Gustavo Barroso

Gustavo Barroso
Gustavo Barroso
Gustavo Barroso em 1958.
Nome completo Gustavo Adolfo Luiz Guilherme Dodt da Cunha Barroso
Nascimento 29 de dezembro de 1888

Fortaleza, CE, Império do Brasil

Morte 3 de dezembro de 1959 (70 anos)
Rio de Janeiro, DF
Nacionalidade Brasil brasileiro
Ocupação
Magnum opus Brasil, Colônia de Banqueiros
Religião Católico
Assinatura

Gustavo Adolfo Luís Guilherme Dodt da Cunha Barroso OC • ComC • GCSEGCIP (Fortaleza, 29 de dezembro de 1888Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 1959) foi um advogado, professor, museólogo, político, contista, folclorista, cronista, ensaísta e romancista brasileiro. É considerado mestre do folclore brasileiro.[1] Foi o primeiro diretor do Museu Histórico Nacional e um dos líderes da Ação Integralista Brasileira, sendo um dos seus mais destacados ideólogos.

É considerado o mais antissemita intelectual brasileiro,[2] cujas ideias se aproximavam das dos teóricos nazistas.[3][4] Barroso escreveu que não concordava com o antissemitismo de Hitler e justificou seus ataques aos judeus com um suposto combate ao racismo.[5][6]

Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 8 de março de 1923, para a cadeira 19, na sucessão de Dom Silvério Gomes Pimenta, e recebido em 7 de maio de 1923 pelo acadêmico Alberto Faria. Barroso foi Presidente da ABL em 1932, 1933, 1949 e 1950.[7] Foi ainda membro da Academia Portuguesa da História; da Academia das Ciências de Lisboa; da Royal Society of Literature de Londres; da Academia de Belas Artes de Portugal; da Sociedade dos Arqueólogos de Lisboa; do Instituto de Coimbra; da Sociedade Numismática da Bélgica, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e de vários Estados; e das Sociedades de Geografia de Lisboa, do Rio de Janeiro e de Lima.[7]

Início da vida

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Fotografia de Gustavo Barroso em farda militar infantil aos 5 anos de idade. 1894.

Filho de Antônio Filinto Barroso e da alemã Ana Guilhermina Dodt Barroso,[8] a qual faleceu apenas 7 dias depois de seu nascimento, era fortalezense. Nasceu na rua Formosa (atual Rua Barão do Rio Branco), na casa número 32.[9]

Por causa da morte de sua mãe, a familia se separou e acabou sendo criado por suas duas tias. Essas eram cultas, e já lhe despertaram o interesse por história.[9]

Prestou seu primeiro exame com 9 anos, e fez os seus estudos nos externatos São José, Partenon Cearense e Liceu do Ceará. Cursou a Faculdade de Direito do Ceará vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC), bacharelando-se em 1911 pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).[10] Nessa época, publicou seu primeiro livro, "Terra e Sol".

Foi deputado federal pelo Ceará de 1915 a 1917, tendo apresentado os projetos que levaram à criação dos Dragões da Independência, cujos uniformes ele projetou, e do Dia do Soldado. Durante o mandato, também lutou pelo acolhimento aos flagelados das secas do Nordeste e pelos direitos dos povos indígenas.[11]

Gustavo Barroso em 1912

Foi redator do Jornal do Ceará (1908-1909) e do Jornal do Commercio (1911-1913); professor da Escola de Menores, da Polícia do Distrito Federal (1910-1912); secretário da Superintendência da Defesa da Borracha, no Rio de Janeiro (1913); secretário do Interior e da Justiça do Ceará (1914); diretor da revista Fon-Fon (a partir de 1916); da Delegação Brasileira à Conferência da Paz de Versailles (1918-1919); inspetor escolar do Distrito Federal (1919 a 1922); diretor do Museu Histórico Nacional (a partir de 1922); secretário geral da Junta de Jurisconsultos Americanos (1927); representou o Brasil em várias missões diplomáticas, entre as quais a Comissão Internacional de Monumentos Históricos (criada pela Liga das Nações) e a Exposição Comemorativa dos Centenários de Portugal (1940-1941).[12][13][14]

