Spectreman | |
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Informação geral | |
Formato | série |
Duração | 25 minutos |
Criador(es) | Souji Ushio |
Elenco |
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País de origem | Japão |
Idioma original | japonês |
Episódios | 63 |
Produção | |
Empresa(s) produtora(s) | P-Productions |
Exibição | |
Emissora original | Fuji TV |
Transmissão original | 2 de janeiro de 1971 | – 25 de março de 1972
Spectreman (スペクトルマン Supekutoruman?) é um seriado japonês de ficção científica do gênero tokusatsu produzida pela P Productions e Krantz Films e criada pelo produtor Souji Ushio (pseudônimo de Tomio Sagisu). Foi exibido originalmente pela Fuji Television de 2 de janeiro de 1971 a 25 de março de 1972, com um total de 63 episódios.
O seriado contava a luta do androide Spectreman contra o genial cientista Dr. Gori e seu divertido auxiliar, Karas — ambos simioides (homens-macaco).
No Brasil, a série foi exibida de 1981 a 1982 pela Rede Record (em parceira com a TVS Canal 11 - Rio de Janeiro) e de 1983 até 1990 na TVS (atual SBT).
“ | Planeta: Terra. Cidade: Tóquio. Como em todas as metrópoles deste planeta, Tóquio se acha hoje em desvantagem em sua luta contra o maior inimigo do homem: a poluição. E apesar dos esforços das autoridades de todo o mundo, pode chegar um dia em que a terra, o ar e as águas venham a se tornar letais para toda e qualquer forma de vida. Quem poderá intervir? Spectreman![1] | ” |
Era com o texto apocalíptico acima que o narrador iniciava cada episódio da série. No primeiro capítulo, um homem que caminhava pelas tumultuadas ruas da capital japonesa ouve um chamado. Imediatamente, o sujeito olha para o céu e vê, entre as nuvens, uma espécie de espaçonave. Por telepatia, recebe a ordem: "Spectreman, essa é a voz dos Dominantes. Prevemos uma catástrofe ecológica em plena Baía de Tóquio. Horário terrestre: 19 horas. Tua missão é investigar imediatamente. Lembre-se que não deves revelar tua identidade a nenhum nativo deste planeta. Estás preparado, Spectreman?"
"Às ordens!". Essa era a resposta que permitia, ao aparente ser humano chamado Kenji, se transformar no androide Spectreman. Ele era, na verdade, um robô alienígena construído pelos Dominantes (chamados de Overlord na versão em inglês), habitantes de Nebula 71, asteroide que navega livremente pelo Universo. Nebula é membro da Federação Universal e tem a missão de proteger os planetas subdesenvolvidos contra a destruição prematura devido a causas internas ou externas.
Inicialmente, Spectreman foi enviado à Terra para salvar a humanidade da destruição causada pela poluição. Para que o androide não fosse identificado pelos nativos do planeta, ele tinha a capacidade de se transformar em um ser humano. Além disso, se empregou na Divisão de Pesquisa e Controle de Poluição, um órgão local composto por uma equipe de técnicos. O objetivo era facilitar as investigações que eventualmente precisasse fazer a pedido dos Dominantes.
Mas, já durante a primeira tarefa, Spectreman se deparou com um monstro gigante que surgiu nas águas da baía da cidade. O androide e a população local acreditavam que o ser não identificado era uma mutação genética, resultado do excesso de sujeira na água. Na verdade, o bicho era obra de dois alienígenas: os simioides Góri — cuja inteligência superava a de qualquer ser humano — e seu auxiliar, Karas. Ambos eram originários do planeta Épsilon, no sistema Gáliste (equivalente ao nosso Sistema Solar, esse planeta era o quinto a partir de seu Sol), localizado na Constelação de Sagitário, e pretendiam tomar a Terra pra si eliminando os seres humanos.
