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Universidade Presbiteriana Mackenzie | |
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UPM | |
Lema | Tradição e pioneirismo na educação |
Fundação | 1870 (154 anos) como Escola Americana. 1896 como Mackenzie College, vinculado à Universidade do Estado de Nova Iorque 1952 como Universidade Presbiteriana Mackenzie. |
Tipo de instituição | Privada e confessional |
Mantenedora | Instituto Presbiteriano Mackenzie |
Localização | São Paulo Brasil |
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Docentes | 1.361[1] |
Chanceler | Reverendo Dr. Robinson Grangeiro Monteiro |
Reitor(a) | Dr. Marco Tullio de Castro Vasconcelos |
Total de estudantes | 40 mil[2] |
Campus | Campus Higienópolis (São Paulo) Campus Alphaville (Barueri) Campus Campinas (Campinas) |
Cores da escola | Vermelho, Azul marinho e Branco[3] |
Afiliações | Igreja Presbiteriana do Brasil, Instituto Presbiteriano Mackenzie, CRUB e Fraternidade Reformada Mundial[4] |
Website oficial | |
Universidade Presbiteriana Mackenzie é uma instituição de ensino superior privada e confessional no Brasil. A universidade é mantida pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie, uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos e de finalidade educacional.[5][ligação inativa]
O associado vitalício do Mackenzie é a Igreja Presbiteriana do Brasil.[6] Possui campi de graduação e pós-graduação em São Paulo (Campus Higienópolis), Campinas (Campus Campinas) e Barueri (Campus Alphaville). O Dr. José Inácio Ramos atualmente é o diretor-presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie.[7] O chanceler, que representa o Instituto Presbiteriano Mackenzie em assuntos acadêmicos e confessionais, é o Reverendo Robinson Grangeiro Monteiro.[8] O atual reitor é o Dr. Marco Tullio de Castro Vasconcelos, já que o então reitor, Dr. Benedito Guimarães Aguiar Neto, retirou-se do cargo para assumir a Presidência da Capes, em 12 de fevereiro de 2020.[9]
Atualmente, a Universidade Presbiteriana Mackenzie lidera o ranking entre as instituições não públicas do Estado de São Paulo, segundo o RUF 2018 (Ranking Universitário Folha), atingindo a 33.ª colocação, dentre as 196 avaliadas em âmbito nacional (públicas e não públicas).[10] Além disso, conquistou o quarto lugar na categoria “Mercado de Trabalho”, também entre todas as universidades avaliadas. Segundo classificação do Guia do Estudante do ano de 2017, dos 30 cursos avaliados, administração, ciências biológicas (Licenciatura), ciências contábeis, direito, engenharia elétrica, letras (bacharelado e licenciatura), nutrição, pedagogia e sistemas da informação receberam cinco estrelas. Outros 19 cursos receberam quatro estrelas, e um três estrelas.[11] Em classificações internacionais como o QS World University Rankings a Universidade Presbiteriana Mackenzie figurou na 84.ª posição entres as Universidades da América Latina e na 181.ª entre as Universidades dos países presentes no BRICS. Já no ranking publicado pela Times Higher Education a Universidade foi classificada na posição ''61.ª - 70.ª'', dentre as universidades Latino Americanas.
