BT-13 Valiant | |
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Descrição | |
Tipo / Missão | Treinador |
País de origem | Estados Unidos |
Fabricante | Vultee Aircraft |
Período de produção | 9.525 |
Primeiro voo em | março de 1939 (85 anos) |
Introduzido em | junho de 1940 |
Tripulação | 2 |
Especificações (Modelo: BT-13A) | |
Dimensões | |
Comprimento | 8,79 m (28,8 ft) |
Envergadura | 12,8 m (42,0 ft) |
Altura | 3,51 m (11,5 ft) |
Área das asas | 22,2 m² (239 ft²) |
Alongamento | 7.4 |
Peso(s) | |
Peso vazio | 1 531 kg (3 380 lb) |
Peso carregado | 2 039 kg (4 500 lb) |
Propulsão | |
Motor(es) | 1x Pratt & Whitney R-985-AN-1 |
Potência (por motor) | 450 hp (336 kW) |
Performance | |
Velocidade máxima | 290 km/h (157 kn) |
Alcance (MTOW) | 1 167 km (725 mi) |
Teto máximo | 6 600 m (21 700 ft) |
Notas | |
Fonte: United States Military Aircraft since 1909[1] |
O Vultee BT-13 Valiant foi um avião de treinamento americano da época da Segunda Guerra Mundial, para treinamento básico (uma categoria entre primário e avançado), construído pela Vultee Aircraft para o Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos e posteriormente para as Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos. Uma variante subsequente do BT-13 em serviço no USAAC/USAAF foi conhecido como BT-15 Valiant, enquanto que uma versão idêntica para a Marinha dos Estados Unidos era conhecida como SNV, utilizada para treinar aviadores navais para a Marinha e seus serviços irmãos, o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e a Guarda Costeira dos Estados Unidos.[2]
O BT-13 foi o treinador básico voado pela maior parte de pilotos americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Foi utilizado na segunda fase de um programa de treinamento de três fases para pilotos. Após o treinamento primário no PT-13, PT-17 ou PT-19, o piloto-aluno passava para o mais complexo Vultee para treinamento continuado. O BT-13 tinha um motor mais potente e era mais rápido e pesado que o treinador primário. Requerida o uso de rádio de comunicação bilateral com o solo, além de operar flaps e uma hélice de passo variável Hamilton Standard com duas posições. Ele, entretanto, não possuía trem de pouso retrátil nem sistema hidráulico. Os flaps eram operados por um sistema de cabos e roldanas. Seus pilotos o apelidaram de "Vibrador Vultee".
Devido à demanda desta aeronave e outras que utilizavam o mesmo motor Pratt & Whitney, alguns foram equipados com motores Wright de tamanho e potência similares em 1941-42. As aeronaves equipadas com motor Wright foram designadas BT-15.
A Marinha dos Estados Unidos adotou o modelo com motor P&W como seu principal treinador básico, designando-o SNV. A produção do BT-13 foi maior do que todos os outros treinadores básicos (BT) produzidos.[3][4][5]
Em 1938, o engenheiro chefe da Vultee, Richard Palmer, começou a projetar um caça monomotor. Na época, o Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos havia emitido um pedido de um treinador avançado, com a promessa de um grande pedido se fosse selecionado. Palmer adaptou seu conceito de caça para um treinador avançado, resultando no protótipo V-51.
O protótipo voou em 24 de março de 1939[6] como um monoplano cantilever de asa baixa e construção de metal, com superfícies de comando cobertas com tela. Utilizava um motor radial Pratt & Whitney R-1340-S3H1-G Wasp de 600 hp (447 kW), com uma hélice de metal de passo variável com duas pás. Possuía uma cabine de pilotagem fechada para o instrutor e para o aluno, com tanques de combustível integrais na asa e um sistema hidráulico para operar os flaps e o trem de pouso retrátil.
O V-51 entrou na competição do USAAC como BC-51 em maio de 1939. O USAAC entretanto escolheu o North American BC-2, mas também adquiriu o protótipo do BC-51 para mais estudos, designando-o BC-3. Palmer então refinou seu projeto, resultando no VF-54, com o alvo de vender o treinador para outros países. Este utilizava a mesma estrutura básica do VF-51, mas equipado com um motor menos potente. Entretanto, não houve pedidos de exportação desta proposta.
O V-54 foi ainda mais refinado, resultando no VF-54A, com um trem de pouso fixo carenado, flaps manualmente operados e com um motor Pratt & Whitney R-985-T3B Wasp Jr. de 450 hp (336 kW). Foi oferecido ao USAAC neste formado e, em agosto de 1939, o modelo foi pedido como BT-13. O pedido inicial foi de 300 aeronaves com o motor Pratt & Whitney R-985-25. A primeira aeronave foi entregue ao USAAC em junho de 1940.
O BT-13A foi produzido em um número de 7.037 unidades e tinha apenas a diferença da substituição por um motor Pratt & Whitney R-985-AN-1 a remoção das carenagens do trem de pouso. 1.125 unidades designadas BT-13B foram então produzidas, diferenciando-se do modelo "A" pela substituição do sistema elétrico de 12v por um de 24v.
Devido à uma grande demanda pelo motor R-985, um total de 1.263 unidades foram produzidas utilizando o motor Wright R-975-11 de igual potência. Foram aceitos no USAAC como BT-15.
A Marinha dos Estados Unidos também comprou 1.150 BT-13A sob a designação SNV-1. Também adquiriu outras 650 unidades designadas SNV-2, baseado no BT-13B.
Uma vez em serviço, a aeronave logo foi apelidada de "Vibrador". Existem várias explicações para este apelido. 1: pelo fato de ter a tendência de chacoalhar violentamente ao se aproximar da velocidade de estol. 2: durante manobras específicas o canopy vibrava. 3: na decolagem, as janelas da aeronave vibravam enquanto em solo. 4: A hélice de duas posições tinham uma irritante vibração em alto "pitch". O BT-13 serviu bem em seu propósito. Ele e seus sucessores não perdoavam tantos erros, mas eram extremamente ágeis. Desta forma, o BT-13 tornou-se uma boa aeronave para ajudar na transição de muitas centenas de pilotos para os treinadores avançados e caças a serem domados. O BT-13 tinha outras falhas. A cauda era presa por apenas três parafusos e após várias falhas em voo, a Marinha restringiu a aeronave de fazer manobras acrobáticas e violentas. A Marinha declarou o SNV obsoleto em maio de 1945 e o substituiu na tarefa com o SNJ (T-6). O Exército dos Estados Unidos também substituiu o BT-13 com o AT-6 antes do fim da guerra.
Após a Segunda Guerra Mundial, praticamente todos foram vendidos como sobras por poucas centenas de dólares cada. Muitos foram comprados apenas para obter seus motores, que eram montados em biplanos (tais como o Stearman) para substituir seus motores menos potentes e usá-los em voos agrícolas. As estruturas do BT foram então sucateadas. Vários outros foram modificados para uso como aeronave civil. Hoje, alguns "BTs" (coletivamente, BT-13, BT-15 e SNVs) ainda voam, apesar de estarem em números muito limitados.