TACK

Como ler uma infocaixa de taxonomiaTACK
Classificação científica
Domínio: Archaea
Reino: Proteoarchaeota
Superfilo: Grupo TACK
Guy & Ettema 2011
Filos
Sinónimos

TACK é um clado de organismos pertencntes ao domínio Archaea, cujo nome é um acrónimo para Thaumarchaeota (agora Nitrososphaerota), Aigarchaeota, Crenarchaeota (agora Thermoproteota) e Korarchaeota, os primeiros grupos de arqueias descobertos pertencntes ao clado. Estes microrganismos ocorrem em ambientes que variam de acidofílicos termófilos a mesófilos e psicrófilos e com diferentes tipos de metabolismo, embora predominantemente organismos anaeróbicos e quimiossintéticos.[3] TACK é um clado que é o grupo irmão do ramo Asgard que deu origem aos eucariontes. Foi proposto que o clado TACK seja classificado como Crenarchaeota e que o tradicional "Crenarchaeota" (Thermoproteota) seja classificado como uma classe chamada "Sulfolobia", em conjunto com os outros filos com nível taxonómico de classe.[4]

Classificação

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  • Thermoproteota (anteriormente Crenarchaeota) — grupo mais conhecida de Archaea e o mais abundante nos ecossistemas marinhos. Foram anteriormente considerados de sulfobactérias por causa de sua dependência em relação ao enxofre e são importantes como fixadores de carbono. Existem espécies hipertermófilas em fontes hidrotermais, mas alguns grupos são os organismos mais abundantes em profundidades inferiores a 100 m.
  • "Aigarchaeota" — filo proposto a partir do genoma da espécie candidata Caldiaarchaeum, subterrânea, encontrada nas profundezas de uma mina de ouro no Japão. Sequências genómicas deste grupo também foram encontradas em ambientes geotérmicos, terrestres e marinhos.
  • "Geoarchaeota" — organismos termofílicos que vivem em ambientes ácidos reduzindo o ferro férrico. Alternativamente, foi proposto que este e o grupo anterior realmente pertencem ao filo Nitrososphaerota.
  • Nitrososphaerota (anteriormente Thaumarchaeota) — inclui organismos mesófilos ou psicrófilos (médias e baixas temperaturas), de metabolismo quimiolitoautotrófico oxidante de amónia (nitrificantes) que podem desempenhar um papel importante em ciclos bioquímicos, como os ciclos do azoto e do carbono.
  • "Bathyarchaeota" — abundante nos sedimentos do fundo do mar com escassez de nutrientes. Pelo menos algumas linhagens apresentam homoacetogénese, um tipo de metabolismo até então considerado exclusivo das bactérias.
  • "Korarchaeota" — encontrados em ambientes hidrotermais e em baixa abundância, parecem diversificados em diferentes níveis filogenéticos de acordo com a temperatura, salinidade (água doce ou marinha) e geografia.

Os dados disponíveis permitrm construir os seguintes cladogramas:

McKay et al. 2019[5] com base em 16S rRNA LTP_06_2022[6][7][8] 53 marcadores proteicos de GTDB 08-RS214[9][10][11]
"TACK"

"Korarchaeota"

"Bathyarchaeota"

"Aigarchaeota"

Nitrososphaerota

"Verstraetearchaeota"

Thermoproteota

"Geoarchaeota"

"Marsarchaeota"

"TACK"
Nitrososphaerota
Conexivisphaeria

Conexivisphaerales

Nitrososphaeria

Nitrososphaerales

Nitrosopumilales

Thermoproteota
Thermoproteia

Thermoproteales

Fervidicoccales

Desulfurococcales 2

Desulfurococcales

Sulfolobales

"TACK"
"Korarchaeia"

"Korarchaeales"

"BAT"

"Bathyarchaeia" (MCG)

Nitrososphaeria_A

"Caldarchaeales"

("Aigarchaeota")
Nitrososphaeria

"Geothermarchaeales"

Conexivisphaerales

Nitrososphaerales
(Thaumarchaeota)

"Sulfobacteria"
"Methanomethylicia"

"Methanomethylicales"

"Nezhaarchaeales"

("Verstraetearchaeota")
"Thermoproteia"

"Gearchaeales"

"Thermofilales"

Thermoproteales

"Sulfolobia"

"Marsarchaeales"

Sulfolobales

Thermoproteota

Hipótese eócita

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A hipótese do eócito proposta na década de 1980 por James Lake sugere que os eucariotas emergiram dentro dos eócitos procarióticos.[12] Neste contexto, uma evidência que suporta uma estreita relação entre TACK e eucariotas é a presença de um homólogo da RNA polimerase subunidade Rbp-8 em Thermoproteota, mas não em Euryarchaea.[13]

Hipótese eócita.[14]
  1. Lake, J.A.; Henderson, E.; Oakes, M. (Clark, M.W.) (1984). «Eocytes: A new ribosome structure indicates a kingdom with a close relationship to eukaryotes». PNAS. 81 (12): 3786–3790. PMC 345305Acessível livremente. PMID 6587394. doi:10.1073/pnas.81.12.3786Acessível livremente 
  2. Lake, J.A. (2015). «Eukaryotic origins». Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci. 370 (1678). 20140321 páginas. PMC 4571561Acessível livremente. PMID 26323753. doi:10.1098/rstb.2014.0321 
  3. Guy, Lionel; Ettema, Thijs J.G. (2011). «The archaeal 'TACK' superphylum and the origin of eukaryotes». Trends in Microbiology. 19 (12): 580–587. doi:10.1016/j.tim.2011.09.002 
  4. Cavalier-Smith, Thomas; Chao, Ema E-Yung (2020). «Multidomain ribosomal protein trees and the planctobacterial origin of neomura (Eukaryotes, archaebacteria)». Protoplasma. 257 (3): 621–753. PMC 7203096Acessível livremente. PMID 31900730. doi:10.1007/s00709-019-01442-7 
  5. McKay, L.J., Dlakić, M., Fields, M.W. et al. Co-occurring genomic capacity for anaerobic methane and dissimilatory sulfur metabolisms discovered in the Korarchaeota. Nat Microbiol 4, 614–622 (2019) doi:10.1038/s41564-019-0362-4
  6. «The LTP». The All-Species Living Tree Project. Consultado em 10 Maio 2023 
  7. «LTP_all tree in newick format». The All-Species Living Tree Project. Consultado em 10 Maio 2023 
  8. «LTP_06_2022 Release Notes» (PDF). The All-Species Living Tree Project. Consultado em 10 Maio 2023 
  9. «GTDB release 08-RS214». Genome Taxonomy Database. Consultado em 10 Maio 2023 
  10. «ar53_r214.sp_label». Genome Taxonomy Database. Consultado em 10 Maio 2023 
  11. «Taxon History». Genome Taxonomy Database. Consultado em 10 Maio 2023 
  12. (UCLA) The origin of the nucleus and the tree of life Arquivado em 2003-02-07 na Archive.today
  13. Kwapisz, M.; Beckouët, F.; Thuriaux, P. (2008). «Early evolution of eukaryotic DNA-dependent RNA polymerases». Trends Genet. 24 (5): 211–5. PMID 18384908. doi:10.1016/j.tig.2008.02.002 
  14. Cox, C. J.; Foster, P. G.; Hirt, R. P.; Harris, S. R.; Embley, T. M. (2008). «The archaebacterial origin of eukaryotes». Proc Natl Acad Sci USA. 105 (51): 20356–61. Bibcode:2008PNAS..10520356C. PMC 2629343Acessível livremente. PMID 19073919. doi:10.1073/pnas.0810647105Acessível livremente