A partir daí, Spectreman recebe a ordem dos Dominantes para proteger o planeta das ações do doutor Góri, que não hesitaria em utilizar todo o potencial de sua genialidade na criação de terríveis monstros.
No último episódio da série, doutor Góri é derrotado por Spectreman. Na verdade, não há luta corporal entre eles. O herói tenta convencer o inimigo que sua notável inteligência deveria ser posta ao serviço do bem, e não para a destruição e tirania. Góri recusa a oferta dizendo-se velho para suportar tal mudança de atitude, e que preferia morrer a viver em um planeta com os medíocres humanos. Após essas palavras, Góri se atira penhasco abaixo, cometendo suicídio, e Spectreman retorna a Nebula 71 depois de cumprir a sua missão na Terra.
Spectreman teve grande êxito de audiência no Japão. A série provocou, em 1971, o segundo kaijyu boom (explosão de popularidade entre seriados de monstros e afins)[2], além de ter superado a audiência do famoso anime de beisebol Kyojin no Hoshi.
No Brasil, a primeira exibição de Spectreman foi feita pela TV Record de 13 de janeiro de 1981 a 15 de dezembro de 1981, à noite, no horário das 18:45 até às 19:45. Eram exibidos dois episódios todas as terças-feiras sem muito sucesso de audiência. Foi reprisado de 12 de julho de 1982 a 27 de agosto de 1982, a série era apresentada alternando com Ultraseven na mesma emissora às tardes ,foi substituído pelo Os Vingadores do Espaço. Spectreman conquistou melhores resultados quando se mudou para a TVS (atual SBT) em 1982 na Sessão Sorteio do Meio -Dia' no Programa Bozo no período de 6 de dezembro de 1982 a 7 de janeiro de 1983 sem muito sucesso foi substituído pelo desenho Pica-Pau, depois voltou aá ser exibido novamente,agora aos domingos.Os episódios foram exibidos de forma dupla do mesmo jeito em que a TV Record havia exibido em sua primeira exibição. Foi transmitido nas manhãs de domingo no horário de 8:30 as 9:30 em 5 de junho a 18 de dezembro de 1983. O início ainda foi fraco, pois era exibido em meio à reprise de Ultraman e Ultraman Jack[3]. Em 1986, o seriado japonês conquistou a audiência dos telespectadores quando foi exibido nas manhãs dentro do programa Bozo.[4] Spectreman seria exibido ainda no Tv Poww! e no Show Maravilha de 18 de outubro de 1988 a 28 de abril de 1990. A última exibição ocorreu em 1990 no período de 13 de agosto a 1 de dezembro, às 10:00, no programa Bozo. Nesta última exibição, os episódios foram exibidos sem comerciais e somente 56 episódios foram exibidos. Não foram exibidas as duas partes dos episódios "Fúria Cega" e "A Maldição da Feiticeira". Por fim, o seriado foi superado em audiência pelos novos tokusatsu da Toei, Jaspion e Changeman, na Rede Manchete.
Spectreman era capaz de assumir duas aparências físicas distintas:
Para se converter em um dos estados físicos, Spectreman solicitava a transformação aos Dominantes. Se aprovado, os alienígenas chefes enviavam um raio de Nebula 71 em direção a Spectreman, que recebia a energia com um ou os dois braços esticados para cima. Esses raios saiam novamente de seu cinturão, passando em volta do seu corpo, mudando de cor e mostrando seu corpo humano, seu corpo cibernético e por fim sua armadura de combate. Podia se transformar também dando um salto mortal no ar (ele o fez entre os episódios 55 e 63, embora nos episódios 58 e 59 ele se transforme do modo normal). Porém, quando não possuía mais energia devido a um exaustivo combate, por exemplo, ele desmaiava e se transformava automaticamente do estado de combate (robô) para o humano. O retorno à forma de combate só seria autorizado pelos Dominantes após a recarga da energia, que era feita gradativamente. A energia era reposta por Spectreman possuir moléculas de prótons e raios gama, e sua recarga nuclear se dava no prazo de 24 horas.