Estreou na literatura aos vinte e três anos, usando o pseudônimo de João do Norte, com o livro Terra de Sol, ensaio sobre a natureza e os costumes do sertão cearense.[15] Além dos livros publicados, sua obra ficou dispersa em jornais e revistas de Fortaleza e do Rio de Janeiro, para os quais escreveu artigos, crônicas e contos, além de desenhos e caricaturas.[10][16] A vasta obra de Gustavo Barroso, de cento e vinte e oito livros, abrange história, folclore, ficção, biografias, memórias, política, arqueologia, museologia, economia, crítica e ensaio, além de dicionário e poesia.[17] Entre os pseudônimos utilizados por Gustavo estão João do Norte, Nautilus, Jotanne e Cláudio França.[18]

Com a criação do Museu Histórico Nacional, em 1922, pelo presidente Epitácio Pessoa,[19] Gustavo Barroso foi nomeado o seu primeiro diretor, ficando à frente da instituição até 1930, quando foi afastado do cargo pelo presidente Getúlio Vargas.[20] Entretanto, voltou à direção do museu em 1932, permanecendo nela até 1957, ano de sua morte.[21]

Integralismo e antissemitismo

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Gustavo Barroso em uniforme da Ação Integralista Brasileira.

Gustavo Barroso foi membro da Ação Integralista Brasileira (AIB) e sublinhava que o Integralismo põe o interesse da nação acima de todos os interesses parciais ou partidários e se guia por uma doutrina, não por um programa.[22] Barroso tomou contato com o integralismo em 1933, quando presenciou um discurso de Plínio Salgado sobre o livre-arbítrio, o determinismo e o providencialismo à luz da Doutrina Integralista, no auditório da Associação dos Empregados do Comércio, no Rio de Janeiro.[23][24] Logo ao dar por findo o discurso, levantou-se e pediu ao orador um distintivo do movimento que ele havia fundado. Plínio Salgado entregou-lhe, perguntando ao homem qual seria seu nome. A plateia exclamou: "É Gustavo Barroso, Presidente da Academia Brasileira de Letras".[25]

Segundo Barroso, tornou-se antissemita logo após ingressar na Ação Integralista Brasileira, quando teve uma conversa profunda sobre a questão com Plínio Salgado. Até então, não tinha ainda uma "atitude espiritual" ou conhecimentos mais amplos sobre o judaísmo. Em seguida, leu a edição francesa do livro Os Protocolos dos Sábios de Sião, uma das mais impactantes obras de teorias conspiratórias antissemitas, que afirma a existência de uma conspiração judaica para conquistar o mundo. Barroso ainda não conhecia o trabalho, que lhe foi emprestado pelo integralista José Madeira de Freitas. Foi através dos seus estudos para a escrita do livro Brasil, Colônia de Banqueiros que se aprofundou no combate à questão judaica, "baseado na doutrina e na palavra de Plínio Salgado". Posteriormente, seria responsável por traduzir e comentar os Protocolos dos Sábios de Sião.[26][27] Entre 1933 e 1938, publicou 12 livros em defesa do Integralismo, além de um curso de história dado à Milícia Integralista. Embora não concordasse com o rumo dos acontecimentos a partir de 1937, continuou adepto à doutrina integralista.[28][29]

Gustavo Barroso na Marcha dos 50 Mil, em 1º de novembro de 1937.

Há muitas divergências sobre o antissemitismo na obra de Barroso. Segundo Cícero João da Costa Filho, a maior parte dos historiadores entendem que o antissemitismo de Barroso é puramente moral. A bibliografia sobre o antissemitismo de Barroso, em geral, não o toma num sentido racista.[6] Segundo Barroso, "Hitler comete um erro, todavia, na sua campanha antijudaica. Ele combate os judeus em nome do racismo ariano".[5] Barroso dizia que o Integralismo poderia combater os judeus apenas "nesse caso, e só nesse caso": o de os judeus organizarem forças paralelas ao Estado, que entravam a ação deste e o levam a medidas favorecedoras de grupos políticos, econômicos e financeiros, ou de realizarem "propagandas subversivas" contra o "bem geral da Nação".[30]

Em seu livro História Secreta do Brasil, publicado em três volumes a partir de 1937, são narrados episódios como a participação por parte dos judeus em rituais de sacrifício no sertão baiano no século XIX até a sociedade secreta da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (chamada "Bucha").[31][32] Profundamente nacionalista, ele defendeu a integridade do Brasil contra dominação estrangeira e de grupos de banqueiros internacionais.[23][33]

