Sarcoglottis é um génerobotânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceae). Foi proposto por C.Presl em Reliquiae Haenkeanae 1(2): 95, em 1827, tipificado pela Sarcoglottis speciosaC.Presl. O nome vem do grego sarkos, carne, e glottas, língua, em referência à espessura do labelo de suas flores.[1]
São cerca de quarenta e cinco ervas terrestres de raízes carnosas, que habitam climas diversos conforme a espécie, campos abertos arenosos e rochosos, florestas abertas e sombrias, úmidas ou secas. A maioria das espécies brasileiras prefere brejos, várzeas ou matas sombrias e ricas de detritos vegetais. Estão presentes em todos os países latino-americanos, excetuado o Chile, até 2700 metros de altitude.
Distingüe-se este gênero pelas suas largas folhas planas e pelo labelo de suas longas flores, de diversos modos lobado, sem calos, alargado em lâmina terminal, na base concrescido às sépalas laterais, provido de longos e espessos aurículos basais projetados para trás, ladeando o unguículo que é estreito e longo.
Suas diversas folhas, de verde vivo, ocasionalmente pontilha¬das, riscadas ou maculadas de prata, mais ou menos carnosas, pecioladas, raro sésseis, formam uma roseta basal que começa a fenecer durante a floração; inflorescência ereta com muitas ou poucas flores, então condensadas no ápice da haste; as flores são carnosas e moderadamente vistosas, de cores diversas, de palha a verde, amarelo e bronze.
Recentemente Szlachetko propôs dois novos gêneros a serem criados de a partir de espécies até agora consideradas parte de Sarcoglottis. Um desses gêneros, Zhukowskia, seria composto por três espécies da América Central, duas provenientes de Sarcoglottis e uma de Pelexia, e que, por apresentarem calcarnectário, seriam intermediárias entre estes gêneros citados, entretanto aqui consideramos este gênero como sinônimo de Sarcoglottis.
O outro gênero, do qual fazem parte oito espécies brasileiras é Veyretia, o qual parece ter sido amplamente aceito pela comunidade científica.