Camposaurus

Camposaurus
Intervalo temporal: Triássico Superior
220 Ma
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Dinosauria
Clado: Saurischia
Clado: Theropoda
Família: Coelophysidae
Gênero: Camposaurus
Hunt et al., 1998
Espécie-tipo
Camposaurus arizonensis
Hunt et al., 1998

Camposaurus é um gênero de dinossauro da família Coelophysidae do estágio Noriano do período Triássico Superior da América do Norte. Os vestígios fósseis deste dinossauro datam da metade do estágio Noriano e graças a isto, este é considerado como o mais antigo neoterópode conhecido.

Camposaurus é um pequeno dinossauro terópode carnívoro. Seu comprimento e peso aproximados não podem ser estimados com segurança por causa do material esparso que é conhecido neste gênero. Camposaurus é conhecido por ossos parciais da perna, holótipo UCMP 34498 (que inclui tíbias distais e fíbulas distais, entre outros ossos fragmentados). Como outros membros de sua família, possuí ossos tíbio-tarsais e fíbulo-tarsais fundidos. Ao contrário de seus parentes, a área da tíbia que se encaixa na fíbula tem uma crista distinta na parte posterior. Outra característica única é a falta de um grande côndilo medial no astrágalo.[1]

Holótipo do Camposaurus, UCMP 34498

A espécie-tipo, C. arizonensis, foi formalmente nomeada e descrita por Adrian Hunt, Spencer G. Lucas, Andrew B. Heckert, Robert M. Sullivan e Martin Lockley em 1998. O holótipo espécime UCMP 34498 foi descoberto na pedreira Placerias da Formação Bluewater Creek do Arizona, no estágio Noriano do final do período Triássico. O nome do gênero significa "Lagarto do acampamento", em homenagem ao acampamento de Charles Lewis. O nome da espécie se refere ao fato de ter sido encontrada no Arizona, nos Estados Unidos.[2]

Classificação

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Camposaurus é considerado o mais antigo dinossauro neoterópode conhecido. Foi originalmente colocado no clado Ceratosauria com base na análise de Long e Murray (1995).[3] É morfologicamente semelhante a, e foi considerado incorretamente por algum tempo como uma espécie de Coelophysis. Em 2000, Downs examinou Camposaurus e concluiu que é um sinônimo júnior de Coelophysis, por causa de sua semelhança com alguns dos espécimes de Ghost Ranch da Coelophysis.[4] A revisão de Nesbitt et al. em 2007, revelou que uma característica específica do tornozelo (a margem astragalar ventral) era considerada reta e indistinguível daquela de Coelophysis bauri. Com base nisso, Nesbitt et al. (2007) concluíram que os dois gêneros eram sinônimos.[5] Em 2011, ele foi submetido a uma análise filogenética e considerado um parente próximo do Coelophysis rhodesiensis.[1] A falta de material levou muitos paleontologistas a rejeitá-lo como um nomen dubium.[1][6] Uma reavaliação do holótipo UCMP 34498 de Camposaurus arizoniensis por Ezcurra e Brusatte revelou duas autapomorfias, estabelecendo firmemente este material como gênero e espécie válidos. Esta análise também demonstrou que Camposaurus é definitivamente um neoterópode, e com base na análise filogenética seu parente conhecido mais próximo é Coelophysis rhodesiensis, porque eles compartilham semelhanças na tíbia e tornozelo.[1] Spielman et al. (2007) atribuíram Camposaurus à família Coelophysidae.[7]

Notas

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Camposaurus», especificamente desta versão.

Referências

  1. a b c d Ezcurra, M.D.; Brusatte, S.L. (2011). «Taxonomic and phylogenetic reassessment of the early neotheropod dinosaur Camposaurus arizonensis from the Late Triassic of North America». Palaeontology (em inglês). 54 (4): 763–772. doi:10.1111/j.1475-4983.2011.01069.x 
  2. A.P. Hunt, S.G. Lucas, A.B. Heckert, R.M. Sullivan and M.G. Lockley, 1998, "Late Triassic dinosaurs from the western United States", Géobios 31(4): 511-531
  3. Long and Murray, 1995. Late Triassic (Carnian and Norian) tetrapods from the Southwestern United States. New Mexico Museum Nat. History Sci. Bull. 4, 1-254.
  4. Downs, 2000. Coelophysis bauri and Syntarsus rhodesiensis compared, with comments on the preparation and preservation of fossils from the Ghost Ranch Coelophysis quarry. in Lucas and Heckert (eds.), 2000. Dinosaurs of New Mexico. NMMNH Bulletin 17. 33-37.
  5. Nesbitt, Irmis and Parker, 2007. A critical re-evaluation of the Late Triassic dinosaur taxa of North America. Journal of Systematic Palaeontology. 5(2), 209–243.
  6. R. B. Irmis. 2005. The vertebrate fauna of the Upper Triassic Chinle Formation in northern Arizona. In S. J. Nesbitt, W. G. Parker, & R. B. Irmis (eds.), Guidebook to the Triassic Formations of the Colorado Plateau in Northern Arizona: Geology, Paleontology, and History. Mesa Southwest Museum Bulletin 9:63-88
  7. J. A. Spielmann, S. G. Lucas, L. F. Rinehart, A. P. Hunt, A. B. Heckert and R. M. Sullivan. 2007. Oldest records of the Late Triassic theropod dinosaur Coelophysis bauri. In S. G. Lucas & J. A. Spielmann (eds.), The Global Triassic. New Mexico Museum of Natural History and Science Bulletin 41:384-401