As referências deste artigo necessitam de formatação. (Julho de 2022) |
Nome | Clube Recreativo e Atlético Catalano | |||
Alcunhas | Leão[1] Leão do Sul[2] Maior do interior[3] | |||
Torcedor(a)/Adepto(a) | Catalano | |||
Mascote | Leão[4] | |||
Fundação | 13 de julho de 1931 (93 anos)[5] | |||
Estádio | Genervino da Fonseca[6] | |||
Capacidade | 9.000 espectadores[7] | |||
Localização | Catalão, Goiás, Brasil | |||
Presidente | Roberto Silva[8] | |||
Treinador(a) | Leandro Sena[9] | |||
Patrocinador(a) | Rifertil Hospital Nasr Faiad Arroz Cristal Nutrigesso | |||
Material (d)esportivo | Super Bolla | |||
Competição | Goianão - Série A Brasileirão - Série D | |||
Website | Twitter | |||
|
O Clube Recreativo e Atlético Catalano, ou simplesmente CRAC, é um clube de futebol brasileiro da cidade de Catalão, no estado de Goiás. Suas cores são o azul-claro (ciano) e o branco. Seu mascote é o leão.
Suas cores são o azul-claro (ciano) e o branco. Seu mascote é o leão.O Clube Recreativo e Atlético Catalano (CRAC) é considerado o maior time do interior de Goiás. O CRAC é o único clube do interior do estado a ganhar o título estadual da divisão principal mais de uma vez. Além disso, participou quatro vezes da decisão do campeonato, sendo vice-campeão em 1969 e 1997, e campeão em 1967 e 2004.
O Clube Recreativo e Atlético Catalano - CRAC, foi fundado em 13 de julho de 1931 para representar o município nas competições esportivas regional, estadual e nacional. No início disputava apenas torneios da cidade e alguns regionais, principalmente envolvendo as cidades de Araguari, Uberlândia e Uberaba.[10]
Em 1965 foi campeão da Segunda Divisão, invicto, com a seguinte formação: Nego, Pereco, Lázaro, Luiz Carlos, Silvio Salomão, Macaúba, Edir, Dezoito, Zé Tavares, Hosana e Zinho. O técnico era o Marambaia.[10]
Para manter este time profissional a diretoria pedia auxílio à comunidade. Algo muito difícil na época, pois a cidade ainda não tinha aquela paixão fortalecida. Criaram uma loteria (semelhante a esportiva) com 5 jogos e quem fizesse mais pontos passava na “Construtora” do diretor Osires Pimentel Ulhôa e levava para casa o prêmio.[10]
Algumas histórias são contadas pelos mais antigos, como a de que o time de 1965 era tão bom que na preleção, o técnico Marambaia não passava orientação técnica alguma, apenas dizia: “Meninos, hoje o jogo é duro. Nossa Senhora Aparecida que os proteja. Vamos lá!!!”[10]
Ou como dizia o ex-auxiliar da tesouraria, João Cardoso de Carvalho, que chegava até o Hotel Matriz, na Praça da Velha Matriz, bem cedinho, no domingo, dia do jogo, para conversar com o árbitro, pedindo que ele fosse imparcial. Mas, que poderia ser parcial se quisesse: “Os mais bravos eram os mais baratos”, dizia João Cardoso.[10]
Em 1967, dois anos após entrar na divisão de elite goiana e um ano após o primeiro título do Goiás EC, o CRAC sagrou-se campeão goiano da primeira divisão.
