Ao contrário dos anos 90 em que a sociedade se manteve fiel aos mesmos gêneros musicais, os ritmos e a nova forma de se ouvir música influenciaram bastante as pessoas durante os anos 2000 e ainda continuam a evoluir. Os formato do CD acabou perdendo força com o lançamento dos MP3 players, se tornando cada vez mais frequente adquirir música a partir de downloads e redes sociais.[1] Apesar disso, a década marcou também a volta de mídias antigas, como no ano de 2008, quando as vendas de discos de vinil aumentaram, com cerca de 1,9 milhões de unidades foram vendidas, sendo um número superior à qualquer ano no mercado fonográfico desde 1991.[2] A utilização da internet aumentou muito à medida em que os anos se passavam ao longo da década. Contudo, esse aumento acabou potencializando a popularização dos downloads ilegais de músicas protegidas por direitos autorais, causando uma certa tensão entre a indústria musical e o público e gerando dúvidas sobre a popularidade das músicas nas paradas de sucesso.
O Hip-hop americano acaba se tornando a escolha preferida da juventude nas grandes cidades,[3] por vezes tornando-se até mais popular que o pop e o rock. De fato, os ritmos musicais urbanos, como: R&B, hip-hop e reggae tomaram conta das grandes paradas de sucesso, em principal a Billboard Hot 100 ao longo daqueles 10 anos.
O álbum Invincible de Michael Jackson é escolhido pela Billboard como o melhor álbum da década de 2000.
A cantora estadunidense Britney Spears é a artista que mais vendeu discos na década de 2000, com mais de 54 milhões e cerca de 100 milhões de álbuns vendidos por toda a carreira. Seus principais sucessos durante a década Foram: Oops!...I Did It Again, I'm a Slave 4 U, Toxic, Gimme More, Piece Of Me, Womanizer, Circus e 3. Britney é conhecida como a eterna Princesa do pop e também é considerada um dos 3 ícones da música pop, juntamente à Madonna e Michael Jackson. E além de ser a cantora viva mais premiada da história com mais de 400 prêmios, Britney se tornou a artista mais jovem a receber uma estrela na Calçada Da Fama.
Alicia Keys foi a cantora de R&B mais bem sucedida da década, vendeu 15 milhões de álbuns só nos Estados Unidos e 30 milhões mundialmente. Tornou-se a primeira artista de R&B e negra a ter 4 álbuns estreando consecutivamente no topo da Billboard 200 (chart de álbuns) e 5 álbuns estreando de forma consecutiva em #1 na Billboard Top R&B/Hip-Hop Álbuns, além dos 4 singles em primeiro lugar na Billboard Hot 100 e 7 singles em primeiro lugar da Billboard R&B.
Em 2002, outra artista ganha grande destaque, Avril Lavigne, com seu jeito rebelde que conquistou os jovens de todo o mundo, com grande impacto na indústria, seu disco de estreia Let Go foi um grande sucesso vendendo mais de 20 milhões de cópias, e presenteando o mundo com um dos maiores hits da década "Complicated", entre o álbum e singles Avril teve 8 indicações ao Grammy. Em 2007 ganhou o mundo mais uma vez com o maior hit do ano "Girlfriend", que foi #1 em mais de 40 países e lhe rendeu seu primeiro #1 na Billboard 100. Até agora seus até então 5 álbuns venderam mais de 40 milhões de cópias e mais de 60 milhões de singles.
Ainda no fim da década, artistas como Miley Cyrus, Demi Lovato, Miranda Cosgrove e as bandas Selena Gomez & the Scene e Jonas Brothers acabaram participando da onda pop/rock voltado para crianças e adolescentes. Os principais veículos de divulgação do gênero eram as emissoras norte-americanas Disney Channel e Nickelodeon. Os artistas do gênero se tornaram grandes produtos para suas respectivas emissoras, através de Filmes e séries.
O Electro junto com o House torna-se popular em meados da década, substituindo as influências do jazzy e latinas do início de 2000. O Electro House torna-se popular em clubes ao redor do mundo com grupos como MSTRKRFT e Justice. Tornando popular o Live PA, que é o ato de remixar músicas ao vivo para um público.
O Dubstep e Bassline conseguiu se firmar no cenário europeu, tornando-se bastante famoso.
Grupos formados por garotas são populares durante grande parte da década. Como a banda russa t.A.T.u. que se torna a banda mais popular do leste europeu e ainda é única banda russa a ganhar sucesso na mídia internacional.
Diversos grupos de novas formas de rock e rock alternativo surgem no começo da década, como The Vines e Jet que depois deram espaço a Evermore e Wolfmother e vários outros no fim da década.
A banda RBD torna-se um enorme sucesso no meio da década, arrastando uma legião de fãs jovens por todos os lados das Américas, mas acaba se separando em 2009.
No Brasil, o R&B americano e o pop rock é dominante nas rádios populares das grandes cidades. Porém, existem diversos movimentos populares que acabou popularizando novos ritmos ao longo da década como o forró universitário, forró moderno e o funk carioca, além de diversos ritmos e artistas estrangeiros virarem febre entre os jovens dentre eles está em destaque o grupo mexicano RBD que se tornou fenômeno entre jovens e adolescentes entre 2005 e 2008 .
No começo da década artistas pop como: Kelly Key, Rouge, Br'oz, Latino e Luka atingiram seu auge, perdendo posteriormente popularidade do meio para o fim da década.
