Autorretrato com Dois Círculos (Rembrandt)

Autorretrato com Dois Círculos
Autorretrato com Dois Círculos (Rembrandt)
Autor Rembrandt
Data cerca de 1665
Gênero autorretrato
Técnica tinta a óleo, tela
Dimensões 114,3 centímetro, 143,5 centímetro x 94 centímetro, 125,5 centímetro
Localização Kenwood House, Países Baixos

Autorretrato com Dois Círculos é uma pintura a óleo sobre tela do artista holandês Rembrandt, pintada entre 1665 e 1669,[1] um dos mais de 40 autorretratos pintados por Rembrandt.[2]

Neste autorretrato, Rembrandt segura sua paleta, pincéis e tento. A pintura é notável por sua monumentalidade e o fundo enigmático consistindo de um espaço raso com os fragmentos de dois círculos.

O Autorretrato com Dois Círculos, como mencionado, é um dos mais de 40 autorretratos pintados por Rembrandt (bem como um número semelhante em outras mídias), um número único para a época, e uma das muitas representações em várias gravuras ou pinturas, datando de pelo menos 1629, que o mostram trabalhando na pinturaref>White, et al. pg 120, 164</ref>.

Esses autorretratos formam uma série de retratos reflexivos que retratam a evolução de sua personalidade, como será visto com mais frequência, posteriormente, em pintores nos Autorretratos de Vincent van Gogh, Edvard Munch, Max Beckmann e Frida Kahlo. Enquanto no final da década de 1620 ele se apresentava como um jovem motivado, ambicioso e com grandes sonhos, por volta de 1640 ele se retratou acima de tudo como um homem do mundo, e no final de sua vida como um artesão no trabalho. O Autorretrato com Dois Círculos é um exemplo típico deste último período. Ao contrário de outros autorretratos tardios, neste autorretrato, Rembrandt, com uma mão no quadril, parece conflituoso e até desafiador. A impressão é a de um mestre afirmando solenemente sua genialidade[3].

Técnica e Processo

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Como em muitas das obras tardias do artista, a pintura é caracterizada por um manuseio improvisado, com detalhes que parecem inacabados[4][5]. Há áreas, como o rosto e o lado direito do chapéu, onde uma camada cinza de tinta foi usada como meio termo tonal, sobre a qual luzes ousadas e ricos detalhes escuros foram adicionados, às vezes com traços rápidos de tinta aplicada molhada[6].

Referências

  1. Wetering, Ernst van de, ed. (2005). A Corpus of Rembrandt Paintings IV: Self-Portraits. Dordrecht: Springer. pp. 562–569. ISBN 978-1-4020-3280-6.
  2. White, Christophere e Buvelot, Quentin. Rembrandt by himself, p. 10, 1999, National Gallery, London/Mauritshuis, The Hague, ISBN 1857092708
  3. Porter, Jeanne C. (1988). "Rembrandt and his Circles: Self Portrait at Kenwood House". In Fleischer, Roland E.; et al. (eds.). The Age of Rembrandt: Studies in Seventeenth-Century Dutch Painting. Pennsylvania State University Press. pp. 188–213. ISBN 0-915773-02-3.
  4. White, et al, 222
  5. Wetering, Ernst van de (1997). Rembrandt: The Painter at Work. Amsterdam University Press. ISBN 90-5356-239-7, 205
  6. Van de Wetering (1997), 205