Rubens Francisco Minelli (São Paulo, 19 de dezembro de 1928 – São Paulo, 23 de novembro de 2023) foi um treinador e futebolista brasileiro que atuou como ponta-esquerda. Ficou marcado por conquistar um tricampeonato brasileiro consecutivo como técnico, em 1975 e 1976, pelo Internacional, e em 1977, pelo São Paulo. Anteriormente, já havia sido campeão do Brasileirão de 1969 com o Palmeiras.[1]
Rubens Minelli iniciou sua vida no futebol como atleta, atuando como ponta-esquerda e passando por Ypiranga e Nacional, ambos de São Paulo. Quando defendia o São Bento de Sorocaba, em um amistoso contra o União de Mogi das Cruzes, em 1956, fraturou a perna esquerda e teve de abandonar a carreira de jogador com apenas 27 anos. Seu único título como futebolista foi obtido em 1954: o Campeonato Paulista da Segunda Divisão, pelo Taubaté.
Como técnico, iniciou comandando os times da Faculdade de Ciências da Universidade de São Paulo (USP) e da Seleção da FUPE (Federação Universitária Paulista de Esportes). Por intermédio de Canhotinho, o qual fora dirigido por Minelli no time da faculdade, treinou as categorias de base do Palmeiras entre 1958 e 1963. Em seguida, transferiu-se para a equipe principal do América de São José do Rio Preto. Sua estreia profissional foi com vitória de 1 a 0 sobre o XV de Jaú, em partida amistosa realizada no dia 31 de março de 1963, no Estádio Mário Alves Mendonça.[2] Pelo clube, conquistou a segunda divisão estadual de 1963 e sagrou-se campeão do interior em 1964.
Em 1966, foi contratado pelo Botafogo de Ribeirão Preto, onde ficou por quatro meses. Com o Botafogo, Minelli realizou uma excursão à América Central, sofrendo apenas uma derrota em 17 jogos. No final do mesmo ano, retornou ao América para substituir o argentino Filpo Núñez.
No comando do Sport, foi vice-campeão pernambucano de 1967 e campeão do Torneio Início. Voltando para São Paulo, comandou a Francana, vice-campeã estadual da segunda divisão em 1968. Após passar pelo Guarani, Rubens Minelli retornou ao Palmeiras, desta vez para comandar a equipe principal. Coincidentemente, substituiu novamente Filpo Núñez. Com o clube alviverde, Minelli excursionou à Europa em 1969, levantando o Troféu Ramón de Carranza, na Espanha.[3] Também conquistou o Campeonato Brasileiro no mesmo ano.[4]
Dirigiu diversas equipes do Brasil, além do Al-Hilal da Arábia Saudita, e posteriormente a Seleção daquele país. Atingiu o auge de sua carreira na década de 70, quando estruturou o histórico time do Internacional de Porto Alegre, que contava com craques como Falcão, Figueroa e Carpegiani. Neste período, Minelli foi tricampeão brasileiro, em 1975 e 1976 pelo Inter[5] e 1977 pelo São Paulo — sendo o primeiro título brasileiro do clube paulista.
Conquistou ainda quatro títulos gaúchos, em (1974, 1975 e 1976 pelo Inter, além de 1985 pelo rival Grêmio), quatro Campeonatos Paranaenses (1994, 1995, 1996 e 1997 pelo Paraná), além de um Campeonato Saudita e uma Copa do Rei, ambos em 1980, pelo Al-Hilal.
Minelli treinou ainda o Corinthians, Santos, Portuguesa, América-SP, Guarani, Ponte Preta, Rio Branco de Americana, Ferroviária de Araraquara, Atlético Mineiro e Coritiba.
