| ||
---|---|---|
Bairro do Brasil | ||
Localização | ||
Coordenadas | ||
Município | Porto Alegre | |
Características geográficas | ||
Área total | 570 hectares | |
População total | 47,460 hab (2 000) 22,123 homens 25,337 mulheres hab. | |
Densidade | 83 hab/ha hab./km² | |
Outras informações | ||
Taxa de crescimento | (-) 0,1 % (de 1991 a 2000) | |
Domicílios | 14.899 | |
Rendimento médio mensal | 7,54 salários mínimos |
Partenon é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Foi criado em 7 de dezembro de 1959 com limites ampliados em 1990.
A história do bairro começou quando alguns literatos de Porto Alegre passaram a se encontrar com certa frequência e, desses encontros, nasceu a Sociedade Partenon Literário,[2] oficialmente fundada em 1868. Sem endereço fixo para suas reuniões, eles perambulavam pelas livrarias e cafés da cidade.
Com o aumento de prestígio da sociedade, um componente do grupo propôs a construção de uma sede. Um deles então doou algumas de suas terras, localizadas no topo de um morro. Os membros da sociedade sonhavam em ali construir uma réplica do Partenon grego. Em 1873, no lugar onde hoje é a Igreja de Santo Antônio (localizada no bairro homônimo), foi lançada a pedra fundamental da sede, mas a ideia não prosperou. Paralelamente, um grande plano de urbanização e loteamento da área encontrava-se em curso. Num acordo com os membros da sociedade, o loteamento utilizaria o nome "Partenon" e a sociedade receberia parte do terreno a ser loteado. Porém, em 1899, a sociedade se dissolveu e doou seus terrenos à Santa Casa de Misericórdia. Teve suas atividades reiniciadas em 19 de julho de 1997.
As primeiras ruas do bairro Partenon foram a Rua Dr. Caldre Fião, atualmente Rua Paulino Chaves, e a Rua 18 de Junho (dia da fundação da Sociedade Partenon Literário), que não existe mais. Algumas ruas possuem nomes de escritores consagrados, como Machado de Assis, Luís de Camões e Monteiro Lobato.
A Igreja de Santo Antônio, inaugurada em maio de 1875, teve função muito importante no desenvolvimento do bairro Partenon, impulsionado também com a chegada do bonde elétrico a partir de 1910. Em 1884 foram inaugurados os pavilhões do Hospício São Pedro, assim designado até 1925, e que passou a ser chamado Hospital São Pedro até 1961, quando então assumiu a atual identidade de Hospital Psiquiátrico São Pedro.[3]
O bairro é cortado pela Avenida Bento Gonçalves, que se tornou uma das principais artérias da cidade de Porto Alegre. Às margens desta avenida se desenvolveu uma ampla rede comercial, que vai de pequenos estabelecimentos a hipermercados. A mesma diversificação de oferta se dá também no que se refere à educação onde, na mesma avenida, são encontradas desde escolas de segundo grau estaduais e particulares, até a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,[4] que inaugurou seu Campus Central em 1968, ocupando uma grande área dentro do bairro.
O Partenon reúne moradores de classe média e baixa.
Encontram no bairro algumas vilas, tais como a Vila Ceres, a Vila Maria Degolada,[5][6] o Campo da Tuca,[6][7][8] a Vila João Pessoa, a São José[9] e Morro da Cruz,[6][10] onde ocorre a procissão da Sexta-feira Santa acompanhada da encenação dos últimos momentos da vida de Jesus Cristo.[11][12]
Uma das subdivisões não oficiais do bairro Partenon é o Campo da Tuca, uma vila que tem este nome devido ao campo de futebol e em homenagem a uma moradora antiga mais popularmente conhecida como "Tuca".[13] A comunidade vive socialmente em torno das atividades da Associação Comunitária do Campo da Tuca, que foi fundada em 1 de agosto de 1978.[13]
Outra parte do Partenon que é tida como um bairro, apesar de não ser reconhecido oficialmente[14] como tal, é chamada de Intercap: delimitada pelas avenidas Ipiranga, Antônio de Carvalho, Bento Gonçalves e Rua Albion.
Cultural
Avenida Bento Gonçalves, da esquina da Rua Veador Porto até a Rua Humberto de Campos e, por esta, até a Rua Caldre e Fião; desta, até a Rua Marieta; e, por esta, até a Rua Águas Mortas; e, por esta, até a Rua Martim Minaberry; desta, até a Rua D. João VI; e, por esta, até a Rua Pedro Boticário; indo por esta última da Rua Paulino Azurenha até a rua projetada, diretriz do Plano Diretor 3708; e, por esta diretriz, até o encontro do projetado prolongamento da Rua Bernardo Guimarães; por este prolongamento e pela Rua Bernardo Guimarães até a Rua Mário Artagão; por esta, até a Rua Manoel Vitorino; e, por esta, até a Avenida Coronel Aparício Borges; pela avenida citada até a Rua Coronel José Rodrigues Sobral; e, por esta última, até a Rua Outeiro; indo por esta última até a Avenida Bento Gonçalves; desta, até a Rua São Guilherme; e, por ela e seu prolongamento, até a Rua Ernesto Araújo; deste ponto, por uma linha reta, seca e imaginária, até o marco geodésico do Morro da Companhia; daí, por uma linha reta, seca e imaginária, até encontrar o ponto de convergência da Rua Soldado José da Silva com a Rua Capitão Manoel Pozo Bravo; por esta última, até a Avenida Bento Gonçalves; e, daí, pela Avenida Antônio de Carvalho até a Avenida Ipiranga, por esta, até a Rua Veador Porto; e, por esta, finalmente, até a Avenida Bento Gonçalves.
Seus bairros vizinhos são: Santana, Santo Antônio, Jardim Botânico, Coronel Aparício Borges, Vila João Pessoa, São José e Agronomia.