janeiroː Agir, 1963. 118 p
  • 1965: A Vida de Machado de Assis. São Paulo: Martins, 1965. 289 p.
  • 1966: Centenário de Aloysio de Carvalho. Salvador: Academia de Letras da Bahia, 1966. 33 p.
  • 1968: Rui Barbosa e os Militares. Salvador: Imprensa Oficial da Bahia, 1968. 7 p.
  • 1972: O Último Ano de Rui na Bahia. Salvador: Imprensa Oficial da Bahia, 1972. 11 p.
  • 1974: Elogio de Antonio da Silva Melo. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 1974. 49 p.
  • 1975: Em favor do Nordeste. Brasília: Senado Federal, 1975. 37 p.
O Salário dos Professores e a Educação Nacional. Brasília: Senado Federal, 1975. 24 p.
O Governo Castello Branco. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1975. 571 p
Homenagem ao Marechal Juarez Távora. Brasília: Senado Federal, 1975. 15 p.
Em favor do Nordeste. Brasília: Senado Federal, 1975. 37 p.
Onze anos de renovação e progresso. Brasília: Senado Federal, 1975. 12 p.
  • 1976: Bahia: O caminho do desenvolvimento. Brasília: Senado Federal, 1976. 16 p.
  • 1977: Ação da palavra. Brasília: Senado Federal, 1977. 146 p
O momento politico. Brasília: Senado Federal, 1977. 15 p.
As memórias do Senador Daniel Krieger. Brasília: Senado Federal, 1977. 7 p.
Rui Barbosa : seis conferências. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 1977. 74 p.
  • 1979: A nova fase da Republica. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1979. 10 p.
A educação e o Nordeste. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1979. 15 p.
A Vida de José de Alencar. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1979. 311 p.
  • 1980: Um novo congresso. Brasília: 1980. 6 p.
Sub lege libertas. Brasília: Senado Federal, 1980. 8 p.
  • 1981: Embaixador Oscar Camilion. Brasília: Senado Federal, 1981. 9 p
A verdade sobre a CEPLAC. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1981. 11 p.
Problemática da educação no Nordeste. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1981. 14 p.
João Mangabeira: O homem e o politico. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1981. 19 p.
Três estadistas: Rui, Nabuco, Rio Branco. Rio de Janeiro: J. Olympio; Brasília: INL, 1981. 1.218 p.
  • 1982: Luís Viana Filho, Um historiador na Academia Brasiliense de Letras. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1982. 23 p.
Educação no Norte e no Nordeste. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1982. 14 p.
  • 1983: Sessão solene em homenagem a suas majestades os reis de Espanha, D. Juan Carlos I e D. Sofia. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1983. 26 p.
Senador Nilo Coelho. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico 1983. 10 p.
As sucessões presidenciais. Brasília: Senado Federal, 1983. 24 p.
A Vida de Eça de Queiroz. Porto: Lello, 1983. 320 p.
  • 1984: Petroquímica e industrialização da Bahia: 1967-1971. Brasília: Senado Federal, 1984. 153 p.
  • 1986: Octavio Mangabeira: Um homem na tempestade. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1986. 57 p.
Castelo Branco: Testemunhos de uma época. Brasília: Senado Federal, 1986. 116p.
Dias que mudaram o Brasil. Brasília: Senado Federal, 1986. 14 p.
  • 1987: Inauguração da Biblioteca Álvaro Nascimento. Salvador: Academia de Letras da Bahia, 1987. 17 p.
  • 1988: Deus ajude o Brasil. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1988. 30 p.
Homenagem a Rômulo de Almeida. Brasília: Senado Federal, 1988. 32 p.
  • 1990: Centenário de Wanderley Pinho. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1990. 17 p.
Anísio Teixeira: a polêmica da educação. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. 210 p.

Condecorações

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Referências

  1. «Biografia de Luiz Viana (Senadores Constituintes - L)». Secção "Condecoraçõoes". Sítio oficial da Câmara dos Deputados do Brasil. Consultado em 5 de janeiro de 2013 
  2. a b c d e «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Luis Vianna Filho". Sítio oficial da Presidência da República Portuguesa. Consultado em 5 de janeiro de 2013 

Ligações externas

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Precedido por
Miguel Osório de Almeida
ABL - terceiro acadêmico da cadeira 22
1954 — 1990
Sucedido por
Ivo Pitanguy
Precedido por
Getúlio Barbosa de Moura
Ministro chefe do Gabinete Civil
1964 — 1966
Sucedido por
Luís Augusto Fraga Navarro de Brito
Precedido por
Milton Campos
Ministro da Justiça
e
Negócios Interiores do Brasil

1965 — 1966
Sucedido por
Juracy Magalhães
Precedido por
Mem de Azambuja Sá
Ministro da Justiça
e
Negócios Interiores do Brasil

1966
Sucedido por
Carlos Medeiros
Precedido por
Lomanto Júnior
Governador da Bahia
1967 — 1971
Sucedido por
Antônio Carlos Magalhães
Precedido por
Aluísio Lopes de Carvalho Filho
Senador pela Bahia
1975 — 1990
Sucedido por
Luís Viana Neto
Precedido por
Petrônio Portela Nunes
Presidente do Senado Federal do Brasil
1979 — 1981
Sucedido por
Jarbas Passarinho