Spectreman era um robô fortemente armado com raios e outros artefatos de ataque e defesa. Ele era capaz de assumir dois tamanhos: o pequeno, com dimensões próximas às de um ser humano, e o gigante, ficando maior do que a maioria dos prédios da cidade de Tóquio. Ele também podia voar naturalmente, sem precisar de outro equipamento para isso. Entre as armas, destacavam-se:
Outras armas, ataques, poderes, técnicas e equipamentos:
Góri, ou doutor Góri, é original do planeta Épsilon, situado na Constelação de Sagitário, distante aproximadamente 40 mil anos-luz do Sistema Solar. Lá, vive uma civilização de homens-macaco pacíficos e civilizados, de tecnologia muito avançada, visada para o bem comum. Góri, um genial cientista, detentor de um intelecto muito acima de qualquer ser humano, foi escolhido como o líder. Porém, ao assumir o poder, quis construir armas mortíferas para derrubar o governo central de Épsilon e conquistar planetas pelo Universo. Góri achava que a tecnologia de sua civilização fora desperdiçada em projetos pacíficos.
O plano foi logo descoberto e Góri considerado culpado. Como na sociedade dos simioides não havia pena de morte, a punição seria a alteração da mente do cientista, de forma que sua maldade fosse eliminada. Antes que isso acontecesse, um oficial do exército chamado Karas liberta Góri da prisão e ambos fogem em uma nave. Vagando pelo Espaço, a dupla chega à Terra graças a uma tempestade eletromagnética. Góri fica encantado ao ver o planeta. Analisando de perto, descobre que os seres humanos estavam destruindo seu próprio mundo com a poluição. Indignado, Góri decide conquistar a Terra, transformando-a em seu paraíso particular.
Góri e Karas iniciam suas investidas à Terra utilizando apenas sua espaçonave como base. Mais adiante, os dois alienígenas constroem uma base em solo, escondida no interior de uma montanha, nos arredores de Tóquio. Tanto da nave quanto da base, Góri tem dispositivos que o permitem construir seres vivos gigantescos para utilizar como ferramentas de destruição. Como matéria-prima, utiliza lixo produzido pelos seres humanos.
O doutor Góri teve dois modelos de espaçonaves na série: o primeiro foi utilizado entre os episódios 1 e 37 e era um disco voador na cor branca que girava em torno de si quando estava em voo. O segundo foi utilizado entre os episódios 38 e 63 e era uma espécie de foguete na cor preta com 5 "braços" de cor amarela acoplados em sua lateral.
No início de 1970, o presidente da P-Productions, Tomio Sagísu, teve a ideia de criar um programa em que "monstros macacos alienígenas" seriam vilões e teriam o papel principal. Talvez a inspiração tenha vindo do mais recente sucesso do cinema americano na época: O Planeta dos Macacos. O argumento agradou e, em agosto, um episódio piloto de oito minutos chegou a ser gravado. Nesse teste, intitulado Choujin Elementman, o herói tinha um visual todo vermelho, bem diferente do que acabou se tornando Spectreman — a máscara, por exemplo, mostrava a boca do ator.[1] Já o famoso vilão Dr. Gori não existia nessa versão. No lugar dele, havia apenas Karas, que viria a ser, na versão definitiva, o divertido assistente de Gori.
As cenas de ação do herói eram interpretadas pelo ator Kouji Uenishi, já muito conhecido na época por encarnar o Ultraseven transformado. Uenishi acabou permanecendo na versão definitiva da série dando movimentos a Spectreman e também ao assistente Karas. Em entrevistas à imprensa, o ator revelou que ia frequentemente ao zoológico estudar a movimentação dos gorilas para dar vida ao personagem. Para a versão humana do herói, foi escolhido o ator e carateca experiente Tetsuo Narikawa.
