Ottorino Barassi | |
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Comissário extraordinário da FIGC | |
Período | 1944–1946 |
Presidente da FIGC | |
Período | 1946–1958 |
Comitê Executivo da FIFA | |
Período | 1952–1971 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 5 de outubro de 1898 Nápoles, Campania |
Morte | 24 de novembro de 1971 (73 anos) Roma, Lácio |
Ottorino Barassi (Nápoles, 5 de outubro de 1898 — Roma, 24 de novembro de 1971) foi um dirigente esportivo italiano.[1][2]
Dirigente e organizador da Copa do Mundo de 1934,[3] 1938* (segundo Olimpicus),[4] 1950 e do Torneio Internacional de Clubes Campeões de 1951 conhecido como Copa Rio, que recebeu a "Taça Rio".[5][6][7][8]
[9] É um dos membros-fundadores da União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) presidindo a reunião para a sua regulamentação com a autorização da FIFA.[10][11][12] E um dos idealizadores de um torneio de clubes da Europa, a Taça UEFA (atual Liga Europa).[13] O "Torneio dos Vencedores de Copas" foi projetado por Barassi para 1952 no Brasil como um evento de seleções nacionais que não houve.[14][15] Foi delegado e secretário-geral da FIFA, ocupando esse último cargo ao lado de Stanley Rous em 1951 no lugar do aposentado Ivo Schricker.[16][17][18] Na Itália, foi comissário da Federação Italiana de Futebol (FIGC) de 1944 a 1946 e seu presidente de 1946 a 1958.[2]
Em 1925, Ottorino Barassi foi vice-presidente da Associação Italiana de Árbitros (do italiano: Associazione Italiana Arbitri; abreviada como AIA); em 1926, ocupou o cargo de secretário do Direttorio Divisioni Superiori; em 1927, tornou-se comissário, e depois, presidente do Direttorio da Federação Italiana de Futebol (FIGC), onde permaneceu até 1933.[1][3]
Em 1933, assumiu o cargo de secretário-geral da FIGC, e a regência da entidade entre 1944 e 1946, e por fim, o cargo de presidente do órgão máximo do futebol italiano entre os anos de 1946 e 1958.[1][3] Barassi é responsável por uma das mais longas e complexas presidências da história da FIGC, durante a qual toda a organização dos campeonatos foi reestruturada. Durante sua gestão na FIGC nasceu em 1946 a Lega Nazionale, com sede em Milão, que organizava os campeonatos da Serie A e Serie B. Em 1958, após doze anos de presidência, foi substituído pelo comissário extraordinário Bruno Zauli.[2]
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945), período em que as competições esportivas foram paralisadas pelo conflito, Ottorino Barassi evitou que a taça de ouro maciço que a Itália conquistara na Copa de 1938 não caísse nas mãos dos nazistas. Barassi teria — segundo uma versão de outras contadas — colocado a taça dentro de uma caixa de sapatos, que ficara escondido sob sua cama durante toda a guerra.[19][20][21][22] Uma versão mais crível foi publicada pelo jornal La Stampa de Turim, em 15 de maio de 1950, a taça Coupe du Monde ficando na responsabilidade de Barassi que presidia a Federação Italiana de Futebol, a entidade guardou a conquista da Itália com a delegação do país neutro na guerra, os embaixadores suíços no Vaticano.[23][22] Em homenagem ao presidente da FIFA, Jules Rimet, que não mediu esforços para manter vivo o espírito do futebol durante os anos da guerra, o troféu passou a ser chamado de Taça Jules Rimet.[24][25]
Ottorino Barassi juntamente com Stanley Rous e Sotero Cosme foram o trio formador da comissão organizadora da Copa do Mundo de 1950.[26][27] No ano seguinte o trio também fez parte do comitê organizador do Torneio Internacional de Clubes Campeões de 1951, que também é conhecido como Copa Rio de 1951.[28][29]
Além de cargos de dirigente na Itália, em 1952, Barassi fez parte do Comitê Executivo da Federação Internacional de Futebol (FIFA), como vice-presidente da entidade. Em 1959, foi eleito o primeiro presidente da recém-criada Lega Nazionale Dilettanti, com sede em Roma e responsável pelos campeonatos amadores do futebol italiano, permaneceu no cargo até e 1971.[1][3][2]
Entre 1968 e 1976 foi disputada a Copa Ottorino Barassi, entre clubes da Itália e Inglaterra.[30]
Em 2011, Ottorino Barassi foi inserido no Hall da Fama do futebol italiano.[1][31]