Telescopium telescopium | |||||||||||||||||
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Desenho da concha de T. telescopium (A), sem data, por Václav Hollar.
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Estado de conservação | |||||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Telescopium telescopium (Linnaeus, 1758)[3] | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
Trochus telescopium Linnaeus, 1758[4] Potamides telescopium (Linnaeus, 1758)[3] Telescopium mauritsi Butot, 1954[4] |
Telescopium telescopium (em inglês telescope mud creeper, telescope-shell creeper,[5] telescope snail[6] ou mangrove whelk;[7] em malaio rodong ou berongan)[7] é uma espécie de molusco gastrópode estuarino pertencente à família Potamididae. Foi classificada por Linnaeus, com o nome de Trochus telescopium,[8] em 1758,[3] sendo a única espécie de seu gênero[2] (táxon monotípico). É nativa do Indo-Pacífico.[3][6]
Concha em forma de torre cônica e de coloração marrom forte[1][1], com as primeiras voltas mais claras[9] e com frequentemente suas linhas espirais em relevo também acompanhadas por uma faixa de tonalidade mais clara.[1][10] Apresentam sua base arredondada ou quase achatada,[11] com linhas espirais,[1][9] e possuem dimensões de até 10 centímetros quando desenvolvidas.[1][6] Seu lábio externo é fino e curvo,[9] apresentando em sua base um canal sifonal curto e bordo basal da columela retorcido.[1][10][12] O topo da espiral pode apresentar-se danificado.[1] Seu opérculo é córneo, marrom e dotado de círculos concêntricos como relevo.[13][2]
Este molusco habita a zona entremarés, em substrato enlameado,[7] tanto dentro quanto fora das florestas de manguezal; sendo ativos durante a maré vazante e geralmente comuns em áreas expostas, em pequenas valas, piscinas rasas ou canais, onde se alimentam de detritos orgânicos e algas, ou entre os pneumatóforos de manguezais, contribuindo para o ecossistema do mangue.[14] O padrão de sua concha geralmente fica escondido sob a lama e também pode apresentar-se com outros animais incrustados em sua superfície.[7]
Telescopium telescopium ocorre na região estuarina do Indo-Pacífico,[6] em sua área tropical oeste[12] e principalmente no Sudeste Asiático, indo do oceano Índico, passando por Madagáscar e Quénia,[3] Paquistão, Índia, ilhas Andamão, Tailândia, Singapura, Indonésia, Calimantã, Sonda, Malásia, Filipinas e Papua Nova Guiné,[4] até a região de Cairns (em Queensland, Austrália, ocupando a região norte e nordeste deste país),[1][5] onde se encontra uma escultura da concha do animal cortada pela metade, feita pelo artista Dominic Johns, com os dizeres: "O búzio de lama de mangue (Telescopium telescopium) foi, no passado, uma importante fonte de alimento para os povos indígenas locais e uma fonte de estímulo visual para os turistas e moradores locais que gostam de vaguear pelas bordas das marés".[15]
É recolhido para a culinária no sudeste da Ásia e Indonésia, estando a perder seus habitats e com sua população severamente fragmentada; mesmo assim não é rara nas planícies de lama das costas do oceano Índico e do golfo da Tailândia.[4]
The mangrove mud whelk (Telescopium telescopium) has in the past been an important source of food for the local indigenous people and a source of visual stimulus for the tourists and locals alike that wander the tidal edges. The use of Chillagoe marble ties in the geological link of the old coral reefs ‘outback of Cairns’ that provide us with an historical record of these creatures