O Astro | |||||||
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The Illusionist (EN)[1] El Astro (ES)[2] | |||||||
Informação geral | |||||||
Formato | Telenovela | ||||||
Gênero | drama | ||||||
Duração | 40/45 minutos (terças, quintas e sextas) 20/25 minutos (quartas) | ||||||
Criador(es) | Alcides Nogueira Geraldo Carneiro | ||||||
Baseado em | O Astro, de Janete Clair | ||||||
Desenvolvedor(es) | TV Globo | ||||||
Elenco | |||||||
País de origem | Brasil | ||||||
Idioma original | português | ||||||
Episódios | 64 | ||||||
Produção | |||||||
Diretor(es) | Mauro Mendonça Filho Roberto Talma | ||||||
Tema de abertura | "Bijuterias", João Bosco | ||||||
Localização | |||||||
Exibição | |||||||
Emissora original | TV Globo | ||||||
Formato de exibição | 1080i (HDTV) | ||||||
Transmissão original | 12 de julho – 28 de outubro de 2011 | ||||||
Cronologia | |||||||
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Programas relacionados | O Astro (1977) |
O Astro é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 12 de julho a 28 de outubro de 2011 em 64 capítulos.[3] Foi a primeira "novela das onze" exibida pela emissora.
O enredo é um remake da telenovela homônima de Janete Clair, exibida originalmente em 1977.[4] Escrita por Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, com a colaboração de Tarcísio Lara Puiti e Vitor de Oliveira teve a direção de Fred Mayrink, Allan Fiterman e Noa Bressane, direção geral de Mauro Mendonça Filho e núcleo de Roberto Talma.[3] Foi produzido em comemoração aos sessenta anos da telenovela brasileira.[5]
Contou com as atuações de Rodrigo Lombardi, Carolina Ferraz, Regina Duarte, Marco Ricca, Thiago Fragoso, Alinne Moraes, Humberto Martins e Henri Castelli nos papeis principais.[3]
Em 2012 ganhou o Emmy Internacional na categoria de melhor telenovela.[6][7]
Herculano, junto com seu parceiro Neco, aplicam um golpe na igreja de uma pequena cidade do interior, mas são descobertos. Neco foge com o dinheiro e Herculano é preso. Na cadeia, conhece o paranormal Ferragus, que lhe ensina seus truques. Depois de cumprir a pena, Herculano passa a se apresentar como ilusionista em uma casa noturna. Em uma de suas apresentações, conhece Amanda, por quem se apaixona. Amanda é próxima da família do empresário Salomão Hayalla, cujos sócios são os irmãos Samir, Youssef e Amin. É casado com Clô e deseja que seu único filho (Márcio) seja seu sucessor nos negócios. No entanto, riqueza e poder não interessam ao jovem, que abandona a família e acaba por conhecer Herculano, de quem se torna amigo. Este o convence a assumir sua condição de herdeiro dos Hayalla, e Márcio volta para a família. Mas leva Herculano, que chega à diretoria das empresas. Salomão Hayalla é assassinado misteriosamente e Herculano passa a disputar o comando dos negócios com Samir. No entanto, Herculano é acusado de cometer fraudes na empresa e foge, refugiando-se em um pais ditatorial da América Latina, conseguindo ser conselheiro do presidente.
