Monetaria annulus | |||||||||||||||||||
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Fotografia mostrando espécimes de M. annulus; em Reunião, oceano Índico.
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Classificação científica | |||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||
Monetaria annulus (Linnaeus, 1758)[2] | |||||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||
Cypraea annulus Linnaeus, 1758 Erosaria annulus (Linnaeus, 1758) Ornamentaria annulus (Linnaeus, 1758) Monetaria camelorum (Rochebrune, 1884) Monetaria harmandiana Rochebrune, 1884 Cypraea annularis Perry, 1811 (WoRMS)[2] |
Monetaria annulus (nomeada, em inglês, gold-ringer cowrie[4], gold-ring cowrie[5], money cowrie ou ring top cowry[6]; na tradução para o portuguêsː "cipreia do anel de ouro", "cipreia do anel de topo", "cipreia anelada" ou "cipreia dinheiro"; também conhecida por cauri[7] ou caurim; e chamada de búzio pelas religiões de matriz africana, junto com Monetaria moneta e Monetaria caputserpentis)[8][9] é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Cypraeidae da ordem Littorinimorpha. Foi classificada por Linnaeus, com a denominação Cypraea annulus, em 1758, na obra Systema Naturae. É nativa do Indo-Pacífico, desde as costas da África Oriental até o Havaí e as ilhas Galápagos, no Equador.[2][3][6]
Concha grossa e ovalada, um tanto achatada, branco-amarelada, de 2.5 centímetros[4] até pouco mais de 3.5 centímetros e com sua superfície aporcelanada.[5][6] No seu topo é geralmente bem visível um delineamento ovalado e circular, de coloração alaranjada ou amarelo ouro. Abertura estreita e com poucos dentes no lábio externo e columela, fortes e curtos.[10]
É encontrada nas águas rasas das planícies marinhas de lama arenosa ou areia, com fanerógamas e algas, da zona entremarés até a zona nerítica, em recifes coralinos.[4][5]
Esta espécie ocorre no Indo-Pacífico; nas costas orientais do Mar Mediterrâneo, ao Mar Vermelho e em Seicheles, Aldabra, Chagos, Comores, Somália, Quênia, Moçambique, Tanzânia, Madagáscar, Maurícia, Reunião, ilhas Mascarenhas, na África Oriental, e leste da África do Sul; passando por Iêmen, Omã, Maldivas, Índia, Sri Lanka, até o Pacífico, da Austrália até o norte do Havaí e em direção ao leste do Pacífico, chegando às ilhas Galápagos, no Equador.[3][11][12]
Conchas de Monetaria annulus foram utilizadas como moeda, junto com Monetaria moneta ("moneta" = "moeda")[7][13][14], em muitas partes de sua área de distribuição, permanecendo como um item divinatório em tribos animistas na África tropical e na América, após a colonização. Nas religiões de matriz africana do Brasil, elas são usadas pelos médiuns para identificar os orixás que norteiam cada pessoa (no jogo de búzios)[9]; também servindo como ornamento em altares e como objetos litúrgicos.[15] A concha também foi apresentada aos povos ameríndios norte-americanos, durante e após o comércio de peles com comerciantes europeus, como um substituto mais barato para o marfim dos chifres de alces[12][16], altamente estimado, para o dote e para outros usos como ornamentos.[1][12]
Duas subespécies são registradas para esta espécie:
The species of búzios found in the visited terreiros. From left to right: Erosaria caputserpentis, Monetaria moneta and M. annulus. The fourth shell (M. annulus) is sanded, leaving the columella exposed.
Mollusks used in Candomble temples, including uses, symbolism, and liturgy.