Foi no dia 25 de novembro de 1967 em pleno estádio Antônio Accioly. Um sábado à tarde, com a maior renda já vista até então num jogo de futebol no estado de Goiás. A diretoria do CRAC tentou de toda maneira transferir o jogo para o Estádio Olímpico, mas o Atlético não aceitou.[10][11]
O CRAC entrou em campo e venceu com Nego, Silvio Salomão, Gato, Dema e Luiz Carlos. Lázaro e Dezoite. Claudinho, Toró, Toninho Índio e Wagner. Além desses atletas, outros como: Recife e Bira tiveram boas atuações.[10][11]
O gol foi marcado pelo ponta esquerda Wagner aos 18 minutos. Daí pra frente houve muita pressão do time Atleticano, mas o Leão do Sulmanteve o placar. O técnico que comandou o CRAC nessa vitória importante foi o Odair Tito.[10][11]
O time campeão de 1965 (Segunda Divisão) e o de 1967 (Primeira Divisão) foi praticamente mantido durante 5 anos.[10]
Foram 18 jogos, sendo 9 vitórias, 6 empates e apenas 3 derrotas. Toninho Índio foi artilheiro do campeonato no ano de 1967 com 17 gols. Terminado o jogo a cidade de Catalão ficou toda empolgada.[10]
As pessoas se abraçavam, corriam pelas ruas e quando finalmente a equipe campeã chegou à cidade houve uma comemoração tão vibrante como nunca se viu até então.[10][11]
Nem mesmo o famoso torcedor atleticano “respeita as cores vagabundo”, conseguiu segurar a força do CRAC em pleno estádio Antônio Accioly.[10]
Um acontecimento marcante se deu num jogo entre CRAC 1-0 Atlético Goianiense (Campeonato de 1968), quando o juiz da partida autorizou a saída de bola e o atleta Claudão (Cláudio Vitor) chutou diretamente ao gol, fazendo talvez (naquela época não havia filmagens para poder cronometrar corretamente o lance) o gol mais rápido do mundo. O goleiro do Atlético estava fazendo aquecimento na linha da grande área e não deu tempo de voltar para a meta. Foram apenas 2 toques e na súmula, o tempo de 6 segundos. Acredita-se, pelas dimensões do “Genervino” e pela rapidez, que o tempo gasto seria de no máximo 6 segundos.
O Crac é a única equipe do interior do Estado de Goiás a ganhar mais de uma vez o título estadual da divisão principal (Campeonato Goiano), nem uma equipe do interior tem mais títulos que o Crac na Série A do Goianão, além disso o time também foi o que mais participou de decisões do campeonato estadual (4 vezes), sendo vice-campeão em 1969 e 1997.[10] Além de ser campeão da segunda divisão nos anos de 1986, 2001, 2003.[12]
Determinação, planejamento e organização foram características marcantes do trabalho feito pela diretoria, comissão técnica e jogadores, culminando na conquista do campeonato goiano de 2004, tarefa até então considerada impossível por muitos.[10]
Na apresentação do elenco o prefeito Adib Elias, torcedor n° 1 e grande incentivador do time, pediu coragem, determinação e união ao grupo para conseguir levantar pela segunda vez a taça de campeão.[10]
Com uma equipe forte formada por jogadores vindos de todo o Brasil, o Leão do Sul iniciou em Ipameri a saga rumo à vitória. O primeiro embate foi com foi o Novo Horizonte, na casa do adversário, estádio Durval Ferreira Franco. O resultado foi a vitória do CRAC por 2 a 1.[10]
O resultado positivo no certame só foi possível porque a diretoria cumpriu papel relevante. Sempre oferecendo aos jogadores as condições, dentro e fora das quatro linhas, necessárias para que o rendimento nos jogos fosse o melhor, a diretoria com o apoio do prefeito torcedor pagou em dia os salários e prêmios.[10]
O jogo aconteceu no Serra Dourada. Colorido de azul e branco o estádio da capital foi palco de um espetáculo. No tempo normal o Leão perdeu, mas nas penalidades máximas o goleiro Helder fechou o gol e o catalano vibrou e comemorou.[10]
O torcedor amanheceu uniformizado. Camiseta, boton, faixa, bandeira e tudo mais que tira direito nas cores azul e branco. O domingo (18 de abril de 2004) , que começava em clima de alegria terminaria ainda mais alegre.[10]