Para se aprofundar na doutrina integralista, baseada no tomismo, Gustavo Barroso estudou de forma rigorosa a obra de Santo Tomás de Aquino, orientado pelo Padre Leonel Franca. Isso foi de grande importância para seu pensamento integralista e sua Fé Católica, que, a partir disso, tornou-se sólida.[34] O Cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira chega a afirmar que esse estudo integralista de Tomás de Aquino por Gustavo Barroso foi sua verdadeira conversão ao catolicismo.[35]

Atividade acadêmica

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Retrato de Gustavo Barroso com o fardão da Academia Brasileira de Letras.

Sua atividade na Academia Brasileira de Letras também foi das mais relevantes. Em 1923, como tesoureiro da instituição, procedeu à adaptação do prédio do Petit Trianon, que o governo francês ofereceu ao governo brasileiro, para nele instalar-se a sede da Academia.[36] Exerceu alternadamente os cargos de tesoureiro, de segundo e primeiro secretário e secretário-geral, de 1923 a 1959; foi presidente da Academia em 1932, 1933, 1949 e 1950. Em 9 de janeiro de 1941 foi designado, juntamente com Afrânio Peixoto e Manuel Bandeira, para coordenar os estudos e pesquisas relativos ao folclore brasileiro.[37]

Busto de Gustavo Barroso no Museu Histórico Nacional.

Era membro da Academia Portuguesa da História; da Academia das Ciências de Lisboa; da Royal Society of Literature de Londres; da Academia de Belas Artes de Portugal; da Sociedade dos Arqueólogos de Lisboa; do Instituto de Coimbra; da Sociedade Numismática da Bélgica, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e de vários Estados; e das Sociedades de Geografia de Lisboa, do Rio de Janeiro e de Lima.[23][38][39]

Em 27 de junho de 1919, foi feito Oficial da Ordem Militar de Cristo, no dia 7 de junho de 1923, foi elevado a Comendador da mesma Ordem de Portugal, a 5 de Fevereiro de 1941, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública e a 22 de Maio de 1950, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal.[40]

Gustavo faleceu aos 70 anos na cidade do Rio de Janeiro - então capital federal do Brasil - em 3 de dezembro de 1959.[41][42] Está enterrado no Cemitério São João Batista.[9]

