Luís Viana Filho (em grafia antiga Luiz Vianna Filho) GOTE • GCIH • GCM • GCIP (Paris, 28 de março de 1908 – São Paulo, 5 de junho de 1990) foi um advogado, professor, historiador e político brasileiro, governou o estado da Bahia de 1967 a 1971.
Luís Viana Filho nasceu em Paris e seu assento de nascimento foi registrado em Salvador. Era filho do último governador da Bahia no século XIX, Luís Viana. Formou-se em Direito, em 1929, mas exerceu a profissão de jornalista, correspondendo para os jornais da capital baiana "Diário da Bahia" e "A Tarde".
Em 1934 ingressa na política, sendo eleito deputado federal, sendo afastado em razão do golpe do Estado Novo, o que o devolveu para o jornalismo. Um dos fundadores do PSD, reelege-se para o mesmo cargo, após o fim da Era Vargas, em 1945, em sucessivos mandatos até 1966, quando se desincompatibiliza para concorrer ao governo do Estado - numa eleição aos moldes da ditadura militar brasileira, cuja instalação no país apoiara - tendo sido desde 1964, Ministro Extraordinário para Assuntos do Gabinete Civil do regime de exceção.
Em 3 de setembro de 1966 foi eleito, por via indireta, pela Assembleia Legislativa, tomando posse no ano seguinte.
Professor de Direito Internacional Privado e de História do Brasil da Universidade Federal da Bahia. Como historiador, publicou alguns livros.
Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia; da Academia de Letras da Bahia; membro benemérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; membro correspondente da Academia Internacional de Cultura Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Portuguesa de História.
Após o período de governo, já pela Arena, foi eleito para o Senado, onde presidiu a Comissão de Relações Exteriores e o próprio Senado Federal, no biênio 1979-80. Morreu em 1990, quando exercia seu segundo mandato como senador, tendo integrado ainda o PDS e o PMDB.
Luís Viana Filho foi a única pessoa a integrar todas as três Assembleias Constituintes do Século XX (1934, 1946 e 1987–1988).
Integrando o período conhecido por "milagre econômico brasileiro", marcado por forte industrialização e exacerbado endividamento externo, Luís Viana Filho dá início à construção do parque industrial da Bahia, girando em torno da petroquímica (CIA - Centro Industrial de Aratu).
No discurso de posse diz assentar seu governo no trinômio "Ordem, Trabalho e Moralidade". Promove algumas reformas no ensino mas, sempre voltadas à construção de salas de aula e não ao preparo efetivo do magistério, a partir de seu governo o Estado assistiu à decadência da qualidade da educação pública, um processo capitaneado pelo regime ao qual se filiara.
Em seu governo recebeu a visita da Rainha Elizabeth II do Reino Unido.
Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 8 de abril de 1954, terceiro membro da cadeira 22, cujo patrono é José Bonifácio. Tomou posse a 15 de abril do ano seguinte, recebido por Menotti Del Picchia.
Versando sobre política (em especial o período da ditadura militar de 1964 à qual serviu), sua visão da História, e principalmente as biografias (de Rui Barbosa a Anísio Teixeira - este na sua última obra) os livros publicados por Luís Viana Filho foram:
Precedido por Miguel Osório de Almeida |
ABL - terceiro acadêmico da cadeira 22 1954 — 1990 |
Sucedido por Ivo Pitanguy |
Precedido por Getúlio Barbosa de Moura |
Ministro chefe do Gabinete Civil 1964 — 1966 |
Sucedido por Luís Augusto Fraga Navarro de Brito |
Precedido por Milton Campos |
Ministro da Justiça e Negócios Interiores do Brasil 1965 — 1966 |
Sucedido por Juracy Magalhães |
Precedido por Mem de Azambuja Sá |
Ministro da Justiça e Negócios Interiores do Brasil 1966 |
Sucedido por Carlos Medeiros |
Precedido por Lomanto Júnior |
Governador da Bahia 1967 — 1971 |
Sucedido por Antônio Carlos Magalhães |
Precedido por Aluísio Lopes de Carvalho Filho |
Senador pela Bahia 1975 — 1990 |
Sucedido por Luís Viana Neto |
Precedido por Petrônio Portela Nunes |
Presidente do Senado Federal do Brasil 1979 — 1981 |
Sucedido por Jarbas Passarinho |