Além do fato da final do goianão estar sendo disputada por um time do interior, o fato inédito da partida acontecer num estádio do interior tornava o momento ainda mais especial. O espetáculo foi digno de ser mostrado para o Brasil através de emissoras de televisão. E a cidade toda viu o jogo, que foi transmitido ao vivo. Cada lance, cada emoção comemorada por famílias e torcedores de coração.[10]
A torcida teve papel de honra na conquista do goianão. Sempre presente nas partidas desde o início da competição o torcedor deu show, mesmo nas apresentações fora de casa, se mostrando ser o 12° jogador.[10][13][14]
No ano de 2007, o clube terminou em 5º lugar o Campeonato Goiano, sendo convidado pela CBF para disputar o Série C. E enfrentando outros 63 times, não decepcionou: apesar de não conseguir o acesso ao Campeonato Brasileiro da Série B, o time terminou entre os 5 primeiros, à frente de equipes tradicionais como o Guarani, o Paysandu e o Joinville.[15]
Em 2009, o clube terminou em 2º lugar no grupo A do Campeonato Goiano, se classificando, assim, para o Campeonato Brasileiro de Futebol de 2009 – Série D.[15]
As principais campanhas de destaque foi quando o time disputou o Campeonato Brasileiro da Série D e foi Vice-Campeão em 2012, já no Campeonato Brasileiro Série C, melhor campanha foi quando o time ficou em 5° lugar no ano de 2007.[15][16]
O que mais marcou a história do Crac e também do torcedor Catalano, foi quando o time disputou a Copa do Brasil e foi até a terceira 3ª Fase no ano de 2013, onde eliminou o Náutico e enfrentou o Santos uma das principais equipes do Brasil,[17] na época o Crac foi até cidade de Santos no interior de São Paulo e conseguiu sair da Vila Belmiro com o empate por 1 a 1,[18] mais no jogo de volta no Genervino da Fonseca o Leão do Sul perdeu por 2 a 0, assim o time paulista classificou para as oitavas de final da Copa do Brasil.[19][20] Na oportunidade no primeiro jogo disputado no estado de São Paulo, Neymar na época já era jogador do Barcelona e teria deixando a Santos a pouco tempo, naquele dia contra o Crac o atacante ficou no banco de reservas e acompanhou o time desorganizado empatar com a equipe do Crac.[15] Na Série C de 2013 o clube acabou por ser rebaixado.[21][22]
No ano de 2014 o Crac disputou a Série C com a vaga do Ipatinga,[23] porém, chegou um momento que o clube teve que abandonar a competição por causa de que a prefeitura e o clube trocavam acusações e o time não havia dinheiro.[24][25]
Nos anos de 2015 e 2016, o clube luta contra o rebaixamento no Campeonato Goiano.
Em 2017 o clube fez uma campanha péssima e foi rebaixado no Campeonato Goiano.[26][27]
Em 2018 o clube fez uma grandiosa campanha na Divisão de Acesso e foi campeão com uma campanha de 10 vitórias, 3 empates e 1 derrota.[28][29]
Em 2019 a equipe faz uma ótima campanha na fase de grupo do Campeonato Goiano ficando em 3° lugar e com isso consegue ir para as quartas de finais, nas quartas de finais a equipe enfrentou o Vila Nova, o jogo de ida ocorreu em Goiânia e o CRAC perdeu por 2 a 0, no jogo de volta em Catalão a equipe ganhou de 1 a 0, mas não foi suficiente e a equipe foi eliminada nas quartas de finais, mas a equipe conseguiu ter a 5° melhor campanha do campeonato e com isso consegue uma vaga para a Série D.[30]
Estaduais | |||
---|---|---|---|
Competição | Títulos | Temporadas | |
Campeonato Goiano | 2 | 1967 e 2004 | |
Campeonato Goiano - Divisão de Acesso | 4 | 1965, 2001, 2003 e 2018 |
O Estádio Genervino Evangelista da Fonseca (homenagem ao ex-deputado federal que doou o terreno para a construção do estádio), localiza-se na cidade de Catalão, no interior do estado de Goiás, Brasil. É um dos estádios mais antigos ou o mais antigo de Goiás e o primeiro a ter o campo de jogo totalmente gramado.
