Sérgio Sant'Anna | |
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Nascimento | 30 de outubro de 1941 Rio de Janeiro |
Morte | 10 de maio de 2020 Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | escritor, poeta, romancista |
Prêmios |
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Causa da morte | COVID-19 |
Sérgio Sant'Anna (Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1941 — Rio de Janeiro, 10 de maio de 2020) foi um advogado, professor universitário e escritor brasileiro. Embora já tivesse publicado poesia, peças de teatro, novelas e romances, considerava-se primeiramente um contista.[1]
Sérgio nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1941. Mudou-se para Belo Horizonte para cursar direito na Universidade Federal de Minas Gerais, onde se formou em 1966. No ano seguinte, mudou-se para Paris, onde se pós-graduou em direito pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris.[2] Após a pós-graduação conseguiu uma bolsa para participar de aulas num projeto chamado "International Writing Program" na Universidade de Iowa.[3]
Em 1977, voltou a viver na cidade do Rio de Janeiro, onde passou a ser docente na da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro onde atuou até o ano de 1990. Envolveu-se na revista Cult atuou como colunista no jornal O Dia e escreveu nos cadernos literários dos mais importantes jornais brasileiros, como a Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil.
O autor faleceu em 10 de maio 2020, com sintomas da COVID-19.[4]
Filhos: André Sant Anna (1964) e Paula Muniz Sant’Anna (1970).
A obra de Sérgio Sant'Anna é notória pelo caráter experimental, abordando temas urbanos de várias formas diferentes, algumas bastante transgressivas.
Seu romance mais célebre é As Confissões de Ralfo, publicado em 1975. O livro é a história de um escritor que decide escrever uma "autobiografia imaginária", narrando vários fatos extraordinários numa sucessão inverossímil. O livro satiriza vários estilos consagrados: o diário de bordo, o filme de ação, o discurso utópico e, até mesmo, no auge da ditadura militar brasileira, os relatos de tortura. Em uma das cenas mais famosas do livro, o protagonista é preso por mendicagem e posto num interrogatório em que as perguntas são do tipo que se faz na escola ("Quem descobriu o Brasil?", etc...).
Dentre seus contos mais famosos incluem-se Um discurso sobre o método, Marieta e Ferdinando, A mulher-cobra, Estranhos e O vôo da madrugada. O autor já ganhou por duas vezes o prêmio Jabuti e, também por duas vezes, foi agraciado com o prêmio Status de Literatura, além de ter traduções de sua obra lançadas na Alemanha e na Itália.
O conto A senhorita Simpson, contida no livro homônimo, foi adaptada para o cinema por Bruno Barreto, sob o título de Bossa Nova. Esse filme, no entanto, é considerado pela crítica e pelo autor como infiel à obra que o inspirou, sendo pouco mais que um cartão-postal da cidade do Rio de Janeiro.[5]
Uma adaptação mais fiel foi a de Beto Brant em Crime Delicado, feita em 2005, baseada no romance de 1997.[6]
Um Romance de Geração deu origem ao filme homônimo, dirigido por David França Mendes em 2008, com Isaac Bernat, Nina Morena, Suzana Ribeiro e Lorena da Silva.[7]
Em 2018, o conto O Monstro foi adaptado para o teatro em monólogo com Genézio de Barros.[8] O conto também está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Marcio Rebelo contando com Igor Kovalewski, Raquel Anastasia, Liz Reis e Elisa Telles no elenco, e está em fase de finalização.
Morreu em 10 de maio de 2020, após ser internado com sintomas de COVID-19 no hospital Quinta D'Or, no Rio de Janeiro.[9]
Precedido por Charles Kiefer |
Prêmio Jabuti - Contos / Crônicas / Novelas 1986 |
Sucedido por — |
Precedido por João Gilberto Noll |
Prêmio Jabuti - Romance 1998 |
Sucedido por Carlos Nascimento Silva, Sônia Coutinho e Modesto Carone |