Lilian Tintori | |
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![]() Lilian Tintori em Madri para o lançamento de seu livro Preso, Mas Livre em 2012
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Nome completo | Lilian Adriana Tintori Parra |
Nascimento | 5 de maio de 1978 (46 anos) Caracas, DC, Venezuela |
Residência | Madri |
Nacionalidade | venezuelana |
Progenitores | Mãe: Lilian Parra Pai: Franco Tintori |
Cônjuge | Leopoldo López |
Filho(a)(s) | Manuela Rafaela López Tintori Leopoldo Santiago López Tintori Federica Antonieta López Tintori |
Ocupação | Professora, locutora, empresária e ativista dos direitos humanos |
Religião | Católica romana |
Lilian Adriana Tintori Parra (Caracas, 5 de maio de 1978), mais conhecida como Lilian Tintori, é uma professora, locutora, empresária e ativista de direitos humanos venezuelana. É também esposa do líder político exilado Leopoldo López, fundador e ex-presidente do Vontade Popular (VP), partido de oposição ao chavismo, que foi preso durante o governo de Nicolás Maduro, acusado de incitar e liderar as manifestações de 2014. Tintori também tem liderado grupos de oposição e resistência contra o regime chavista.[1]
Filha de mãe venezuelana a pai argentino, refugiado na Venezuela por causa do Processo de Reorganização Nacional, nome oficial atribuído ao período da ditadura argentina (1976-1983). É licenciada em ensino pré-escolar pela Universidade Católica Andrés Bello e possui especialização em comunicação política pela Universidade Central da Venezuela.[2] Foi apresentadora da Televen e na extinta RCTV, além de radialista nas redes La Mega, Hot 94 e Ateneo 100.7. Também foi animadora do programa Megavj do canal Puma TV.
Como esportista, foi campeã de kitesurf em 2003 e criadora da Fundación Porkite encarregada de recuperar e doar equipamentos usados neste esporte.
Em maio de 2007, casou-se com Leopoldo López.[2][3] O casal atualmente tem 3 filhos: Manuela Rafaela, nascida em 2009, Leopoldo Santiago, nascido em 2013[4] e Frederica Antonieta, nascida em 2018.[5]
Foi representante da Socieven, associação sem fins lucrativos, para a sensibilização quanto a surdez e distúrbio da fala. Tem colaborado com a Fundación BFC na campanha contra a violência de gênero e com a Fundación Jóvenes por los Derechos Humanos em diversos eventos.[2]
Lilian Tintori tem denunciado sistematicamente a situação dos dissidentes venezuelanos na mídia mundial e, busca apoios de líderes políticos de outras nações. Seus esforços conseguiram provocar reações em outros países:
Concedeu uma entrevista ao jornalista Jorge Ramos, da Univision, publicada em 12 de abril de 2015. Naquela ocasião, denunciou que seu marido vem sofrendo torturas físicas e psicológicas na prisão.[6]
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No livro Preso pero libre: Notas desde la cárcel del líder venezolano, Leopoldo López descreve a experiência de sua prisão. Em 1º de agosto de 2017, depois de algumas semanas em prisão domiciliar, López foi reconduzido para a prisão e, declarou que a chegada do terceiro filho do casal "é mais um motivo para lutar pela Venezuela."[7]
Em 7 de maio de 2015, esteve diante da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado Federal do Brasil[8] acompanhada por Mitzy Capriles (esposa do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, também preso por fazer oposição ao governo) e Rosa Orozco, mãe de uma manifestante morta.[9] As três cidadãs venezuelanas expuseram aos senadores brasileiros a situação de seu país e, definiram o regime lá em vigor como uma ditadura.[9] Em suas declarações, denunciaram o aumento dos crimes violentos, a crise econômica, o desabastecimento de produtos de primeira necessidade e, o desrespeito aos direitos humanos praticados pelo governo venezuelano.[8]
Esperou por "um pronunciamento claro e contundente da presidente Dilma sobre a violação sistemática dos direitos humanos e da crise na Venezuela."[10] Também apelou para que a presidente interceda pelos 89 presos políticos de seu país e que envie observadores que atestem a legitimidade das próximas eleições parlamentares venezuelanas.[10]
Em discurso, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR) protestou, acusando o governo brasileiro de omissão perante a situação de desrespeito aos direitos humanos no governo de Nicolás Maduro.[9]
Em 18 de junho, uma comitiva, formada por oito senadores oposicionistas brasileiros, esteve em Caracas atendendo ao apelo das cidadãs venezuelanas. Seu objetivo era contactar membros da oposição ao governo Maduro e informar-se sobre a crise político-econômica enfrentada pelo país. Mas, este grupo foi hostilizado por manifestantes partidários do governo e acabou retornando ao Brasil sem cumprir sua agenda.[11] Este incidente causou mal-estar e o Congresso Nacional votou, no mesmo dia, uma moção de reprovação contra o governo da Venezuela.[12] No dia 25, uma nova comitiva com quatro senadores que esteve no país, foi criticada pela oposição por ser composta apenas por senadores governistas[13] e acusada de ser apenas uma resposta política ao incômodo causado pelo grupo anterior.[14]
O ex-presidente do Governo da Espanha, Felipe González, afirmou que a mediação dos países-membros da UNASUL na questão venezuelana é insuficiente[15] e, ofereceu-se como mediador entre governo e oposição.[16] Ressaltou que o governo venezuelano só pode impedi-lo de tomar parte na defesa dos dissidentes apenas dentro das fronteiras do país: "O mundo da liberdade, democracia e direitos humanos vai muito além das fronteiras da Venezuela", afirmou.[17] Pretende dialogar com a oposição, assessorar a defesa de opositores presos e acompanhar o andamento dos processos.[18]