Foi o primeiro treinador da história do Paraná Clube, que na sua primeira temporada, em 1990 e jogando a terceira divisão do brasileirão, conquistou uma das vagas para a Série B de 1991.[6]
Ao encerrar a carreira de treinador, Rubens Minelli tornou-se dirigente de clubes como São Paulo,[7] Atlético Paranaense (superintendente de futebol, em 1998), Paraná e Avaí (superintendente de futebol, em 2003).[8]
Posteriormente, em 2008, tornou-se comentarista de rádio, trabalhando na Rádio Jovem Pan.[9]
Minelli morreu em 23 de novembro de 2023, aos 94 anos, em São Paulo, devido a uma infecção.[10] Internacional, São Paulo e Palmeiras, clubes no qual foi campeão brasileiro como técnico, lamentaram em suas rede sociais.[11]
- Taubaté
- América-SP
- Palmeiras
- Portuguesa
- Internacional
- São Paulo
- Al-Hilal
- Atlético Mineiro
- Grêmio
- Paraná
Referências
Clubes |
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- Chico Netto (1926-1929)
- Eugênio Medgyessy (1928-1931)
- Ivo Melo (1931-1933)
- Floriano Peixoto (1934-1936)
- Said (1936)
- Floriano Peixoto (1937)
- Hummel Guimarães (1937-1938)
- Ewando Becker (1938-1939)
- Said (1939-1941)
- Gregório Suárez (1944)
- Said (1944-1945)
- Ewando Becker (1945)
- Félix Magno (1946-1947)
- Darío Letona (1947)
- Félix Magno (1947-1948)
- Ayrton Moreira (1949)
- Chico Trindade (1949)
- Ricardo Díez (1950-1951)
- Abdo Arges (1951)
- Yustrich (1951-1953)
- Martim Francisco (1953-1954)
- Abdo Arges (1954)
- Ondino Viera (1954-1955)
- Ricardo Díez (1954-1956)
- Niginho (1956)
- Said (1956)
- Ewando Becker (1956)
- Délio Neves (1957)
- Paulo Benigno (1957-1958)
- Ricardo Díez (1958-1959)
- Abdo Arges (1959)
- Ayrton Moreira (1959)
- Artur Nequessaurt (1959-1960)
- Ricardo Díez (1960)
- Osni Pereira (1960-1961)
- Kafunga (1961-1962)
- Antoninho (1962-1963)
- Marão (1963-1964)
- Martim Francisco (1964)
- Afonso Silva (1964)
- Marão (1964-1965)
- Wilson de Oliveira (1965)
- Paulo Amaral (1966)
- Barbatana i (1966)
- Válter Miraglia (1966)
- Gérson dos Santos 1966-1967)
- Fleitas Solich (1967-1968)
- Yustrich (1968-1969)
- Telê Santana (1970-1972)
- Paulo Benigno (1973)
- Telê Santana (1973-1975)
- Mussula (1975-1976)
- Barbatana (1976-1978)
- Mussula e Jorge Vieira (1978)
- Procópio Cardoso (1979-1981)
- Pepe (1981)
- Carlos Alberto Silva (1981-1982)
- Barbatana (1982)
- Paulinho de Almeida e Mussula (1983)
- Minelli (1984)
- Procópio (1984-1985)
- Vicente Lage e Olivera (1985)
- Ilton Chaves (1986)
- Palhinha (1987)
- Telê Santana (1987-1988)
- Moisés, Vantuir e Paulinho de Almeida (1988)
- Jair Pereira (1989)
- Rui Guimarães i e Arthur Bernardes (1990)
- Jair Pereira (1991-1992)
- Vantuiri e Procópio e Nelinho (1992)
- Nelinho (1993)
- Vantuir (1993-1994)
- Valdir Espinosa (1994)
- Levir Culpi (1994-1995)
- Gaúcho (1995)
- Procópio Cardoso (1995-1996)
- Eduardo Amorim (1996-1997)
- Émerson Leão (1997)
- Carlos Alberto Silva, Vantuir i e Carlos Alberto Torres (1998)
- Toninho Cerezo e Darío Pereyra (1999)
- Humberto Ramos (1999-2000)
- João Francisco, Márcio Araújo, Carlos Alberto Parreira e Nedo Xavier i (2000)
- Abel Braga, Zé Maria i (2001)
- Levir Culpi (2001-2002)
- Marcelo Oliveira , Geninho (2002)
- Celso Roth, Marcelo Oliveira, Procópio Cardoso (2003)
- Paulo Bonamigo, Jair Picerni e Mário Sérgio (2004)
- Procópio Cardoso (2004-2005)
- Tite e Marco Aurélio (2005)
- Lori Sandri (2005-2006)
- Marcelo Oliveira i (2006)
- Levir Culpi (2006-2007)
- Tico dos Santos i, Zetti, Marcelo Oliveira e Émerson Leão (2007)
- Geninho, Marcelo Oliveira i, Alexandre Gallo e Marcelo Oliveira (2008)
- Émerson Leão e Celso Roth (2009)
- Vanderlei Luxemburgo (2010)
- Dorival Júnior (2010-2011)
- Cuca (2011-2013)
- Paulo Autuori (2014)
- Levir Culpi (2014-2015)
- Diogo Giacomini i (2015)
- Diego Aguirre, Marcelo Oliveira e Diogo Giacomini i (2016)
- Roger Machado, Diogo Giacomini i e Rogério Micale (2017)
- Oswaldo de Oliveira (2017-2018)
- Thiago Larghi (2018)
- Levir Culpi (2018-2019)
- Rodrigo Santana e Vagner Mancini (2019)
- Rafael Dudamel e James Freitas i (2020)
- Jorge Sampaoli (2020-2021)
- Lucas Gonçalves i e Cuca (2021)
- Antonio Mohamed e Cuca (2022)
- Eduardo Coudet (2023)
- Felipão (2023-)
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