Vanessa gonerilla

Como ler uma infocaixa de taxonomiaVanessa gonerilla
V. gonerilla, vista superior.
V. gonerilla, vista superior.
V. gonerilla pousada, fotografada em Wellington.
V. gonerilla pousada, fotografada em Wellington.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Subfamília: Nymphalinae[1]
Género: Vanessa
Fabricius, 1807[1]
Espécie: V. gonerilla
Nome binomial
Vanessa gonerilla
(Fabricius, 1775)[1]
Borboleta V. gonerilla camuflada, com seu característico ocelo de margem azulada escondido pela asa posterior.
Sinónimos
Papilio gonerilla Fabricius, 1775
Pyrameis gonerilla
Bassaris gonerilla[1]
Wikispecies
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Vanessa gonerilla (denominada popularmente, em língua inglesa, de New Zealand Red Admiral[2] e, em língua maori, de Kahukura ou Kakāhukura)[3] é uma borboleta da família Nymphalidae e subfamília Nymphalinae, encontrada na região biogeográfica australiana e endêmica das ilhas norte e sul da Nova Zelândia, em todo o país.[4] Foi classificada por Johan Christian Fabricius, com a denominação de Papilio gonerilla, em 1775.[1] A denominação maori Kahukura possui o significado de "manto vermelho".[4]

Indivíduos desta espécie possuem as asas com envergadura de 5 a 6 centímetros[4], de contornos mais ou menos serrilhados e com tonalidades em negro, marrom, branco-azulado e vermelho-alaranjado, vistos por cima. Sua característica principal são os quatro ocelos negros, de centro azulado, presentes em uma ampla área avermelhada próxima à margem de cada asa posterior e que ficam, muitas vezes, encobertos quando a borboleta está pousada.[5][6] Vistos por baixo, apresentam uma camuflagem críptica[6] que varia do marrom ao amarelo-pálido[4] e sua principal distinção é o ocelo de centro negro e margem azulada, próximo à uma região de coloração amarelada na margem anterior das asas dianteiras.[7] O macho é menor do que a fêmea e tem faixas vermelho-alaranjadas mais estreitas. Estas faixas tendem ao laranja com o envelhecimento.[4]

Esta espécie é muito difundida na Nova Zelândia e pode ser encontrada em quase todo o habitat onde suas plantas-alimento larvais (do gênero Urtica, como Urtica ferox e Urtica dioica)[4] cresçam, e onde existam fontes de néctar floral disponíveis para os adultos.[2] É principalmente uma borboleta florestal, mas pode ser vista na maioria dos locais, como em montanhas e jardins de cidades.[4] Também podem ser avistadas se alimentando de frutos fermentados, em decomposição.[8]

De acordo com Adrian Hoskins, Vanessa gonerilla é uma borboleta bastante comum, mas seu número diminuiu nas últimas décadas, possivelmente como resultado da introdução de Pteromalus puparum, uma vespa parasitoide importada da Europa para controlar a borboleta Pieris brassicae.[2]

Ovo, lagarta e crisálida

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O ovo é verde, com 9 estrias verticais e colocado isoladamente sobre ou perto do caule ou talo de folhas de uma Urtica. Após a eclosão, sua lagarta vive dentro de um abrigo dobrado e atado com alguns fios de seda, confeccionado sobre uma folha de sua planta-alimento. Ela, inteiramente crescida, é preta e tem picos ramificados, dorsais e laterais, em cada segmento. A crisálida pode ser de coloração palha, manchada com marrom pálido, ou castanho escura. É suspensa a partir de uma haste ou um galho próximo ou talo de planta.[2]

V. gonerilla possui duas subespécies:

  • Vanessa gonerilla gonerilla - Descrita por Fabricius em 1775, de exemplar proveniente da Nova Zelândia.[1]
  • Vanessa gonerilla ida - Descrita por Alfken em 1899, de exemplar proveniente das ilhas Chatham[1] - Possuindo uma área avermelhada mais larga e asas posteriores mais arredondadas do que a Red Admiral das ilhas norte e sul. Suas lagartas preferem se alimentar de Urtica australis.[4]

Referências

  1. a b c d e f g Savela, Markku. «Vanessa gonerilla» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  2. a b c d Hoskins, Adrian. «New Zealand Red Admiral - Vanessa gonerilla (Fabricius, 1775)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  3. LAMBERT, Sally-Anne (2007). New Zealand Māori Word Encyclopedia (em inglês). Auckland: WE International Ltd. / Google Books. p. 324. ISBN 9780473111984. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  4. a b c d e f g h Arter-Williamson, Robert (2011). «Red Admiral - Vanessa gonerilla (Fabricius, 1775)» (em inglês). nzButterfly.info. 1 páginas. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  5. McKenna, Janice (24 de março de 2012). «Red Admiral» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  6. a b Mayston, Richard (22 de fevereiro de 2009). «Red admiral butterfly» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  7. Gauvain, Matthieu (27 de fevereiro de 2015). «New Zealand red admiral (Vanessa gonerilla (em francês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  8. Sullivan, Jon (3 de maio de 2014). «Red admiral feeding on fig fruit» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 29 de novembro de 2016. Birdlings Flat, Canterbury, Nova Zelândia 

Ligações externas

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