Johannes Schefferus

Johannes Schefferus
(1621-1679)
Johannes Schefferus
Frontispício da obra sobre o povo lapão, 1673.
Nascimento 2 de fevereiro de 1621
Estrasburgo,  França
Morte 26 de março de 1679
Upsália,  Suécia
Alma mater Universidade de Estrasburgo
Universidade de Upsália
Universidade de Leiden
Ocupação Humanista, e erudito sueco de origem francesa.
Johannes Schefferus

Johannes Schefferus (Johann Scheffer, Joannis Schefferi von Strassburg) (Estrasburgo, 2 de Fevereiro de 1621 - Upsália, 26 de Março de 1679), foi erudito, filólogo e um dos maiores humanistas suecos de sua época.

Schefferus nasceu em Estrasburgo, então parte do Sacro Império Romano. Era descendente da família de patrícios Scheffer, estudou na Universidade de Estrasburgo, e depois brevemente em Leiden, e em 1648 se tornou Skytteanska professuren (Professor de Eloquência e Política) da Universidade de Upsália, cadeira que ele ocupou até a sua morte. Na Holanda, Schefferus estabeleceu estreitas relações de amizade com Boxhornius (1612-1653),[1] Johannes Gerardus Vossius (1577-1649),[2] Daniel Heinsius (1580-1655) e seu filho Nicolaus Heinsius, O Velho[3] (1620-1681).

Schefferus se dedicou bastante à filologia e aos estudos arqueológicos. A sua obra: De orbibus tribus aureis se tornou a primeira publicação sobre arqueologia da Suécia. Lapponia, a história sobre os lapões (1673) se tornou popular pela Europa mas não foi traduzida para o sueco (com o nome de Lappland) até 1956. A sua obra póstuma: Suecia literata (A Suécia Erudita, 1680) é uma bibliografia sobre a história da ciência na Suécia.

Muito tempo mais tarde Schefferus viu-se envolvido em uma disputa intelectual, particularmente com Olof Verelius (1618-1682)[4] a respeito da localização do Templo de Upsália.[5] Defendia ele que o templo ficava perto da localização atual da Igreja da Santa Trindade (Helga Trefaldighets kyrka) em Upsália. Hoje em dia se sabe que seus adversários se utilizaram da falsificação para justificar seus argumentos. Esta foi provavelmente a razão pela qual partes do maior texto gótico que ainda existe, teve de ser restaurado.

Em 1648, Schefferus se casou com Regina Loccenia, filha de Johannes Loccenius (1598-1677),[6] antigo professor de eloquência de Upsália, e teve dois filhos.

  • De varietate navium (1643)
  • De stylo illiusque exercitiis ad veterum consuetudinem disputatio prima-sexta (1652/53)
  • De militia navali veterum libri quatuor. Ad historiam græcam latinamque vtiles (1654)
  • De antiquorum torqvibus. Syntagma (1656)
  • Argentoratensis de stylo illiusque exercitiis ad veterum consvetudinem liber (1657)
  • Phædri Aug. Lib. Fabularum æsopiarum libri qvinqve (1663)
  • Arriani Tactica: & Mauricii Artis militaris libri duodecim (1664)
  • Memorabilium sueticæ gentis exemplorum liber singularis (1671)
  • De re vehiculari veterum libri duo (1671)
  • Lapponia: id est, regionis Lapponum et gentis nova et verissima descriptio (1673)
  • Svecia literata seu de scriptis & scriptoribus gentis Sveciæ (1680, postum)
  1. Marcus Zuerius Boxhornius (1612-1653) (* Bergen-op-Zoom, 28 de Agosto de 1612 - † Leiden, 3 de Outubro de 1653), teólogo, erudito e professor de eloquência e sucessor de Daniel Heinsius na Universidade de Leiden.
  2. Johannes Gerardus Vossius (1577-1649) (* Heidelberg, 1577 - † Amsterdam, [ 19 de Março de 1649), foi humanista, teólogo e erudito clássico holandês.
  3. Nicolaus Heinsius, O Velho, (1620-1681) (* Leiden, 20 de Julho de 1620 - † Haia, 7 de Outubro de 1681), poeta e filólogo clássico holandês.
  4. Olof Verelius (1618-1682) (* 12 de Fevereiro de 1618 - † 3 de Janeiro de 1682), erudito e antiquarista sueco e autor do Dicionário Nórdico Antigo-Sueco.
  5. Templo de Upsália, centro religioso do paganismo nórdico localizado no que é conhecido atualmente como Velha Upsália, uma aldeia com 16.231 habitantes (1991).
  6. Johannes Loccenius (1598-1677) (* Itzehoe, Holstein, 27 de Julho de 1598 - † Upsália, 27 de Julho de 1677), jurista, historiador e professor da Universidade de Upsália.