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Em relação a origem da SHIDOKAN,[1] Mestre Katsuya Miyahira disse o seguinte:"Eu nomeei o meu dojô como SHIDOKAN através dos ensinamentos descritos no Verso 6, Livro VII do Analects, uma crônica de dizeres e feitos de Confúcio e seus seguidores."
Shi* iwaku, michi ni kokorozasi, toku* ni yori, jin* ni yori, gei ni asobu.
– [Vol. 4, Livro VII, 6]
O mestre disse,: “Eu preparo meu coração no Caminho, me baseio na virtude, me apoio na benevolência para servir e tenho meu lazer nas Artes.”.
A meta principal da SHIDO é o aperfeiçoamento do caráter, o qual pode ser alcançado através da prática do Karate baseado na Virtude e na Fraternidade Humana.
SHIDOKAN é o lugar para exercer o Caminho e alcançar a meta principal.
"Hoje a Shidokan se espalha por onze países além do Japão sendo, em cada um deles, chefiada por um Kodansha:
Em Okinawa, a escola é a maior representante do estilo, tendo 25 dojos.[6] e sendo um dos mais importantes baluartes do Karate tradicional.
A história da Shidokan do Brasil[4] confunde-se com a trajetória de seu fundador no lugar que ele escolheu para viver. Não há como falar da vida do Sensei Kazunori Yonamine em terras brasileiras sem mencionar o seu amor ao Karate-do, afinal ele começou a treinar justamente por aqui.
A Shidokan do Brasil nasceu em agosto de 1990, quando o Sensei Kazunori trouxe do Japão sua filiação junto ao Grão-Mestre Katsuya Miyahira, presidente do Okinawa Karate-do Shorin-ryu Shidokan, sendo assim autorizado a representar esta escola por aqui. Inicialmente, o grupo foi criado com os Senseis Osmar Vieira, Mauri Pimentel, Ricardo Higa, Ney Mauricio Chaves Farias, Carlos Magno Duarte Baptista, Nilson Marcos Chaves Farias e Luis Fernado Antunes.
A partir daí, outros professores e academias se integraram à escola, que acabou escolhendo o município de São Vicente como seu lar, coincidência ou não, é considerada cidade-irmã de Naha (Okinawa). No correr dos anos, a Shidokan do Brasil expandiu-se para Piracicaba, São Paulo (Capital), Itajubá (Minas Gerais) e Córdoba (Argentina), sempre promovendo atividades nas áreas esportivas, cultural, social e desporto de alto rendimento.
Pode-se dizer que o primeiro grande momento da Shidokan no brasil ocorreu em 1994, com a realização do evento internacional Katana de Ouro, torneio que teve a participação de atletas internacionais em São Vicente. Dois anos depois, a escola promoveu um seminário sobre Karate-do com a participação do Sensei Yasunori Yonamine, faixa preta 9° dan do estilo Goju-ryu e importantes profissionais de uma renomada universidade da região.
Ao longo dos anos, a Shidokan do Brasil também realizou viagens internacionais, com o objetivo de promover o intercâmbio e o aprimoramento entre seus atletas e membros. Nos anos de 1995, 1997 e 2002, delegações visitaram Okinawa e treinaram com o Sensei Miyahira e outros mestres de destaque, além de terem participado de seminários e torneios internacionais. Em 1996 e 2001, o sensei Seikichi lha foi visitado pela Shidokan do Brasil nos Estados Unidos. Já a Argentina recebeu delegações brasileiras em 1994, 2003 e 2004, sempre com maravilhosa acolhida dos Senseis Miyazato e Daniel Alberto Diaz.
Mas, como ocorre em todos os setores da vida, a shidokan também atravessou momentos de tristeza e perda. Talvez, a maior deles tenha acontecido em 2002, com a prematura morte do Sensei Mauri Pimentel. Ele, que sempre esteve presente em todos os grandes momentos da escola, sempre foi um exemplo e até hoje deixa saudade entre seus colegas, alunos e amigos.
Representando no Brasil o Karate do Sensei Miyahira, a Shidokan do Brasil sempre se preocupou com a difusão e sedimentação dos fundamentos da modalidade no País, por isso, a comemoração também tem como estratégia continuar desenvolvendo a arte marcial de forma positiva para alunos e comunidades envolvidas.
O Texto Acima é um Fragmento da Matéria "História da Shidokan do Brasil" publicada na Revista comemorativa de 15 Anos da Shidokan do Brasil.