  • Terra de Sol (1912);
  • A Balata (1913);
  • Praias e Várzeas (1915);
  • Ideias e Palavras (1917);
  • Heróis e Bandidos (1917);
  • A Ronda dos Séculos (1918);
  • Tradições Militares (1918);
  • Vocabulário das crianças (1920);
  • Mosquita Muerta (1921);
  • Casa de Marimbondo (1921);
  • Ao Som da Viola (folk-lore) (1921);
  • Mula sem cabeça (1922);
  • Pergaminhos (1922);
  • Coração da Europa (1922);
  • Uniformes do Exército (1922);
  • Alma Sertaneja (1923);
  • Inteligência das coisas (1923);
  • Antes do Bolchevismo (1923);
  • O Sertão e o Mundo (1923);
  • Mapirunga (1924);
  • O Anel das Maravilhas (1924);
  • Livro de Milagres (1924);
  • En el Tiempo de los Zares (em espanhol) (1924);
  • Comédias e provérbios (1924);
  • O Ramo de Oliveira (1925);
  • Tição do Inferno (romance bárbaro) (1926);
  • Através dos Folclores (1927);
  • Apólogos orientais (1928);
  • A Guerra do Lopez: contos e episódios da campanha do Paraguai (1928);
  • A Guerra do Flores: contos e episódios da campanha do Uruguai (1929);
  • A Guerra do Rosas (contos e episódios relativos à campanha do Uruguai e da Argentina) (1929);
  • Almas de Lama e de Aço (Lampião e outros cangaceiros) (1930);
  • Mythes, contes et légendes des indiens. Folklore brésilien (em francês) (1930);
  • Inscrições primitivas no sertão do Ceará (1930);
  • A Guerra de Vidéo (1930);
  • A Guerra de Artigas (1930);
  • O Brasil em Face do Prata (1930);
  • Inscrições Primitivas (1930);
  • A ortografia oficial: considerações sobre o acordo luso-brasileiro, as reformas ortográficas de 1907, 1917, 1924, 1929, o acordo de 1931 (1931);
  • O Bracelete de Safiras (1931);
  • Aquém da Atlântida (1931);
  • A Ortografia Oficial (1931);
  • As Colunas do Templo: erudição, folclore, história, crítica, filologia (1933);
  • A Senhora de Pangim (romance) (1932);
  • Luz e Pó (1932);
  • O Integralismo em Marcha (1933);
  • Osório, o Centauro dos Pampas (1933);
  • Mulheres de Paris (1933);
  • O Santo do Brejo (romance) (1933);
  • Tamandaré, o Nelson brasileiro (1933);
  • O Integralismo e o Mundo (1933);
  • Brasil - Colônia de Banqueiros (1934);[43]
  • O Integralismo de Norte a Sul (1934);
  • História Militar do Brasil (1935);
  • O Quarto Império (1935);
  • A Palavra e o Pensamento Integralista (1935);
  • O que o Integralista Deve Saber (1935);
  • Quando Nosso Senhor andou no mundo (1936);
  • O Espírito do Século XX (1936);
  • História Secreta do Brasil, 3 vols. (1936, 1937, 1938);
  • A Sinagoga Paulista (1937);
  • Judaísmo, Maçonaria e Comunismo (1937);[44]
  • Reflexões de um Bode (1937);
  • Integralismo e Catolicismo (1937);
  • Pequeno Dicionário Popular Brasileiro (1938);
  • Comunismo, Cristianismo e Corporativismo (1938);
  • O Livro dos Enforcados (1939);
  • Coração de Menino (1939);
  • Pero Coelho de Souza (1940);
  • O Brasil na Lenda e na Cartografia Antiga (1941);
  • Liceu do Ceará (1941);
  • Consulado da China (1941);
  • Portugal - Semente de Impérios (1943);
  • Caxias (1945);
  • As Sete Vozes do Espírito (poesias) (1946);
  • Seca e Meca e Olivais de Santarém, descrições e viagens (1946);
  • Introdução à técnica de museus (1946)
  • Fábulas Sertanejas (1948);
  • Quinas e castelos (1948);
  • Duas conferências cervantinas (1949);
  • O Brasil dos brasileiros (1950);
  • Cinza do tempo (contos) (1951);
  • Conferências na Bahia (1951);
  • D. Pedro I (teatro) (1951);
  • História do Palácio Itamarati (1953);
  • Segredos e Revelações da História do Brasil (1955);
  • Nos Bastidores da História do Brasil (1955);
  • Letra do Hino de Fortaleza (1957);[45]
  • Mississipi (romance, obra póstuma) (1961).
  • Tratado de Paz de Versalhes (1919);
  • Fausto, de Johann von Goethe (1920);
  • Lições de moral e instrução cívica, de L. Jarach (1920);
  • O enigma de Bagschott, de Oscar Gray (1934);
  • Lyautey, de André Maurois (1934);
  • A viagem submarina, de Jules Rengade (1934);
  • A Batalha, de Claude Farrère (1935);
  • Jesus Desconhecido, de Dimitri Merejkovsky (Merezhkovskii) (1935);
  • O continente aéreo, de Jesús de Aragón (1936);
  • A destruição de Atlântida, de Jesús de Aragón (1936), 2 vols.;
  • Os homens novos, de Claude Farrère (1936);
  • A castelã do Líbano, de Pierre Benoit (1937);
  • Os civilizados, de Claude Farrère (1938);
  • Jesus Cristo, de Karl Adam (1939);
  • A madona dos trens noturnos, de Maurice Dekobra (1939);
  • Marat, o amigo do povo, de Gerald Walter (1941);
  • Pequena história do mundo, de H. G. Wells (1941).

Coordenação

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  • Anais do Museu Histórico Nacional (1940-1949), vols. I a IV;
  • Os melhores contos históricos de Portugal (1941).

