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TV Pirata | |
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![]() Logotipo do programa | |
Informações gerais | |
Formato | sitcom |
Gênero | Comédia |
Criado por | |
Elenco | |
País de origem | ![]() |
Idioma original | Português |
Temporadas | 4 |
Produção | |
Duração | Aprox. 30 Minutos |
Formato | |
Formato de imagem | 480i (SDTV) |
Exibição original | |
Emissora | TV Globo |
Transmissão | 5 de abril de 1988 - 8 de dezembro de 1992[1] |
TV Pirata é um programa de televisão humorístico brasileiro produzido e transmitido pela TV Globo de 5 de abril de 1988 até 8 de dezembro de 1992. Foi criado pelo diretor Guel Arraes e pelo roteirista Cláudio Paiva e foi um dos maiores sucessos do gênero no Brasil, com seu humor com base no nonsense e na sátira, executado por uma equipe de roteiristas que incluía Pedro Cardoso, Luís Fernando Veríssimo, os quadrinistas Laerte e Glauco, e integrantes do Planeta Diário e da Casseta Popular - que viriam a se reunir e formar o Casseta & Planeta.
O sucesso também se deve ao elenco, contando com atores e atrizes renomados como Cláudia Raia, Débora Bloch, Louise Cardoso, Marco Nanini, Diogo Vilela, Maria Zilda Bethlem, Guilherme Karan, Ney Latorraca, Pedro Paulo Rangel e Cristina Pereira. O programa ajudou a consolidar as carreiras de atores como Luiz Fernando Guimarães e Regina Casé (ambos revelados pelo grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone).
Foi reprisado a partir de 1 de janeiro de 2011 e terminou no ano seguinte pelo Canal Viva. O humorístico foi exibido pelo Canal Viva desde o dia 27 de janeiro de 2016, às 21:00.[carece de fontes]
O programa carregava influências de programas como Saturday Night Live dos Estados Unidos, Monty Python Flying Circus da Inglaterra e do filme Amazon Women on the Moon, tanto no conteúdo quanto no seu formato.[carece de fontes] Cada programa consistia em uma série de esquetes, aleatórios ou seguindo o padrão de quadros fixos.
Segundo Luiz Fernando Guimarães, integrante das 3 primeiras temporadas do programa, Guel Arraes estava procurando um pequeno grupo de atores de teatro para colocar o programa no ar.[carece de fontes]
Vandergleyson Show, transmitido pela TV Bandeirantes em Dezembro de 1987, é considerado o embrião do TV Pirata.[por quem?] O programa foi escrito por Pedro Cardoso e as turmas da Casseta e do Planeta, que apresentou os atores e o esquema inovador de esquetes que seria consagrado no programa da Rede Globo.[carece de fontes]
Na terça-feira, em 5 de abril de 1988,[2] o programa fez sua estreia na Terça Nobre substituindo indiretamente o Viva o Gordo (quando Jô Soares passou para o SBT, seu espaço nas segundas-feiras foi ocupado pela Tela Quente) como principal humorístico da Globo.
O começo foi devagar e TV Pirata quase foi cancelado.[carece de fontes] No começo, a audiência não assimilou bem um programa humorístico que não contava com comediantes e sim com atores dramáticos fazendo comédia (mais tarde, alguns destes atores fariam mais comédias em suas carreiras).[carece de fontes] Também não havia no TV Pirata um conceito de quadros "fixos" comparável ao do modelo de humorísticos tradicionais como Balança Mas Não Cai e Praça da Alegria: diante da contínua criação de novas atrações, nenhum quadro tinha espaço garantido ao longo da temporada.[carece de fontes]
Nas reuniões de redação, os atores e redatores trocavam ideias e se gostavam de um quadro ou de um personagem, pensavam em torná-lo fixo, como o famoso Barbosa.[carece de fontes] O programa teve uma grande renovação pois não contava com plateia ou risadas de fundo, ao contrário de todas as atrações da época.[carece de fontes]
Aos poucos, porém, a organização em esquetes começou a pegar porque fazia piada de todos os tipos, incluindo futebol, política, economia, novelas, celebridades e outros.[carece de fontes] Nenhuma pessoa de qualquer classe econômica ou social escapava do humor do TV Pirata --- nem a TV Globo, "vítima" de sátiras de Globo Rural (Campo Rural), TV Mulher (TV Macho), Roda de Fogo (Fogo no Rabo) e inúmeros outros programas.[carece de fontes]
TV Pirata se consolidou como fenômeno do humor brasileiro, rompendo com o estilo de comédia de tipos que vinha da era do rádio e se estendia como padrão dominante na TV desde os anos 1960. O talento dos atores e dos escritores não podia ser negado, o que ajudou o programa a vencer a categoria de melhor humorístico no Troféu Imprensa de 1988.[carece de fontes]
O programa abria com piratas invadindo o centro de programação de uma emissora e colocando no ar uma fita com uma programação "diferente". Estes foram os quadros mais regulares:
Outros quadros destacados: Relacionamento, Sublime Relacionamento; Supersafo; Combate & Hospital Geral.
