Esta é uma lista de falhanços militares. Por falhanço entende-se um conflito ou confronto armado onde um dos oponentes sofre uma derrota marcada, desproporcionada e inesperada que pode ou não ter tido consequências no rumo da história. As razões para o falhanço militar são diversas e podem incluir mau planejamento, incompetência de tropas e/ou comandantes, condições atmosféricas, problemas técnicos e/ou capacidades excepcionais do inimigo.
Batalha de Drépano, primeira guerra púnica (249 a.C.), 93 navios da frota romana (num total de 120) são afundados pelos cartaginenses depois de uma série de erros trágicos e azares na aproximação dos romanos ao porto de Drepana; o cônsul Públio Cláudio Pulcro foi mais tarde considerado responsável pela debacle e exilado de Roma.
Batalha de Hatim (1187), os exércitos cruzados do reino de Jerusalém são aniquilados pelas forças de Saladino; o desastre ficou a dever-se a excesso de confiança e a uma falta grave de planeamento que levou os cruzados a aventurar-se numa zona desértica sem água suficiente ou provisões adequadas.[5]
Batalha de Stirling (1297), William Wallace, o líder da resistência escocesa, sustém um ataque do exército inglês, comandado por John de Warenne, derrotando por completo o inimigo; o falhanço é mais notável tendo em conta que os ingleses estavam bem armados e equipado, por oposição aos escoceses que nem armaduras tinham, e a inépcia de Warenne, que fez questão de atacar os escoceses através de uma ponte que podia ser bem defendida.[6]
Batalha de Agincourt, guerra dos cem anos (1415) – Uma força muito superior de cavalaria francesa é aniquilada pela infantaria inglesa e seus archeiros; a derrota seguiu o padrão estabelecido em Poitiers e Crécy, quando os franceses, mais uma vez, não tiveram em conta a pontaria dos arqueiros ingleses.[8]
Batalha de Lepanto (1571). A frota cristã derrota o império Otomano na que é considerada a maior batalha naval da história; os otomanos perderam 240 navios, para apenas 12 perdidos pelos europeus.
Na Carga da Brigada Ligeira (1854), um oficial britânico interpretou mal as ordens que lhe foram dadas e em consequência lançou a sua brigada de cavalaria numa carga suicida contra a artilharia russa.[9]
Batalha de Isandlwana (1879), o exército zulu, armado apenas com as suas lanças tradicionais, derrota e destrói dois batalhões de infantaria britânica.[11]
Operação Compass (1941), o exército italiano é destruído na Líbia por forças britânicas (ca. de 36,000 aliados capturaram ca. de 130,000 prisioneiros de guerra italianos); com esta derrota de Mussolini, a Alemanha nazi foi obrigada a mobilizar tropas para o Norte de África.
O ataque a Pearl Harbor (1941) destruiu a frota americana do Pacífico, atrasando a entrada efetiva da Marinha dos EUA na guerra do Pacífico por cerca de 6 meses; apesar dos estado-unidenses terem tido provavelmente informação prévia do ataque, via MAGIC.[14]
Operação Typhoon (1941), tentativa desastrosa do exército nazista de tomar Moscovo; o episódio alcançou proporções trágicas na infantaria alemã principalmente devido ao otimismo cego de Hitler, que proibiu que se levasse equipamento de inverno na expedição (porque queria tudo acabado no Verão).[15]
Queda de Singapura (Fevereiro de 1942), uma colónia britânica considerada inexpugnável, foi capturada por duas divisões de tropas japonesas; é a maior rendição em massa da história militar do Reino Unido.[16]
Batalha de Midway (1942), tentativa da marinha japonesa, comandada pelo Almirante Yamamoto de capturar a base naval americana de Midway; a derrota marcante dos japoneses foi pelo menos em parte devida à eficiência dos criptanalistas americanos que descodificaram as mensagens que anteciparam o ataque.[17]
Operação Market Garden (1944), a tentativa pelos aliados de tomar posições atrás das linhas de defesa nazis nos Países Baixos, não só falhou completamente todos os objetivos como causou a destruição da 1ª Divisão Aerotransportada Britânica.