Rebeca Gusmão | |
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Gusmão em 2005 | |
Natação | |
Nome completo | Rebeca Braga Lakiss Gusmão |
Nascimento | 24 de agosto de 1984 (40 anos) Brasília, DF |
Nacionalidade | brasileira |
Rebeca Braga Lakiss Gusmão (Brasília, 24 de agosto de 1984) é uma ex-nadadora brasileira. Em 2008 foi pega no exame antidoping e banida para sempre do esporte.
Rebeca começou a nadar aos seis anos no Clube do Exército, por influência de seu pai que também nadava e, por indicação médica, pois tinha bronquite, asma e sinusite.[1] No início, não gostava de nadar mas, quando viu Fernando Scherer ganhar a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta, decidiu se dedicar à natação.[1]
Federada aos 12 anos, tornou-se campeã brasileira dos 50 metros nado livre com três meses de treinamento; aos 14 anos foi convocada para a seleção brasileira adulta, para fazer parte da equipe de natação nos Jogos Pan-Americanos de 1999 em Winnipeg, onde conquistou a medalha de bronze no revezamento 4x100 metros livre.[1]
Em 2000 foi morar nos Estados Unidos, onde treinou por três meses.[1] Competiu pelo Club de Regatas Vasco da Gama e pelo Associação Desportiva São Caetano, sem deixar Brasília.[1]
Participou dos Jogos Pan-Americanos de 2003 em Santo Domingo, na República Dominicana, e ganhou medalha de bronze no revezamento 4x100 metros livre.[1]
Em 2004 foi às Olimpíadas de Atenas.[1] Depois disso, treinou nos Estados Unidos e na Itália.[1]
Em 2007 disputou os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, e ganhou medalha de ouro nos 50 metros livre e nos 100 metros livre; medalha de prata no revezamento 4x100 metros livre; e medalha de bronze no revezamento 4x100 metros medley.[1] Depois de testar positivo em um exame antidoping, perdeu as medalhas conquistadas.[1]
Em 5 de novembro de 2007, Rebeca recebeu o resultado de teste positivo para anabolizantes esteroides em amostras coletadas durante a Rio 2007, o que poderia causar não apenas a devolução das quatro medalhas que a nadadora ganhara no Pan, mas também a retirada dos recordes sul-americanos que conquistara e, possivelmente o banimento definitivo do esporte.[2]
Em 17 de dezembro de 2007 foi confirmado o doping e a perda das quatro medalhas conquistadas por Rebeca,[3] mas aguardava-se o resultado do exame da contraprova, feita no dia anterior ao torneio.
A Federação Internacional de Natação (FINA) suspendeu por dois anos a nadadora, em 24 de julho de 2008; ela ficaria sem competir até 17 de julho de 2010. Rebeca recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte para tentar reverter a pena divulgada pela FINA mas, se fosse considerada culpada novamente, poderia ser banida do esporte, já que a Agência Mundial Antidoping permite que um atleta seja condenado no máximo uma vez.[4]
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) confirmou, em 5 de setembro de 2008, que recebera da FINA o inteiro teor da decisão do Painel de Doping que resolvera suspender a atleta "inelegível pelo resto da vida" (ineligible for lifetime), a partir de 18 de julho de 2007. A decisão foi tomada com base nas regras da FINA DC 2.5, DC 10.2, DC 10.4 e DC 10.6.3. A suspensão tem por objetivo punir quando ocorrem duas ou mais violações da regra antidoping da FINA.[5]
Em 11 de agosto de 2009, Rebeca foi absolvida da acusação de falsidade ideológica por utilizar urina de outra pessoa. Foi comprovado que o frasco contendo a urina da atleta na coleta de 12 de julho de 2007 não chegou ao laboratório. Foi utilizado material de um frasco diferente, supondo ser o material que estava no frasco da atleta, mas que foi trocado na ausência dela ou de qualquer pessoa de sua confiança. A atleta seguiu na suspensão por dois anos na natação.[6]
Em 13 de novembro de 2009, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) pôs fim à esperança de Rebeca voltar às piscinas. A entidade informou em seu site que a decisão final dos processos relativos à nadadora é de que ela seria banida definitivamente do esporte.[7]
Em 2008, Rebeca começou a jogar futebol pela Associação Atlética Esportiva e Recreativa dos Cooperados do Distrito Federal,[1] tendo a função de centroavante e a camisa de número 5, mesmo número da raia que lhe dera as medalhas de natação no Pan Rio 2007.[8]
Em 2009, foi campeã do Campeonato Mundial de Supino, quando alcançou a marca de 140 quilos.[1]
Em 2010 candidatou-se ao cargo de deputada distrital pelo PC do B. [9] Entre seus projetos de candidata, Rebeca incluiu a ampliação do programa Bolsa-Atleta, criação do Bolsa-Treinador e projeto de caça-talentos para os Jogos Olímpicos de 2016.[9]
Em 2015 foi convidada para integrar a equipe de participantes do reality show A Fazenda.[10] No mesmo ano foi processada pelo empresário Bruno Silvério de Oliveira Santos após negar a pagar parte de seu cachê durante a participação no programa. Bruno foi o responsável pela intermediação e negociação com a Record e a ex-nadadora foi condenada pela Justiça a pagar 35% de todo o valor que faturou por sua participação no reality rural. [11]
Em 24 de julho de 2016 nasceu de cesariana seu filho Zeus, fruto do relacionamento com o empresário André Luiz .[12][13]
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