O Instituto Presbiteriano Mackenzie iniciou suas atividades em 1870. Em 1869, a cidade de São Paulo vivia um clima de efervescência, em que o café era a principal fonte econômica do país. Nessa época, a campanha abolicionista ganhava adeptos, abalando os alicerces políticos do Império e fomentando, numa pequena parcela da população, o desejo de que o Brasil se tornasse uma República.[carece de fontes]
Em meio a esses acontecimentos, chega e se instala na cidade de São Paulo o casal de missionários presbiterianos George e Mary Ann Annesley Chamberlain. Em 1870, enquanto o reverendo Chamberlain empreendia viagens missionárias pelo interior do Estado, sua esposa, Mary, dedicava-se à área pedagógica na residência do casal. Três crianças, sendo dois meninos e uma menina, foram os primeiros alunos de um sistema educacional em turmas mistas, sem os castigos físicos adotados na época. Nascia, assim, uma escola socialmente responsável e integrada à sociedade.[carece de fontes]
Em 1871, a escola da senhora Chamberlain mudou-se para um novo endereço, rua Nova São José, atual Líbero Badaró. A partir de 1872, as aulas passaram a ser pagas – 12 mil réis por trimestre – concedendo-se bolsas parciais e integrais para os alunos carentes. Aceitando a proposta do jornalista José Carlos Rodrigues, adotou-se o nome de Escola Americana. Estudaram na escola nessa época tanto filhos de escravos como de famílias tradicionais.[carece de fontes]
Em 1876, uma nova mudança, agora para a esquina das ruas Ipiranga e São João, com a implantação de dois novos cursos: Escola Normal e o Curso de Filosofia (nível superior). Em 3 de setembro do mesmo ano, era inaugurado um edifício de tijolinhos, cuja parte superior fora reservada para o internato feminino, e o térreo para dois escritórios e três espaçosas salas de aula. Em 1879, Dona Maria Antônia da Silva Ramos, baronesa de Antonina, vendeu ao Reverendo Chamberlain, por 800 mil réis, área de sua chácara em Higienópolis, onde pastavam os cavalos que puxavam suas carruagens e escravos plantavam frutas e hortaliças.[12]
Finalmente, em 1880, adquiriu-se uma área de 27,7 mil metros quadrados no bairro de Higienópolis. A fama da Escola Americana não se restringia ao Brasil, chegando aos ouvidos do advogado americano John Theron Mackenzie que, sem nunca ter vindo ao Brasil, fez constar em seu testamento, em 1890, uma doação à Igreja Presbiteriana americana para que se construísse no Brasil uma escola de Engenharia. Desta forma, tem início o nome utilizado até hoje: Mackenzie. Em fevereiro de 1896, já em Higienópolis, teve início o primeiro ano letivo da Escola de Engenharia Mackenzie, sendo os diplomas ainda expedidos pela Universidade de Nova Iorque.[carece de fontes]
Na década de 1940, o Mackenzie começou introduzir novas unidades e cursos, como a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras em 1946; Faculdade de Arquitetura, em 1947 e a Faculdade de Ciências Econômicas, em 1950. Em 1952, com quatro escolas superiores, o Mackenzie é reconhecido por meio de decreto assinado pelo então presidente Getúlio Vargas como uma universidade. Neste mesmo ano, Dr. Henrique Pegado assume a primeira reitoria da universidade. Em 1955 se iniciam as aulas da primeira turma da então criada Faculdade de Direito, que desde sua fundação destaca-se como uma das escolas mais tradicionais de São Paulo, ao lado da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo de São Francisco.[carece de fontes]
Em 1965, o Mackenzie nomeia Esther de Figueiredo Ferraz para o cargo de reitora. Ela foi a primeira mulher a assumir um cargo de reitora em universidades brasileiras. Ainda durante o mandato de Esther de Figueiredo Ferraz, alunos da Presbiteriana Mackenzie e da Universidade de São Paulo entraram em um conflito conhecido como a Batalha da Maria Antônia. Na época a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (que depois mudou o nome para FFLCH) era na rua Maria Antônia. Houve um grande conflito violento e sangrento entre os alunos pró-ditadura e contra-ditadura, evento que ficou conhecido como a Batalha da Maria Antônia. Os estudantes de esquerda, opositores ao regime militar, se concentraram no prédio da USP, em contra partida, os alunos direitistas locaram-se no prédio Mackenzista, grupo denominado de CCC - Comando de Caça aos Comunistas.[13] Pelas diferenças ideológicas contrastantes, o conflito foi inevitável e só acabou com a repressão da Tropa de Choque solicitada pela então reitora Esther de Figueiredo Ferraz.[carece de fontes]
Em 1970 o Mackenzie abre a Faculdade de Tecnologia para suprir os vários setores tecnológicos do mercado de trabalho de profissionais qualificados em cursos superiores. A Faculdade de Tecnologia se tornaria, em 1999, a Faculdade de Computação e Informática.[carece de fontes]