A proposta da P-Productions foi aceita pela TV Fuji. Mas, para ir ao ar, a emissora exigiu algumas alterações, como a máscara do herói, que deveria cobrir toda a cara do ator. Ajustes feitos, no dia 2 de janeiro de 1971, a série estreava com o título Uchu Enjin Gori (Gori, o Homem-Macaco Espacial). Passados alguns episódios, porém, telespectadores reclamaram do nome da série. Foi então que, na aventura 21, ela passa a se chamar Uchu Enjin Gori Versus Spectroman. A partir do capítulo 40, viria a se chamar apenas Spectroman (Spectreman é o título internacional do programa).
Os efeitos especiais eram muito arcaicos e tão limitados que, popularmente, passaram a ser denominados "defeitos especiais". Segundo Tomio Sagísu, houve uma terrível falta de tempo na produção dos primeiros episódios, causada pelas mudanças de última hora pedidas pela TV Fuji. Tanto que o monstro Midron, que aparece no episódio 3, era, na verdade, um reaproveitamento da fantasia utilizada no episódio piloto. Outro monstro também seria repetido: Zeron, do capítulo 4, veio de outro projeto da produtora, Jaguarman (1967).
Com o orçamento muito restrito, a P-Productions teve que improvisar para colocar em prática as histórias criadas pelos roteiristas. As cidades cenográficas eram feitas de isopor e materiais afins. Em uma luta entre Spectreman e algum monstro no meio da cidade de Tóquio, quase sempre ambos acabavam atingindo um prédio, que era destruído – ou quebrado, pois era perceptível a presença das lâminas de isopor branco pintados de cinza.
Outra dificuldade era produzir as explosões. Feitas artesanalmente, era possível perceber que não passavam de um punhado de álcool pegando fogo, como numa churrasqueira.
Produzir os raios de Spectreman, dos monstros e das armas também era problema. Os feixes de luz emanados eram feitos com a técnica de raspagem do negativo do filme para criar um desenho semelhante a um raio, quadro por quadro. Às vezes, o recurso era abandonado e ouvia-se apenas o som do disparo dos lêiseres das armas.
A série trazia uma interessante ambiguidade. Apesar de suas ideias imperialistas, o doutor Góri justificava seus planos de invadir e dominar a Terra com um argumento muito racional e atual: os seres humanos estão destruindo o planeta com a poluição e, por isso, não merecem viver nele. Góri queria extinguir a população da Terra para recriar as belezas naturais e se tornar o governante do planeta. Pensando por esse viés, ao defender a Terra dos ataques do inimigo — que criava monstros ecologicamente corretos, pois usava, como matéria-prima, o lixo reciclado —, Spectreman estaria, mesmo sem querer, defendendo as grandes corporações poluidoras e causadoras do aquecimento global. Na verdade, o herói tinha consciência da triste consequência de suas intervenções. Várias vezes ele deixava claro que o ser humano só tinha chance de sobreviver se cuidasse melhor do planeta. Mesmo assim, por vontade própria e também por ordem dos Dominantes, Spectreman defendia os terráqueos.
No episódio "O vampiro do espaço", considerado por muitos como o melhor da série, cujo clima sombrio lembrava muito alguns episódios de Ultraseven, Spectreman enfrenta Vordalac (Kyudora, nome original), uma criatura hematófaga que se alimenta de sangue contaminado. Spectreman recebe ajuda de um outro alienígena, um raluxiano vindo da constelação de Ralux (Paru, nome original), que dedicou sua vida a capturar e destruir Vordalac, mas acabou morrendo na Terra devido a sua debilidade respiratória provocada pela poluição de nossa atmosfera e também por ter sido gravemente ferido por Vordalac. Mas foi graças à ajuda desse raluxiano que Spectreman consegue derrotar a terrível criatura. Curiosidade: foi o único episódio da série em que o Dr. Gori não apareceu.