Outros trabalhos

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  • Os Protocolos dos Sábios de Sião: Tradução do livro original, dos capítulos adicionais e do apêndice, edição, introdução, e notas de rodapé (1936);
  • A Maçonaria, Seita Judaica - Suas origens, sagacidade e finalidades anticristãs, de Isidore Bertrand: Tradução, introdução sobre A Maçonaria e o Brasil, notas de rodapé, e Apêndice sobre o Talmud (1938);
  • O Rio de Janeiro como ele é, de Carl Schlichthorst: Tradução, introdução e notas de rodapé (1943).
  1. CASCUDO, Luís da Câmara (1962). Dicionário do Folclore Brasileiro 2ª ed. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro. p. 359 
  2. Carneiro, Maria Luiza Tucci. «Nem Rothschild Nem Trotsky. O pensamento anti-semita de Gustavo Barroso». Revista de História. 0 (129-131): 279–281. ISSN 2316-9141 
  3. «Gustavo Barroso | CPDOC». cpdoc.fgv.br. Consultado em 5 de dezembro de 2016 
  4. Elynaldo Gonçalves, Dantas. Gustavo Barroso, o führer brasileiro: nação e identidade no discurso integralista barrosiano de 1933-1937 (Mestrado em História). Natal: UFRN 
  5. a b Barroso, Gustavo (1937). Judaísmo, maçonaria e comunismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. p. 25. Mais dia, menos dia, conforme seu inveterado costume, os judeus porão as manguinhas de fóra e, então, se verá quem tem razão. O que se passa entre nós passa-se mais ou menos em toda a parle, salvo na Alemanha, onde a nação está a par do problema. Na nossa opinião, Hitler comete um erro, todavia, na sua campanha anti-judaica. Êle combate os judeus em nome do racismo ariano. Ora, sendo o judeu o maior de todos os racistas, não é possível combatê-lo com outro racismo e. sim com um anti-racismo. O que se deve combater é justamente o racismo judaico. Em nome dos princípios cristãos que pregam a igualdade de todos os entes humanos, é que combatemos o povo que se declara ELEITO e SUPERIOR. 
  6. a b Costa Filho, Cícero João da (2019). «Estado Forte em combate ao Liberalismo: o projeto antissemita integralista de Gustavo Barroso para o Brasil dos anos 1930». Revista Nuestramérica. 7 (14): 440-444 
  7. a b «Perfil do Acadêmico Gustavo Barroso». Academia Brasileira de Letras 
  8. Cláudia Oliveira da Silva, Regina. «Breves Notas Autobiográficas do Cearense Fundador da Museologia no Brasil» (PDF). Consultado em 30 de março de 2022 
  9. a b c OLIVEIRA, Carolina (1964). Biografia de Personalidades Célebres. Para uso escolar nos diversos níveis de ensino e dos estudiosos de história do Brasil. [S.l.]: Editora do Mestre. p. 274 
  10. a b Vieira, Newton (2012). «ALÉM DE GUSTAVO BARROSO: O ANTISSEMITISMO NA AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA (1932-1937)» (PDF). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Consultado em 27 de abril de 2021 
  11. Aline Montenegro Magalhães (2009). Troféus da Guerra perdida: Um estudo histórico sobre a escrita de si de Gustavo Barroso. Tese de Doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
  12. «Museu Histórico Nacional comemora 90 anos com abertura de exposição – Instituto Brasileiro de Museus – Ibram». Consultado em 27 de abril de 2021 
  13. «Gustavo Barroso». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 27 de abril de 2021 
  14. «Gustavo Barroso | CPDOC». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 27 de abril de 2021 
  15. «Terra de sol : (natureza e costumes do Norte) / Gustavo Barroso (João do Norte).». Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Consultado em 27 de abril de 2021 
  16. Magalhães, Aline Montenegro; Bojunga, Claudia Barroso Roquette-Pinto (2014). «Secrets of Brazilian history exposed by Gustavo Barroso in the magazine O Cruzeiro (1948-1960)». Estudos Históricos (Rio de Janeiro) (em inglês) (54): 345–364. ISSN 0103-2186. doi:10.1590/S0103-21862014000200007. Consultado em 27 de abril de 2021 
  17. «Bibliografia». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 27 de abril de 2021 
  18. «Gustavo Barroso». Biblio. Consultado em 27 de abril de 2021 
