Émilie Charmy | |
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Nascimento | Émélie Espérance Barret 2 de abril de 1878 Saint-Étienne |
Morte | 7 de novembro de 1974 (96 anos) Crosne |
Cidadania | França |
Cônjuge | Georges Bouche |
Ocupação | pintora |
Distinções |
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Movimento estético | fauvismo |
Émilie Espérance Barret, conhecida pelo nome artístico de Émilie Charmy (Saint-Etienne, 2 de abril de 1878 — Paris, 7 de junho de 1974) foi uma pintora vanguardista francesa. Suas obras são ligadas ao impressionismo, ao pós-impressionismo e ao fauvismo[1][2]. Trabalhou intimamente com artistas do fauvismo, como Henri Matisse, e expôs seus trabalhos em Paris, geralmente com Berthe Weill[3].
Tornou-se artista mesmo contra as regras exigidas para as mulheres na França de sua época, tornando-se uma pintora famosa e bastante respeitada pelos colegas. Pintou natureza morta, paisagens, figuras e muitos nus femininos, algo muito raro para uma artista de seu tempo. Seus primeiros trabalhos possuem clara influência impressionista e pós-impressionista. Com o passar dos anos, ela desenvolveu um estilo mais fauvista e da Escola de Paris[1][4].
Émilie nasceu em 2 de abril de 1878 em Saint-Etienne[2]. Seu avô foi o bispo de Toulouse e seu pai era dono de uma fundição. Émilie tinha dois irmãos mais velhos, um deles morreu devido à apendicite[1]. Órfã aos 14 anos, ela e seu irmão Jean Barret foram morar com parentes em Lyon. Demonstrando um nato talento para as artes e para a música, Émilie começou a estudar com Jacques Martin por influência do irmão, que a colocou em seu longo caminho pelo mundo das artes[1][2][5].
Émilie estudou em uma escola católica e ao se formar recebeu a licenciatura, que era o limite da época para a educação superior das mulheres[1]. Recusando vários empregos para ser professora no início dos anos 1890, ela começou a estudar no estúdio de Jacques Martin, em um momento crítico para o desenvolvimento de sua carreira[4]. Jacques conhecia muitos artistas em Lyon que se tornaram fundamentais para inspirar o estilo de Émilie. Foi por volta dessa época que ela também adotou seu pseudônimo[1][5].
Em 1912, ela conheceu o pintor George Bouche e juntos eles tiveram um filho, Edmond, que nasceu em 1915. Eles se casaram apenas em 1935[2]. George morreu em 1941 e durante a Segunda Guerra Mundial Émilie e seu filho foram morar em Marnat, em isolamento. Com o fim da guerra, ela retornou a Paris, mas muitos artistas que ela conhecia não mais moravam na cidade[1][2]. Ela também passou a exibir menos seu trabalho com o fim da guerra[2][4].
Émilie faleceu em 7 de junho de 1974, em Paris[1][2].