Os episódios 5 e 6 — "O exílio de Spectreman" — foram escritos por Kazuo Koike, conhecido no Brasil pelo seu trabalho com o famoso mangá Lobo Solitário.[1] Na história criada por ele, o herói desafia as ordens dos Dominantes e se recusa a matar uma família que havia sido abduzida (raptada) pelo doutor Góri e estava contaminada por poluentes mortais, com risco de infectar toda a população. Como punição pela desobediência, Spectreman é desligado e exilado em outro planeta.
O ator Tetsuo Narikawa (Kenji) era um carateca experiente, mas esse fato não foi explorado pelos produtores da série.[5] Após abandonar a carreira de ator, Narikawa deu aulas de caratê no Japão até ao seu falecimento em 1 de janeiro de 2010. Ele morreu aos 65 anos, vítima de câncer de pulmão (Narikawa era fumante e provavelmente esse foi o desencadeador de sua enfermidade. Curiosidade: no quarto episódio da série, "Operação sequestro diabólico", Kenji aparece fumando na cena em que ele está almoçando com Minnie e está sendo procurado por Karas). Foi, inclusive, fundador e presidente da liga nacional japonesa de caratê.
A versão de Spectreman exibida no Brasil é a norte-americana. Essa adaptação para os estadunidenses acabou sendo comercializada em todo o mundo. Além da dublagem para a língua inglesa, a série recebeu nova abertura e encerramento e teve alterações na edição dos episódios.
Os episódios perdidos do Spectreman foram exibidos no Brasil. O episódio (25 e 26) intitulado "Uma Arma para Spectreman" foi exibido na TV Record de 1981 a 1982 e também foi exibido pela TVS entre 1983 e 1986. Na última exibição da série, de 1988 a 1990, o episódio não foi exibido. O episodio 27, intitulado "A Arena dos Monstros", foi só exibido na TV Record em 1981 e 1982. Quando a série mudou para a TVS em 1983, este episódio não foi mais exibido.
Esses episódios foram escritos mas nunca foram filmados: eram para ser os episódios 3 e 4 e os episódios 25 e 26.[6]
O episódio 3 e 4, "Plano Destruição do Complexo" ou コンビナート破壊計画 (Konbina-to Hakai Keikaku?)
Neste episódio, o doutor Góri manda Karas espalhar uns fósseis num sítio arqueológico perto de uma refinaria. Um cientista descobre os fósseis, remonta-os e pede ajuda à Divisão de Pesquisa da Poluição. O chefe Kurata, Minnie e Kenji vão para lá e, chegando ali, Kenji fica desconfiado com a aparência do tal dinossauro encontrado pelo cientista. Tinha razão para estar desconfiado: o estranho dinossauro é, na verdade, uma criatura do planeta do doutor Góri. Seu nome é Gareron. O cientista que o descobre começa limpar os ossos de Gareron com óleo e, ao poucos, o monstro começa a ganhar brilho. o cientista fica maravilhado ao ponto de banhar com mais petróleo o monstro, que começa a ganhar nervos, músculos e vida ao ponto ficar gigante e começar a destruir todo o complexo petrolífero. Esse era o plano do doutor Góri: destruindo esse campo que refina combustível, o Japão ficaria sem combustíveis para seus carros, motos, caminhões e aviões, pois a sede de Gareron por combustível é a mesma que a de um automóvel por gasolina. Os Dominantes alertam Spectreman sobre esse novo perigo e, de imediato, ele se transforma e destrói essa criatura horrenda.
O Episódio 25 e 26, "Não Atire na Borboleta" ou そのちょお撃つな! (Sono cho o Utsuna?)