Estas temporada foi a que mais teve quadros fixos, que permaneceram no mínimo 5 episódios no programa.[carece de fontes] Também é a mais adorada pelos fãs pois tem os quadros mais memoráveis.[opinião]
Na abertura de 1989, os atores contracenavam com os atores de novelas famosas como Guilherme Karam disfarçado de Leila e matando Odete Roitman, a vilã de Vale Tudo; Louise Cardoso jogando café e leite nas cabeças de Paulo Autran e Fernanda Montenegro em Guerra dos Sexos e Cláudia Raia tomando banho de espuma nas covas do Cemitério de Sucupira em O Bem-Amado. A abertura usava a tecnologia chamada chroma-key, usada anteriormente em três aberturas seguidas (1985-1987) de Viva o Gordo.[carece de fontes]
Marco Nanini foi substituído por Pedro Paulo Rangel, que ficou no programa até a última temporada.[carece de fontes]
Os criadores cumpriram a promessa de não aproveitar em 1989 nenhum quadro ou personagem da temporada anterior, independentemente de critérios de popularidade. A "aposentadoria" de Barbosa foi especialmente lamentada: o personagem só reapareceu no episódio único do talk show Barbosa Nove e Meia. Em geral, os quadros foram menos memoráveis que os de 1988, com destaque para a novela Rala Rala e o seriado Morro do Macaco Molhado.[carece de fontes]
Em 90, a Globo transferiu o programa das noites de terça, para quinta, depois de alguns programas desfez a troca. E em 29 de março daquele ano, entrava no ar a terceira temporada, com muitas mudanças. De volta ao elenco, Marco Nanini substituiu Ney Latorraca em 1990. Louise Cardoso e Cláudia Raia também deixaram o show, tendo seus lugares ocupados por Maria Zilda Bethlem e Denise Fraga. Com um novo tema musical de abertura e novas atrações (a mais lembrada é a novela de época A Perseguida), a terceira temporada do TV Pirata sofreu com a mudança de elenco e com a crise geral da linha de shows da Globo, que não conseguia captar anunciantes (efeito do Plano Collor) nem concorrer com a novela Pantanal. O campeão de audiência de 1988 e 1989 começou a enfraquecer e foi cancelado ainda no primeiro semestre de 1990.[carece de fontes]
Depois de um ano fora do ar (1991), TV Pirata voltou para uma temporada final com grandes mudanças. O programa se tornou mensal, apresentado como uma das atrações da Terça Nobre. O programa não tinha mais quadros nem personagens fixos (exceto o recorrente Caveira, personagem de Antônio Calloni): cada episódio girava em torno de um tema comum (inferno, novela mexicana, TV a cabo e outros). Otávio Augusto, Antonio Calloni e Marisa Orth entraram no elenco. Cláudia Raia também retornou, mas da formação original de 1988, só restavam Débora Bloch e Guilherme Karan. Foi nesta temporada que foi exibido o programa "Quem matou Barbosa?", onde a pergunta dava o tom do programa.[carece de fontes]
Depois de mais de vinte anos e especialmente por suas duas primeiras temporadas, TV Pirata atingiu um status de lenda do humor brasileiro, pois até hoje nunca existiu um programa igual.[parcial] No ano seguinte ao cancelamento do programa, o grupo Casseta & Planeta e outros colaboradores se reorganizaram em torno de mais um projeto inovador: Doris para Maiores, que por sua vez deu origem ao Casseta & Planeta, Urgente! com Claudio Manoel.
Em 2004, a Globo Vídeo lançou um DVD duplo com os melhores quadros do programa, no primeiro disco, dividido em 4 blocos, 2 deles eram os melhores momentos da programação e os restantes com esquetes. No disco 2, a novela completa Fogo no Rabo e todos os episódios da série "O Segredo de Darcy".[3]
Em 2005, em comemoração aos 40 anos da TV Globo, o canal de TV por assinatura Multishow, também pertencente à Globo, reapresentou 34 episódios da primeira temporada do programa que podem ser vistos completos no Youtube.[4][5] Alguns quadros do programa também estão disponíveis no YouTube e no website da TV Globo.
A novela Fogo no Rabo, foi reprisada em maio de 2009, dentro do programa vespertino Vídeo Show, mas consequentemente, picotada totalmente; enquanto um capítulo original do programa tinha 6 minutos, era exibido em 2min apenas um trecho e bem cortado. A trama foi exibida em 20 capítulos e o último capítulo não era o mesmo do programa em 1988.[carece de fontes]
Ela terminou no capítulo em que Barbosa está em um julgamento, isso ocorre no capítulo 13 originalmente, sendo que a trama tem 33. No mesmo programa, foi reprisada a novela Sabrina: os diamantes não são para comer, no mês de novembro de 2010.[carece de fontes]
No fim de dezembro, o Vídeo Show reprisou TV Pirata: quem matou Barbosa? e em fevereiro, a novela Rala Rala. Em junho, foi a vez da esquete Morro do Macaco Molhado.[carece de fontes]
Em 2014 a Rede Globo lançou outro DVD, desta vez com as novelas do programa, mas nenhuma tinha sido colocada completa no produto, apenas os primeiros capítulos. Desde 2018 alguns quadros do TV Pirata foram disponibilizados no Globoplay de forma avulsa.[6] Dentre os quadros disponíveis estão duas paródias de novelas completas: Fogo no Rabo, paródia da novela Roda de Fogo e O Segredo de Darcy.[6]
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