O campus São Paulo possui atualmente mais de 50 prédios e está localizado no bairro de Higienópolis. Cerca de 35 mil alunos frequentam mais de 40 cursos nos diversos campi do Mackenzie. As unidades de São Paulo e Tamboré oferecem desde a educação infantil à pós-graduação. A unidade de Brasília atende ao colégio e à pós-graduação que também está presente em Campinas, Rio de Janeiro e Recife.[carece de fontes]
A Universidade Presbiteriana Mackenzie é de caráter confessional. Como instituição presbiteriana, é regida pela fé-cristã evangélica reformada e pela ética calvinista de vocação. Assim, o compromisso do Mackenzie é de estimular o conhecimento das "ciências humanas e divinas". Entretanto, o caráter confessional foi questionado em 2013, quando a universidade abriu as portas para um debate sobre diversidade sexual.[carece de fontes]
A Coordenadoria Internacional, criada em julho de 2003, originalmente com o nome de ACOI (Assessoria de Cooperação Interinstitucional e Internacional), representa e apoia a Reitoria da Universidade Presbiteriana Mackenzie, no desenvolvimento e implantação de atividades e projetos interinstitucionais e internacionais, visando à promoção da troca de experiências entre estudantes, docentes e pesquisadores de outras instituições em estudo, pesquisa e extensão. Hoje, é simplesmente denominada COI (Coordenadoria de Cooperação Internacional e Interinstitucional).[14] Entre nossas funções e objetivos estão:
As universidades e instituições conveniadas são:
A Universidade oferece programas de pós-graduação stricto sensu - mestrado, doutorado e pós-doutorado,[15] e lato sensu - especialização e MBA,[16] bem como cursos de extensão.[17] Os programas de pós-graduação stricto sensu são oferecidos no Campus Higienópolis, em São Paulo. A Universidade conta com programas de pesquisa nas mais variadas áreas de conhecimento:[18]
A Editora Mackenzie iniciou suas atividades em 1999, com o intuito de atender à necessidade de divulgação da produção acadêmica de uma instituição de mais de 140 anos de existência. Sua criação coloca a Universidade Presbiteriana Mackenzie ao lado daquelas que têm incentivado e contribuído para a difusão do conhecimento e da cultura, estreitando assim a relação universidade-sociedade.
O objetivo da Editora Mackenzie é a publicação e divulgação da produção acadêmica e intelectual dos profissionais - professores e alunos - ligados à Universidade Presbiteriana Mackenzie e ao Instituto Presbiteriano Mackenzie, bem como de autores de outras instituições. Entre suas principais publicações estão livros paradidáticos, de interesse geral e de caráter mais acadêmico - teses de doutorado e dissertações de mestrado, já convertidas para o formato final de livro - e revistas técnico-científicas das Unidades da Universidade.
O Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologia (MackGraphe) tem por objetivo dominar as técnicas de obtenção do grafeno, tido como a matéria-prima do século XXI. O grafeno, catalogado como o material mais resistente do mundo, é um cristal bidimensional de átomos de carbono, organizados em uma rede de padrão hexagonal. Em comparação com uma substância de uso cotidiano, uma folha grande do material é muito mais fina que a espessura do filme plástico.
Iniciou as atividades em 2013 com um orçamento em torno de US$ 20.000.000,00, que incluiu a construção de um novo prédio (inaugurado no dia 2 de março, 2016, com a presença do Prof. Sir Andre Geim, prêmio Nobel de Física de 2010) com 7 andares mais 2 andares de subsolo e uma sala limpa classe 1.000 com área aproximada de 200 m2. O MackGrapghe é um centro “irmão” do Centre for Advanced 2D Materials (CA2DM), da Universidade Nacional de Cingapura, atuando de forma complementar.
Para que a pesquisa seja capaz de deixar os limites do laboratório, o MackGraphe visa a controlar processos em todos os estágios do desenvolvimento da tecnologia, desde o modelamento dos nanomateriais até sua aplicação, passando pela síntese, caracterização e integração com outros elementos. Isto é obtido através de uma equipe interdisciplinar, que inclui Engenheiros, Físicos e Químicos.[19]
Os primórdios do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (CPAJ) remontam ao final da década de 1970. Por muito tempo, os seminários da Igreja Presbiteriana do Brasil haviam contado com a colaboração de professores enviados pelas igrejas-mães norte-americanas. Mais tarde, a IPB passou a enviar alguns de seus elementos mais promissores para fazerem estudos pós-graduados nos Estados Unidos, o que demonstrou não ser uma solução satisfatória. Surgiu então a necessidade de se proporcionar no próprio Brasil um sólido treinamento teológico reformado aos professores dos seminários e outros líderes da igreja. Pensou-se na criação de uma escola de pós-graduação em teologia, dirigida pela IPB e ligada ao Mackenzie, em que professores de outros países, cuidadosamente escolhidos pela igreja, seriam convidados para organizar os programas e ministrar as aulas.[carece de fontes]