Além do Estádio JK (do Itumbiara) é o único do interior goiano com placar eletrônico, além deles, somente o Estádio Serra Dourada e o Estádio Hailé Pinheiro, que ficam na capital goiana possuem placar eletrônico. É o único do interior do Centro-Oeste que possui carro maca para transporte de jogadores contundidos ou lesionados. Apesar de pertencer ao CRAC, atualmente o estádio é administrado pela Prefeitura Municipal de Catalão através de um contrato de comodato.[carece de fontes]
É a maior praça de esportes do sudeste goiano. Nele são disputados jogos do Campeonato Goiano de Futebol e do Campeonato Brasileiro de Futebol - Série C, além dos campeonatos amadores de Catalão e da região do entorno de Catalão. Em 2007, não pôde abrigar os jogos da terceira fase da série C do Campeonato Brasileiro.[carece de fontes]
Com a ajuda da comunidade através de doações e mão de obra, hoje tem capacidade para 9.000 espectadores.[7] O estádio possui um gramado regular, 13 cabines para imprensa e tribuna de honra.
Participações em 2024 |
Competição | Temporadas | Melhor campanha | Estreia | Última | P | R | |
Campeonato Goiano | 55 | Campeão (1967 e 2004) | 1966 | 2024 | 5 | ||
2ª Divisão | 4 | Campeão (4 vezes) | 1965 | 2018 | 7 | – | |
Série C | 4 | 5º colocado (2007) | 2004 | 2014 | – | 1 | |
Série D | 4 | Vice-campeão (2012) | 2009 | 2024 | 1 | ||
Copa do Brasil | 2 | 3ª fase (2013) | 2005 | 2013 |
Clube Recreativo e Atlético Catalano | |||||||||||
Ano | Campeonato Brasileiro | Copa do Brasil | Campeonato Goiano | ||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
— | Div. | Pos. | J | V | E | D | GP | GC | Fase Máxima | Div. | Posição |
2005 | — | — | — | — | — | — | — | — | 1ª Fase | 1D | 7° |
2006 | — | — | — | — | — | — | — | — | — | 1D | 9° |
2007 | C | 5º | 32 | 17 | 4 | 11 | 50 | 34 | — | 1D | 5° |
2008 | — | — | — | — | — | — | — | — | — | 1D | 9º |
2009 | D | 29º | 6 | 1 | 2 | 3 | 9 | 10 | — | 1D | 4º |
2010 | — | — | — | — | — | — | — | — | — | 1D | 6º |
2011 | — | — | — | — | — | — | — | — | — | 1D | 5º |
2012 | D | 2º | 16 | 7 | 5 | 4 | 24 | 18 | — | 1D | 3º |
2013 | C | 17º | 18 | 4 | 5 | 9 | 12 | 20 | 3ª Fase | 1D | 7º |
2014 | C | 19º | 18 | 2 | 7 | 9 | 14 | 26 | — | 1D | 7º |
2015 | D | 9º | 10 | 6 | 3 | 1 | 8 | 4 | — | 1D | 8º |
2016 | — | — | — | — | — | — | — | — | — | 1D | 8º |
2017 | — | — | — | — | — | — | — | — | — | 1D | 10º |
2018 | — | — | — | — | — | — | — | — | — | 2D | 1° |
2019 | — | — | — | — | — | — | — | — | — | 1D | 5º |
2020 | — | — | — | — | — | — | — | — | — | 1D | 6º |
2021 | — | — | — | — | — | — | — | — | — | 1D | 10º |
2022 | — | — | — | — | — | — | — | — | — | 1D | 6º |
2023 | D | 40º | 14 | 5 | 3 | 6 | 16 | 14 | — | 1D | 5º |
2024 | D | 22º | 14 | 5 | 8 | 3 | 15 | 11 | — | 1D | 10º |
|
|
|
|
|
|
Essas são as estatísticas referentes ao Campeonato Goiano:
|
|