  19. «DECRETO Nº 15.596, DE 2 DE AGOSTO DE 1922 - Publicação Original - Portal Câmara dos Deputados». Câmara dos Deputados do Brasil. Consultado em 14 de março de 2018 
  20. Calil, Gilberto (2010). «Os integralistas frente ao Estado Novo: euforia, decepção e subordinação». Universidade Federal de Juiz de Fora. Consultado em 27 de abril de 2021 
  21. Oliveira, Ana (2008). «Resenha de Culto da saudade na Casa do Brasil: Gustavo Barroso e o Museu Histórico Nacional» (PDF). Universidade Federal do Ceará. Consultado em 27 de abril de 2021 
  22. «O Integralismo - Gustavo Barroso | - Integralismo | Frente Integralista Brasileira». Integralismo. Consultado em 3 de maio de 2017 
  23. a b c Dantas, Elynaldo (5 de setembro de 2014). «Gustavo Barroso, o führer brasileiro: nação e identidade no discurso integralista barrosiano de 1933-1937» (PDF). Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Consultado em 27 de abril de 2021 
  24. Magalhães, Aline Montenegro; Bojunga, Claudia Barroso Roquette-Pinto (2014). «Segredos da história do Brasil revelados por Gustavo Barroso na revista O Cruzeiro (1948-1960)». Estudos Históricos (Rio de Janeiro) (54): 345–364. ISSN 0103-2186. doi:10.1590/S0103-21862014000200007. Consultado em 27 de abril de 2021 
  25. DOREA, Gumercindo Rocha (1982). Perfis Parlamentares de Plínio Salgado. Brasília: Editora da Câmara dos Deputados. pp. 721–726 
  26. BARROSO, Gustavo (1937). Reflexões de um bode. Rio de Janeiro: Gráfica Educadora. pp. 161–162 
  27. Barroso, Gustavo (1936). Os protocolos dos sábios de Sião. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira. 238 páginas 
  28. Tempos modernos - João Paulo dos Reis Velloso: memórias do desenvolvimento. Rio de Janeiro: FGV. 2004. pp. 27–28. Consultado em 29 de março de 2018 
  29. Bertonha, João (5 de janeiro de 2016). «Fascismos e fascistas em comparação: Gustavo Barroso, Adrien Arcand e o antissemitismo no Brasil e no Canadá no entreguerras.». Revista História & Perspectivas (Universidade Federal de Uberlândia). Consultado em 27 de abril de 2021 
  30. BARROSO, Gustavo (1937). Integralismo e Catolicismo. Rio de Janeiro: ABC Limitada. pp. 114–115 
  31. Veiga, Edison (10 de agosto de 2019). «A história do alemão enterrado em faculdade de SP que fundou uma poderosa sociedade secreta». UOL. Consultado em 27 de abril de 2021 
  32. Campos Neto, Antonio Augusto Machado de (1 de janeiro de 2003). «Memórias de Júlio Frank». Revista da Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo (0). 713 páginas. ISSN 2318-8235. doi:10.11606/issn.2318-8235.v98i0p713-724. Consultado em 27 de abril de 2021 
  33. Niskier, Arnaldo (15 de agosto de 2015). «Um campeão de antissemitismo». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 27 de abril de 2021 
  34. Azarias, SOBREIRA (1961). «Gustavo Barroso - Fascinante individualidade». Revista do Instituto do Ceará (75): 119-120 
  35. CEREJEIRA, Manuel Gonçalves (1944). A Igreja e o pensamento contemporâneo 4 ed. Coimbra: Coimbra Editora. p. 386 
  36. «Petit Trianon». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 27 de abril de 2021 
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  38. «Gustavo Barroso». Integralismo. Consultado em 27 de abril de 2021 
  39. da Costa Filho, Cícero João (2020). «Armas, literatura 'panfletária' e antissemitismo: a postura conservadora de Gustavo Barroso no Brasil dos anos 1930». Editora SertãoCult: 193–221. ISBN 978-65-87429-05-2. Consultado em 27 de abril de 2021 
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  42. CASTRO, Ruy (2019). Metrópole à beira-mar: O Rio moderno dos anos 20. Rio de Janeiro: Companhia das Letras. 536 páginas 
  43. Gustavo Barroso (1934). «Brasil - Colônia de Banqueiros (História dos empréstimos de 1824 a 1934)». Civilização Brasileira. Consultado em 15 de fevereiro de 2015 
  44. Gustavo Barroso (1937). «Judaismo, Maconaria e Comunismo». Civilização Brasileira. Consultado em 8 de abril de 2015 
  45. MHN Biblioteca Virtual. «Afinal, Fortaleza Tem Seu Hino». Consultado em 26 de maio de 2017 

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1932 — 1933
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