Neste episódio, Kenji foi investigar um estranha neve negra que está caindo em uma região montanhosa do Japão. Chegando lá, vê a estranha neve negra e também uma borboleta gigantesca. Ele solicita transformação ao Dominantes. É o que acontece. Spectreman destrói o monstro. Quando ele volta à forma humana, uma garota aparece na frente dele e fala: "Por que você matou a minha mãe?" Ela explica ao herói que veio de outra galáxia, para encontrar a paz, pois o planeta dela começou a morrer, e então vieram para a Terra. Mas a mãe dela começou agir estranhamente. Ela diz para Kenji o porquê desse comportamento: é que a mãe dela foi contaminada por agrotóxicos que foram espalhados por toda a região. Kenji se culpa por ter matado a mãe da garota.
O doutor Góri fica interessado na borboleta que lutou contra o herói e, secretamente, cria um monstro idêntico. O monstro aparece e Os Dominantes ordenam que Kenji se transforme imediatamente e destrua essa criatura. Ele o faz e luta contra o monstro. A garota aparece novamente e implora para Spectreman não matá-la. Ele não a ouve, pois Os Dominantes o alertam que essa criatura não é a mãe da garota e sim uma cópia criada pelo doutor Góri. Então Spectreman destrói a criatura.
Kenji encontra o garota e explica tudo. Então ela fala que vai partir e, de repente, vira uma borboleta. Outras aparecem e todas começam a voar para o espaço sideral. Kenji pensa: "Com são poderosos os irmãos e irmãs da garota. O mal da raça humana é que poluem e espalham produtos químicos agrícolas sem se importar com as outras formas de vida que habitam esse planeta".
A trilha musical da abertura norte-americana tornou-se famosa em todo o mundo. Bandas e músicos amadores, ainda hoje, reproduzem, em seus shows, as batidas rápidas do violão, do baixo e da bateria nervosa. A trilha, na verdade, é uma versão da música The First Day Of Forever, do grupo estadunidense The Mystic Moods Orchestra, famosa entre os anos 1970 e 1980. A nova letra foi escrita por Jerry Winn, Bob Todd e Gregory Sill.
Em 2024, o selo Tava Tava Rare, da Itália, lançou as versões das músicas de Spectreman feitas pelo AnisonLab, dos brasileiros Ricardo Cruz e Lucas Araújo, em vinil.[7][8]
Muitos dos dubladores da versão brasileira viriam a dublar o seriado Chaves[4], algum tempo depois. Confira, a seguir, a relação dos personagens e seus respectivos atores e dubladores.
Personagem Original | Personagem | Ator | Dublador | |
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Joji Gamou | Kenji | Tetsuo Narikawa | Luís Nunes | |
Boss Kurata | Chefe Kurata | Tohru Ohira | Eleu Salvador | |
Toshio Arito | Ota | Koji Ozaki | Mário Vilela | |
Shinkichi Kaga | Kato | Takamitsu Watanabe | João Paulo Ramalho | |
Koji Ota | Wada | Kazuo Arai | Marcelo Gastaldi | |
Rie Endoh | Minnie | Machiko Konishi | Leda Figueiró | |
Mineko Tachibana | Chieko | Sakurako Shin | Sandra Mara Azevedo | |
Midori Sawa | Yumi | Rumi Gotoh | Rita Cléos | |
Hiromi Yanagida | Kimie | Taeko Sakurai | Leda Figueiró | |
Hakase Gori | Dr.Gori | Takanobu Tohya | Carlos Seidl | |
Enjin Rah | Karas | Koji Uenishi | Osmiro Campos | |
Spectroman | Spectreman | Koji Uenishi | Luís Nunes | |
Nebula | Dominantes | Koji Kobayashi | João Ângelo | |
Nareta | Narrador | Koji Kobayashi | Carlos Seidl |
Spectreman foi dublado nos estúdios da TVS. A empresa responsável pela dublagem foi a extinta Com-Arte-São Paulo.
