Vanessa gonerilla | |||||||||||||||||||
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V. gonerilla pousada, fotografada em Wellington.
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Classificação científica | |||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||
Vanessa gonerilla (Fabricius, 1775)[1] | |||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||
Papilio gonerilla Fabricius, 1775 Pyrameis gonerilla Bassaris gonerilla[1] |
Vanessa gonerilla (denominada popularmente, em língua inglesa, de New Zealand Red Admiral[2] e, em língua maori, de Kahukura ou Kakāhukura)[3] é uma borboleta da família Nymphalidae e subfamília Nymphalinae, encontrada na região biogeográfica australiana e endêmica das ilhas norte e sul da Nova Zelândia, em todo o país.[4] Foi classificada por Johan Christian Fabricius, com a denominação de Papilio gonerilla, em 1775.[1] A denominação maori Kahukura possui o significado de "manto vermelho".[4]
Indivíduos desta espécie possuem as asas com envergadura de 5 a 6 centímetros[4], de contornos mais ou menos serrilhados e com tonalidades em negro, marrom, branco-azulado e vermelho-alaranjado, vistos por cima. Sua característica principal são os quatro ocelos negros, de centro azulado, presentes em uma ampla área avermelhada próxima à margem de cada asa posterior e que ficam, muitas vezes, encobertos quando a borboleta está pousada.[5][6] Vistos por baixo, apresentam uma camuflagem críptica[6] que varia do marrom ao amarelo-pálido[4] e sua principal distinção é o ocelo de centro negro e margem azulada, próximo à uma região de coloração amarelada na margem anterior das asas dianteiras.[7] O macho é menor do que a fêmea e tem faixas vermelho-alaranjadas mais estreitas. Estas faixas tendem ao laranja com o envelhecimento.[4]
Esta espécie é muito difundida na Nova Zelândia e pode ser encontrada em quase todo o habitat onde suas plantas-alimento larvais (do gênero Urtica, como Urtica ferox e Urtica dioica)[4] cresçam, e onde existam fontes de néctar floral disponíveis para os adultos.[2] É principalmente uma borboleta florestal, mas pode ser vista na maioria dos locais, como em montanhas e jardins de cidades.[4] Também podem ser avistadas se alimentando de frutos fermentados, em decomposição.[8]
De acordo com Adrian Hoskins, Vanessa gonerilla é uma borboleta bastante comum, mas seu número diminuiu nas últimas décadas, possivelmente como resultado da introdução de Pteromalus puparum, uma vespa parasitoide importada da Europa para controlar a borboleta Pieris brassicae.[2]
O ovo é verde, com 9 estrias verticais e colocado isoladamente sobre ou perto do caule ou talo de folhas de uma Urtica. Após a eclosão, sua lagarta vive dentro de um abrigo dobrado e atado com alguns fios de seda, confeccionado sobre uma folha de sua planta-alimento. Ela, inteiramente crescida, é preta e tem picos ramificados, dorsais e laterais, em cada segmento. A crisálida pode ser de coloração palha, manchada com marrom pálido, ou castanho escura. É suspensa a partir de uma haste ou um galho próximo ou talo de planta.[2]
V. gonerilla possui duas subespécies:
Birdlings Flat, Canterbury, Nova Zelândia