Valerie Mizrahi | |
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Conhecido(a) por | pesquisa sobre o bacilo da tuberculose |
Nascimento | 1958 (67 anos) Harare, Rodésia, (hoje Zimbábue) |
Nacionalidade | sul-africana |
Alma mater | |
Prêmios | |
Instituições | Universidade da Cidade do Cabo |
Campo(s) | Biologia molecular |
Valerie Mizrahi (Harare, 1958) é uma bióloga sul-africana. Seu trabalho consiste no estudo da Mycobacterium tuberculosis, o bacilo causador da tuberculose, doença que anualmente faz mais de 1,4 milhão de vítimas no mundo e é a principal causa de morte na África do Sul.[1]
Em 2000, foi agraciada com o Prêmio L'Oréal-UNESCO para mulheres em ciência.
Valerie nasceu em Harare, em 1958, na antiga Rodésia, hoje no Zimbábue. É filha de Morris e Etty Mizrahi, uma família de judeus sefarditas que vieram da Ilha de Rodes, na Grécia.[2] Ingressou na Universidade da Cidade do Cabo, onde obteve bacharelado em ciências, na área de química e matemática. O doutorado em química foi pela mesma instituição.[3][4][5]
Entre 1983 e 1986, fez pós-doutorado na Universidade Estadual da Pensilvânia. Trabalhou para uma companhia farmacêutica, a Smith, Kline & French.[4] Em 1989, inaugurou um laboratório no Instituto de Pesquisa Médica da África do Sul e na Universidade de Witwatersrand, onde permaneceu até 2010.[3][4]
Sua pesquisa foca em buscar um tratamento mais eficaz para a tuberculose e combater a resistência do bacilo aos antibióticos.[6] Em 2011, Valerie tornou-se a diretora do Instituto de Doenças Infecciosas e Medicina Molecular da Universidade da Cidade do Cabo.[3] É diretora da unidade de pesquisa do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul e da divisão do Centro de Excelência em Pesquisa Biomédica em Tuberculose.[3]
É autora de mais de 140 artigos científicos, livros e capítulos de livros nas áreas de química orgânica, enzimologia, bioquímica, fisiologia micobacteriana e metabolismo. Em 2017 foi uma das editoras do livro de referência no bacilo da tuberculose.[3][4]
Em 2000, Valerie foi agraciada com o Prêmio L'Oréal-UNESCO para mulheres em ciência. Em 2006, recebeu a Medalha de Ouro da Sociedade Sul-Africana de Bioquímica e Biologia Molecular por suas pesquisas na área, além de receber o Distinguished Woman Scientist Award do Departamento de Ciência e Tecnologia. É membro da Royal Society da África do Sul e membro da Academia de Ciências da África do Sul e da Sociedade Americana de Microbiologia desde 2009.[3][4][7]
Foi indicada para a Ordem de Mapungubwe em 2007, a maior honraria civil da África do Sul. Entre 2000 e 2010, foi pesquisadora estrangeira do Instituto Médico Howard Hughes, sendo indicada para pesquisadora sênior do instituto em 2012, até 2017.[3] Em 2013, foi premiada com o Christophe Mérieux Prize, do Institut de France, por seu trabalho com tuberculose.[3][4][5]