Logo abaixo, confira os nomes dos profissionais que trabalharam nos bastidores de Spectreman:
Função | Profissional |
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Criação | Tomio Sagisu |
Produção | Tomio Sagisu |
Direção | Higuchi Higuchi, Kanji Otsuka, Keinosuke Tsuchiya, Kôichi Ishiguro, Takeo Sakai, Yasuharu Hasebe |
Roteiro | Susumu Taka-Ku, Haruya Yamazaki e Masaki Tsuji |
Efeitos especiais | Tomio Sagisu, Tetsu Matoba, Takeo Sakai, Nobuo Yajima e Koichi Ishiguro |
Edição | Onishi, Satoru Kazono |
Música | Miyauchi Kunio e Naohiko Terashima |
Direção de fotografia | Isamu Kakita, Shoji Horikawa, Yoshinobu Takahashi |
Iluminação | M. Kondo |
Figurino | Yuichi Ishikawa |
Função | Profissional |
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Produtor associado | Mel Welles |
Produção associada | Fuji Telecasting Co. Ltd. |
Produção | Richard L. Rosenfeld |
Direção | Mel Welles |
Assistente de direção | Morley L. Rosenfeld, John Thompson, Charles Howerton |
Edição | Alan Geik/Stanley J. Sheff |
Assistentes de edição | Elaine Kolb, Susan Marcinkus, Karen Wilson |
Pós-produção | Stanley J. Sheff |
Adaptações de tela | Mel Welles, Ruth Carter, Charles Howerton |
Desenho de abertura | Howard A. Anderson Co. |
Supervisão musical | Colgems - EMI Music |
Trilha de abertura (letra) | Jerry Winn, Bob Todd, Gregory Sill |
Som | Quality Sound, Inc. |
Merchandising | Selwyn Rausch |
Característica rara até mesmo para as séries mais recentes, as histórias de Spectreman quase sempre eram divididas em dois episódios, chamados, no Brasil, de "Primeira Parte" e "Epílogo". No final da primeira parte, o narrador chamava a atenção do telespectador para que ele não deixasse de conferir o desfecho da história, que viria a acontecer no capítulo seguinte.
Em 1983, a extinta Bloch Editores lançou em quadrinhos a versão não autorizada da série, intitulada Spectreman. A HQ apresentava mudanças em relação ao seriado filmado. As principais eram a cor do personagem (azul) e a grafia do nome humano do herói (Kenzo). A revista teve 30 edições em formatinho (13,5 x 19 cm). A revista deixou de ser publicada em 1986 com o fim da exibição da série na tevê, que só voltaria ao ar novamente em 1988, mas a Bloch Editores não voltaria atrás na sua decisão do cancelamento da revista.[9] Para a versão em quadrinhos, a Bloch Editores contratou Carlos Araújo - escritor, músico e publicitário, hoje diretor de produção e conteúdo no Canal 36, canal de televisão a cabo em Volta Redonda (RJ) -, responsável pelos argumentos e roteiros, e o estúdio do desenhista brasileiro Eduardo Vetillo. O desenhista Edmundo Rodrigues, desenhista de "Jerônimo, o Herói do Sertão", personagem principal de uma radionovela popular criada por Moyses Weltman, depois adaptada como como telenovela, era o diretor da área infantojuvenil da Bloch Editores.
Spectreman ganhou também uma versão mangá com nove volumes tankobon,[1] produzida por Daiji Kazumine (criador do National Kid)[10] e o próprio Souji Ushio.[11]
Recentemente, Spectreman foi lançado no mercado de DVD no Brasil pela distribuidora Cultvídeo em DVD-BOX em dois volumes. Cada volume contendo 4 discos, com som original em japonês, legendas em português e dublados com a dublagem original, menos os 3 episódios perdidos (25, 26, 27), que estão com som original e legendados.
No Japão, Spectreman já tinha saído em dois DVD-BOX: um em uma caixa com os 10 discos e outro com o formato da máscara de Spectreman, também com 10 discos, com vários extras em ambos. Recentemente, saiu, em blu-ray, pela King Records, em 10 discos com vários extras, com entrevistas e dois telefilmes inéditos no Brasil.