O maior grupo brasileiro da década foi o Rouge. O girl group brasileiro foi formado em 2002 por meio do reality show "Popstars", transmitido pelo canal de tv brasileiro SBT e era integrado por 5 garotas: Aline Wirley, Fantine Thó, Karin Hils, Luciana Andrade e Patrícia (hoje com um novo nome artistitico, Lissah Martins), até Andrade anunciar sua saída do grupo em uma coletiva de imprensa no começo do ano de 2004. O primeiro disco do grupo, Rouge (2002), atingiu a incrível marca de 2 milhões de cópias vendidas apenas no Brasil. O sucesso do álbum ficou marcado pelas canções: "Não Dá pra Resistir", "Beijo Molhado" e "Ragatanga", a canção mais famosa do grupo e uma das mais relembradas dos anos 2000. O segundo álbum de estúdio, C'est La Vie (2003), vendeu cerca de 250 mil cópias e originou os hits "Brilha la Luna" e "Um Anjo Veio me Falar". Após a saída de Luciana, as quatro integrantes restantes continuaram e lançaram os dois últimos álbuns do grupo: Blá Blá Blá (2004) e Mil e Uma Noites (2005).
Também no começo da década, Marisa Monte lançou poucos trabalhos, apenas 3 álbuns de estúdio e um em grupo (Tribalistas). O álbum solo Memórias, Crônicas e Declarações de Amor lançado em 2000, vendeu cerca de 1 milhão e 800 mil cópias somente no Brasil. Ela participou do trio Tribalistas, junto com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, que atingiram a marca de 1,5 milhão de discos vendidos no Brasil, e se somados às vendas no exterior, o trabalho totaliza 2,500 milhão de exemplares vendidos. No final desta década, Marisa Monte atingiu a marca 5,850 milhões de CDs e DVDs vendidos no Brasil e 10 milhões no mundo inteiro, sendo a cantora de MPB que mais vendeu discos no planeta.
Surge a sensação da MPB Maria Rita, conhecida também por ser filha de Elis Regina. Já no disco de estréia, foi posta pela mídia como a grande revelação musical do momento, alcançando a marca de 1 milhão cópias vendidas apenas no Brasil. A cantora lançou ainda mais dois discos de sucesso durante a década e ganhou seis Grammys Latinos.
A banda de pop/rock Kid Abelha (banda que mais vendeu discos no país durante as décadas de 1980 e 1990) lançou três álbuns de estúdio, mas chegou ao auge com seu Acústico MTV, lançado em 2002, para comemorar os 20 anos de existência do grupo. A banda é a única a ter 20 singles em 1º lugar em todas rádios brasileiras e 13 singles no Top 10.
Sandy & Junior, a maior dupla de música pop brasileira (quebrando absolutamente vários recordes de vendas entre as décadas de 1990 e 2000), em 2006 atingiram a marca 15 milhões de álbuns vendidos apenas em território nacional, no entanto em 2007 se separam, após o lançamento do cd "Acústico MTV". Sandy lançou o primeiro disco solo Manuscrito no primeiro ano da década seguinte, vendendo cerca de 50.000 cópias nas duas primeiras semanas de lançamento e ganhando certificado de ouro pela ABPD.
No início e meio da década, artistas de rock alternativo e pop rock faziam um imenso sucesso no Brasil, como: Detonautas, Pitty, CPM 22 e Angra. Posteriormente, bandas formadas no final dos anos 90 e início dos anos 2000, só conseguiram atingir topo das paradas brasileiras no fim da década, como: Fresno, NX Zero e Strike.
O forró e o calipso sofreram uma enorme renovação, trazendo letras com conteúdos que atraem principalmente os jovens e substituindo-se a tradicional sanfona, por guitarras. O celeiro do forró continua sendo o Ceará. Já no norte do país, o destaque ficou com o estouro do calipso, que se separou estilisticamente da lambada e tomou seu próprio rumo na voz da cantora Joelma. As bandas de maior sucesso foram: Banda Calypso (calipso), Companhia do Calypso (calipso), Cavaleiros do Forró (forró), Calcinha Preta (forró) e Aviões do Forró (forró) e Banda Magnificos.
O Axé que na década anterior dominou as rádios de todo país, perdeu força, se restringindo à Salvador, muitas vezes sendo substituído pela suingueira. Poucos artistas e bandas antigas como: Ivete Sangalo, Chiclete com Banana, Daniela Mercury e Asa de Águia com uma vertente voltada mais para o pop, ainda desfrutaram do sucesso nacional. Cláudia Leitte que fazia parte da banda Babado Novo, foi a única grande revelação do axé nesta década.
Também no começo dos anos 2000, Daniela Mercury - a Rainha do Axé (que mais vendeu discos na década de 1990), resolveu experimentar novas sonoridades além do puro axé, lançando um cd mesclado com a música Eletrônica. A ideia não agradou bastante seu público fiel. E a partir daí, iniciou-se o declínio em sua carreira, seus dias de glória, ficaram no passado. Sendo assim, seu posto de Rainha do Axé foi ocupado por Ivete Sangalo, que chegou ao auge de sua carreira com disco MTV Ao Vivo - Ivete Sangalo, lançado em 2004, quebrando recordes sequentes de vendas no Brasil.
Ivete Sangalo, Banda Calypso e Padre Marcelo Rossi foram os artistas que mais fizeram sucesso na década, tanto em questão de vendas, quanto em popularidade.
Surge Sambô, banda de "rock-samba" (termo usado para diferenciar do samba-rock),[18] o grupo grava covers de rock e pop em ritmo de samba e pagode.[19][20]