O remake da trama O Astro foi idealizada para comemorar os 60 anos das telenovelas no Brasil. Também foi decidido que a nova versão viria em formado de micro-série, às 23:00.[8] O objetivo de estrear a trama nesse horário era acabar com a oscilação de público, causada tanto pela concorrência quanto pelas produções da própria Globo que não conseguiam fidelizar um público certo.[9] As gravações da trama se iniciaram em 2 de maio de 2011 na cidade de Curitiba, onde foram gravadas cenas no presídio do Ahú. Posteriormente a equipe seguiu para as cidades de Marumbi, Antonina e Morretes, no litoral paranaense. Com cerca de 50 profissionais, foram 12 dias de gravações no estado sulista.[10][11]
Assim como a primeira versão, foi inspirada na história de Gregori Rasputin, um homem do povo que, usando truques, acaba se tornando um conselheiro da corte russa.[12][13] Para dar vida ao personagem Herculano, o ator Rodrigo Lombardi teve aulas de mágica com profissionais de verdade.[14] O remake trouxe logo na estreia a cena em que Márcio (Thiago Fragoso) fica sem roupa durante uma festa na casa do seu pai Salomão (Daniel Filho). Para o ator, o mais difícil foi lidar com a carga emocional da cena do que tirar a roupa.[15] Além disso, para compor seu personagem, ele se inspirou em São Francisco de Assis e Hamlet[16]
Maurício Stycer, do UOL, avaliou positivamente o primeiro capítulo: "Numa das primeiras cenas de 'O Astro', dentro do presídio onde Herculano Quintanilha (Rodrigo Lombardi) cumpre pena, o misterioso Ferragus (Francisco Cuoco) ensina: 'Todos os seres humanos querem ser enganados, sobretudo as mulheres. Enganar com elegância é a alma do negócio'. A frase pode ser lida como uma homenagem a Janete Clair (1925-1983). Nenhum outro autor de novelas soube 'enganar' o público com tanta “elegância” quanto a autora da versão original de 'O Astro', exibida entre 1977 e 1978. (...) Exibido sem intervalos comerciais, por 50 minutos, o primeiro capítulo de 'O Astro' foi capaz, como fazia Janete Clair, de 'enganar com elegância', ou seja, de entreter com inventividade e qualidade. Tomara que continue assim", disse.[17]
Jorge Luiz Brasil, editor-chefe da revista especializada Minha Novela, apresentou crítica também favorável, mas menos positiva: "[Foi] o excesso dessas duas características [agilidade e dinamismo] o grande problema da estreia de O Astro. Achei tudo corrido demais. Não vi necessidade para Herculano Quintanilha (Rodrigo Lombardi) passar por tantos percalços de maneira tão rápida. Os autores poderiam ter aproveitado melhor a traição que ele sofreu de Neco (Humberto Martins) e os ensinamentos que recebeu de Ferragus (Francisco Cuoco) na prisão. (...) Não ficou claro porque Márcio era tão revoltado com Salomão e o empresário precisaria ter aprontado muito para o rapaz ter motivos para estragar a inauguração do supermercado dele e surgir nu na festa chiquérrima de aniversário do Grupo Hayalla. Esta cena, aliás, foi emblemática na versão de 1977, mas aqui perdeu a força".[18]
O primeiro episódio obteve 28 pontos na medição do Ibope, um número acima do que vinha até então sendo conquistado pela emissora no horário.[19][20][21] A trama bateu recorde de audiência no capítulo 15, exibido em 4 de agosto de 2011. Foram registrados 23 pontos de média, maior audiência desde a estréia. No capítulo foi exibida a cena da morte de Salomão Hayalla, e dando início a um mistério que durou até o fim da trama.[22]
O último capítulo alcançou média de 25,5 pontos, três a menos que na estreia.[23]
Ano | Prêmio | Categoria | Indicação | Resultado |
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2011 | Prêmio Extra de TV | Melhor novela | Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro | Indicado[24] |
Melhor ator | Rodrigo Lombardi | Indicado[25] | ||
Melhor atriz | Alinne Moraes | Indicado[26] | ||
Carolina Ferraz | Indicado[26] | |||
Melhor ator coadjuvante | Humberto Martins | Indicado[27] | ||
Prêmio Contigo de TV | Melhor atriz coadjuvante | Fernanda Rodrigues | Indicado[28] | |
Melhores do Ano | Melhor Ator | Rodrigo Lombardi | Indicado | |
2012 | Prêmio Emmy Internacional | Melhor novela | Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro | Venceu[29] |
O ministério da justiça brasileiro classificou a trama como inadequada para menores de dezesseis anos, por conter cenas de relação sexual, carícias íntimas e nudez.[30] A partir de 13 de setembro de 2011, o Ministério interveio na trama e diminuiu sua classificação e ela passou a ser inadequada para menores de quatorze anos.[31]
Em fevereiro de 2012, a novela foi lançada em DVD pela Globo Marcas e compactada em 12 discos.[32]
Já disponível no Globoplay, plataforma de streaming da Globo, foi atualizada através do projeto Originalidade em 19 de março de 2021, com todas as características da sua exibição original (qualidade de imagem Full HD, além de vinhetas de abertura, intervalo e encerramento).