Brasilotitan nemophagus | |
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Classificação científica | |
Domínio: | Eukaryota |
Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Clado: | Dinosauria |
Clado: | Saurischia |
Clado: | †Sauropodomorpha |
Clado: | †Sauropoda |
Clado: | †Macronaria |
Clado: | †Titanosauria |
Clado: | †Lithostrotia |
Gênero: | †Brasilotitan Machado et al., 2013 |
Espécies: | †B. nemophagus
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Nome binomial | |
†Brasilotitan nemophagus Machado et al., 2013
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Brasilotitan é um gênero de dinossauro do clado Titanosauria do Cretáceo Superior do Brasil. Viveu nas redondezas do atual estado de São Paulo, a cerca de 85 milhões de anos atrás.
Há uma única espécie descrita para o gênero Brasilotitan nemophagus.
Seus restos fósseis foram encontrados pelo paleontólogo brasileiro William Roberto Pava, próximo a rodovia Raposo Tavares, que fica no município de Presidente Prudente, em São Paulo. Sendo da Formação Adamantina, esses vestígios são datados dos estágios Turoniano-Santoniano, tendo cerca de 85 milhões de anos.[1]
Os fósseis do Brasilotitan estão entre os dinossauros mais completos do Brasil. Foram descobertos partes da mandíbula, algumas vértebras, uma pata e pedaços da pélvis.
A característica óssea mais marcante desse dinossauro é sua mandíbula "quadrada" que se assemelha com a mandíbula do Antarctosaurus e do Bonitasaura, outros dois gêneros de saurópodes presentes no Brasil. Além disso, as vertebras do Brasilotitan são diferentes dos fósseis de qualquer outro dinossauro descoberto no Brasil até então, o que distancia ele dos demais. Também foram encontradas marcas de mordidas nos restos mortais do dinossauro, o que indica a presença de predadores ou necrófagos em sua morte.[2]
O ambiente que o Brasilotitan habitava era um semiárido, com uma floresta seca e quente e com pouca presença de rios e lagos. Assim possuia características semelhantes a atual Caatinga, no Nordeste. Apesar de pertencer a um grupo de grandes dinossauros, possuia somente 8 metros de comprimento e aproximadamente 3 metros de altura. Sendo um herbívoro, se alimentava principalmente de arbustos e vegetação rasteira.[3]
Convivia com outros saurópodes, mas principalmente com crocodilomorfos que infestavam os poucos corpos de água, entre eles estão o Barreirosuchus franciscoi, o Baurusuchus salgadoensis e o Montealtosuchus arrudacamposi, que alcançava dois metros e caçava grandes animais, incluindo dinossauros. Também convivia com uma espécie de iguana, a Brasiliguana prudentis, que deveria habitar os sertões a dentro.