Walter Audisio Comandante Valerio | |
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Walter Audisio | |
Membro da Câmara dos Deputados da Itália | |
Período | 1948 a 1963 |
Membro do Senado da Itália | |
Período | 1963 a 1968 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 28 de junho de 1909 Alessandria, Piemonte |
Morte | 11 de outubro de 1973 (64 anos) Roma, Lácio |
Nacionalidade | italiano |
Walter Audisio (Alessandria, 28 de junho de 1909 — Roma, 11 de outubro de 1973) foi um político comunista italiano e membro da resistência italiana. De acordo com a versão oficial, ele foi o responsável pela morte de Benito Mussolini, lider fascista e ditador italiano.
Na escola, Audisio foi o primeiro de sua classe e seu primeiro trabalho foi na confecção de chapéus Borsalino durante a Grande Depressão. Em seguida, trabalhou alguns anos como contabilista antes de entrar em um grupo de resistência antifascista em 1931.[1] O grupo local foi descoberto pela polícia secreta italiana, a Organização pela Vigilância e Repressão do Antifascismo (Organizzazione per la Vigilanza e la Repressione dell'Antifascismo, OVRA) e em 1934 Audisio foi sentenciado a cinco anos de prisão na ilha de Ponza. Libertado durante a II Guerra Mundial, retomou suas atividades contra o governo de Benito Mussolini e, em setembro de 1943, começou a organizar os primeiros grupos de partigiani em Casale Monferrato. Dissimulando suas atividades secretas, durante esse tempo trabalhou no serviço civil fascista.[1]
Ao longo da guerra, Audisio ingressou no Partido Comunista Italiano e tornou-se inspetor das Brigadas Garibaldi, uma facção do Comitê de Libertação Nacional (CNL), comandando formações em operação na Província de Mântua e na Planície Padana. Em janeiro de 1945, tornou-se a principal figura da Resistência italiana em Milão.[2] Usava o nome de guerra "Comandante Valerio", um nome possivelmente usado por Luigi Longo.[3] Como oficial do CNL, ele recebeu a ordem para entrar na cidade de Dongo e aplicar a pena de morte decretada contra Benito Mussolini e outros membros da hierarquia fascista.[4] A morte de Mussolini permanece envolta em mistério até a atualidade, mas Audisio sempre disse que ele fora o responsável por ter atirado e matado o ditador e sua amante, Claretta Petacci.[1]
Após a guerra Audisio continuou a atuar no movimento comunista e em 1948 foi eleito para a Câmara dos Deputados da Itália por Alessandria pelo Partido Comunista Italiano, como parte da Frente Democrática Popular. Apoiou o partido até 1963, quando entrou no Senado Italiano.[5] Em 1968, deixou o Senado para trabalhar na companha petrolífera italiana ENI.[6] Audisio morreu cinco anos mais tarde em 1973 em resultado de um ataque cardíaco.[7] Suas memórias, intituladas In nome del popolo italiano, foram publicadas dois anos após sua morte, em 1975.[8]